18 dias em terras tailandesas, começando pelos templos de Bangkok!

Olá, pessoal!

Acabei de chegar de viagem, cheia de aventuras para contar! Dessa vez fui para a Tailândia, viagem dos meus sonhos! Fui com três amigas que toparam meu convite e encararam o meu roteiro. Passamos o Natal e a virada do ano (2017/2018) por lá e o total da trip ficou em 18 dias, contando com o deslocamento (e que deslocamento!!)!

Tudo começou em março de 2017, quando eu estava em Abu Dhabi fuçando as promoções de passagens na internet e me deparei com uma incrível para a Tailândia. Não pensei duas vezes e comprei na hora. Logo em seguida, comecei a divulgar para as amigas e, acreditem, 6 compraram! Infelizmente, por motivos pessoais, 3 desistiram e restou o nosso quarteto fantástico: Laís, Paty, Nath e eu! Huhuh! Equipe sucesso! A Paty foi a mais louca de todas, pois era a sua primeira viagem internacional.

Quarteto pronto para o embarque

Foi uma gestação! Nove meses para planejar e organizar tudo! Fomos pesquisando nos blogs e conversando com os amigos que haviam feito a viagem, e, aos poucos, nosso roteiro saiu! Montei nossa planilha, com os destinos, os meios de transporte, os hotéis e os gastos. Caso gostem dela, é só mandar o seu endereço de e-mail em um comentário aqui que envio o arquivo editável!

Planilha com roteiro e gastos da viagem

Optamos por começar a viagem explorando a cultura e os templos pelo Norte do país, iniciando por Bangkok (a capital), com uma rápida passagem por Ayutthaya (a antiga capital) e terminando na encantadora Chiang Mai. De lá, voamos para as praias do Sul, a partir de Phuket, de onde seguimos para Phi Phi, Krabi e Ko Phanghan, nosso último destino e local escolhido para passar o Ano Novo! Foi uma ótima estratégia, pois, após dias relaxando nas incríveis praias, não teríamos cabeça para passar o dia visitando templos, apesar de serem maravilhosos!

Começamos reservando o hotel da virada do ano, as passagens aéreas e o barco de Maya Bay, visto que esse último é super disputado. Os demais hotéis e o trem de Ayutthaya para Chiang Mai reservamos no mês anterior e os outros transportes fomos fechando na hora.

Como compro minhas passagens com o meu Master Card, já ganho o seguro de viagem. Mas os que não possuem esse benefício, não podem esquecer de contratar um seguro, para evitar dor de cabeça e gastos inesperados. Muita gente não se dá bem com a comida tailandesa e acaba passando mal, além de acidentes e problemas de saúde que podem ocorrer durante a viagem. O seguro não foi exigido para entrar no país, mas acho algo fundamental. Já o certificado internacional da vacina de febre amarela é indispensável! No check in em Recife, ao informar que iríamos para a Tailândia, nos pediram o certificado da vacina. Em Bangkok, no aeroporto, antes de ir para imigração, tivemos que ir para um guichê para apresentá-lo. Portanto, não se esqueçam de vacinar antes de viajar (no máximo, até 10 dias antes da viagem) e de levar o certificado junto do passaporte!

Dentro da Tailândia, voamos com a Air Asia (Chiang Mai – Phuket) e com a Bangkok Airways (Ko Samui – Bangkok). Em ambos, contratamos (bem barato) a franquia de 20kg, com direito a uma bagagem de mão de até 7kg. Por isso, optei por levar uma mochilinha e uma mala pequena, que foi engordando ao longo da viagem, mas não passou de 19kg. Vale a pena levar pouca bagagem, pois o artesanato tailandês é lindíssimo e barato, e a pessoa fica querendo comprar tudo. Além disso, é muito barato para lavar roupa, cerca de R$5,00 o quilo.

Minha malinha de viagem

Antes de comprar a passagem para a Tailândia, é fundamental pesquisar direitinho a previsão do tempo e a melhor época para visitar o país, pois as chuvas podem estragar tudo! Escolhemos dezembro, pois vimos que era a época sem chuvas, já que as monções terminam em novembro. Só pegamos umas chuvinhas em Ko Phanghan, mas foram rápidas e não atrapalharam nem a praia e nem as festas. Tivemos sorte, pois, dias antes, estava chovendo muito forte por lá. Ficamos sabendo que dezembro é época de chuva nessa ilha e nos arredores, enquanto que na região de Phi Phi e na parte Norte do país é o período seco. Achávamos que o clima era semelhante em todo o país.

A promoção foi da Viajanet e o voo que compramos foi da Ethiopian Airlines. A passagem de ida e volta (saindo e voltando por Recife), com todas as taxas, saiu por cerca de R$2.850,00, com a possibilidade de dividir em até 10 vezes! Chegamos a Bangkok após uma looonngaaa viagem: 4h de carro de Maceió para Recife; 3h de voo de Recife para São Paulo; 11h30min de voo de São Paulo para Addis Abeba (capital da Etiópia); e 8h no avião até Bangkok. Isso além das conexões. Na Etiópia, ficamos 5h no aeroporto, que, por sinal, não é dos melhores. Bem pequeno, sem muita coisa para fazer e com banheiros que não eram muito legais. Fui até o guichê da Ethiopian Airlines pegar o cartão de embarque do segundo trecho, já que no Brasil só nos deram o do primeiro, e aproveitei para pedir um voucher de refeição, já que a conexão era superior a 3h. O “vai que cola” colou! E nos deram um voucher para jantar em um dos lounges. Foi ótimo, pois comemos (o clássico arroz com frango) e ainda conseguimos usar o wifi, já que a rede aberta do aeroporto não estava funcionando!

Jantar no lounge do aeroporto de Addis Abeba

No aeroporto internacional de Bangkok (Suvarnabhumi), ainda tivemos que encarar outra maratona: fila do guichê para apresentar o certificado da vacina de febre amarela e fila para a imigração. Já com as bagagens, fomos até o pavimento do aeroporto onde fica a estação de trem. Fui pedir informação a uma moça que trabalhava lá e ela nos informou que a linha expressa, que vai até o último ponto sem parar, não estava funcionando, por isso, teríamos que pegar a linha convencional (City Line) e levaríamos cerca de 2h para chegar ao nosso destino, pois ainda teríamos que pegar um táxi depois. Não ficamos muito felizes, pois já não aguentávamos mais! Ela nos levou até um guichê de empresa de transfer e acabamos fechando um táxi direto ao nosso hotel por 1000 Bahts (R$100). Não sei se a mocinha estava nos enrolando, mas foi a melhor coisa que fizemos, pois chegamos ao nosso destino final em menos de 50min e com muito conforto, pois o carro era top!

Nosso táxi para o hotel

A escolha do hotel foi pela localização! Queríamos um que ficasse na parte mais antiga da cidade, perto da rua Khaosan e dos principais templos para evitar grandes deslocamentos, mesmo porque o trânsito em Bangkok é caótico. Reservamos dois quartos duplos no Hotel Four Sons Village, que fica na rua Ram Butri, e a diária de cada quarto saiu por apenas R$75,00, já com as taxas do cartão. É um hotel simples, sem café da manhã, com atendentes não muito simpáticos e sem elevador (ficamos no 3º andar!), mas a localização e o valor compensam muito! O quarto era amplo e limpo, o único problema foi o banheiro, minúsculo e com o chuveiro quase em cima do sanitário. No primeiro dia, descobrimos o Bella Bella House, uma pousada a poucos metros do nosso hotel, que servia um delicioso, diversificado e barato café da manhã (gastávamos menos de R$10). Comemos lá todos os dias!

Hotel Four Sons Village na Rua Ram Butri
Quarto do Hotel Four Sons Village
Banheiro do Hotel Four Sons Village

A escolha da localização foi certeira, pois conseguimos fazer as principais atrações turísticas rapidinho e sem muitos deslocamentos. Mas, em uma próxima vez, ficaria na parte mais moderna da cidade, para explorar essa outra Bangkok.

É tanta coisa para contar! Nesse post aqui, tratarei apenas das atrações turísticas, basicamente o passeio de barco e os templos. No seguinte, mostrarei nossas aventuras gastronômicas, algumas opções para compras, um pouco da noite e do transporte na agitada capital tailandesa.

ATRAÇÕES TURÍSTICAS EM BANGKOK

  • Passeio de barco pelo rio Chao Phraya  – nosso primeiro passeio em Bangkok foi por acaso e consequência de um golpe. E o pior, uma amiga já havia nos avisado desse golpe! Estávamos caminhando para o Grand Palace, quando fomos abordadas por um rapaz que veio avisar que o templo só iria abrir a tarde, pois o Rei estava lá rezando. Achei muito estranho e continuei andando, mas ele insistiu e se apresentou como professor (isso era em frente a um prédio que poderia ser uma escola). Ficamos na dúvida também porque a rua estava sem movimento algum. Ele falava muito e com um inglês meio ruim. Não nos dava oportunidade de falar. Sugeriu que fizéssemos um passeio de barco para fazer hora até o templo abrir. Indicou um pier que, segundo ele, era mais local e o preço seria bem menor que o dos demais. Chamou um tuk tuk que nos levou até esse lugar. Não era muito longe. Chegando lá (Terminal de balsas Rama 8 Bridge), achamos estranho, pois não tinha nenhum turista. E, acreditem se quiser, o moço que apareceu para nos vender o passeio tinha acabado de sair do banho e estava enrolado na toalha! Muito engraçado! Achei o valor do passeio bem caro (800 Bahts cada) para os padrões tailandeses, mas, como o “professor” havia dito que nos outros locais era mais caro, acabamos encarando. Foi uma hora de passeio pelo rio Chao Phraya, entrando por um canal, com algumas vistas legais, alguns templos, com um vendedor que chegou em uma canoa, simulando o mercado flutuante, e uns peixinhos atrás de pão (tentaram me vender pão, mas eu tinha na bolsa! kkkk).
Nosso barco e o vendedor enrolão enrolado na toalha!
Passeio de barco pelo rio Chao Phraya,
Passeio de barco com templo budista ao fundo
“Mercado flutuante”
Peixinhos famintos por pão

Nada demais e não justificava, de forma alguma, o valor. Passamos pelo local onde acontece o mercado flutuante aos sábados. Pedimos para desembarcar perto do Grand Palace e, por isso, tivemos que pagar mais 5Baht cada. Foi lá que descobrimos que havíamos sido enroladas, pois os passeios saindo de lá, fazendo o mesmo percurso, custava quase a metade. Foi um mega vacilo, mas acontece nas melhores famílias! ahahha! Pelo menos, foi um golpe pequeno e nada que nos deixasse em perigo. Mas ser atendida por um vendedor de toalha não tem preço! kkkkk

  • The Grand Palace – é um complexo que abriga a residência real, escritórios do Governo e o Templo do Buda de Esmeralda! Ele é datado do final do século XVIII e ocupa uma área de cerca de 218.000m² rodeada por uma imensa muralha. Dos locais que visitei na Tailândia, esse foi, sem dúvidas, o mais lotado! Impressionante a quantidade de pessoas! Por isso, que recomendo ir cedinho, umas 8:30, para entrar assim que os portões são abertos. Foi o que tentamos fazer, mas o golpista do passeio do barco nos atrapalhou. Chegamos quase 11:00! Ele abre todos os dias das 8:30 às 15:30, portanto não acreditem quando te disserem que está fechado! Também é importante se atentar para a vestimenta, pois é o lugar mais rígido. Aquele lance de as mulheres jogarem um lenço para cobrir os ombros não cola lá, tem que colocar uma blusa que cubra os ombros. A parte de baixo tem que cobrir os joelhos e o ideal é que seja um pouco folgadinha, para não marcar as curvas! Mas, tem a possibilidade de alugar a roupa certa na porta! Também foi o templo com a entrada mais cara: 500 Bahts (R$50). O complexo é belíssimo, a grandiosidade, os detalhes e o brilho do dourado me impressionaram!
Grand Palace
Eu rodeada pelas grandiosas construções do Grand Palace
São 6 pares desses demônios guardiões, a maioria guardando o templo do Buda Esmeralda
Phra Siratana Chedi
Phra Wiharn Yod – capela com imagens de Buda
Maquete do Templo de Angor, o templo Khmer do Camboja

O Chakri Maha Prasat Hall foi construído para ser a residência real em 1877, mas hoje é usado para banquetes reais, além de ter um museu de armas antigas no primeiro andar e salas com pinturas reais, outras para recepção e para a guarda de cinzas. Sua arquitetura é uma mistura da europeia com a tailandesa!

Chakri Maha Prasat Hall
Guardinha do Palácio

O Buda de Esmeralda é lindo e fica no Wat Phra Kaew ou Templo de Buda de Esmeralda! Ele tem apenas 66cm de altura e fica na posição de meditação. Eles trocam a vestimenta dele de acordo com a estação do ano: verão, período chuvoso e inverno. Essa última é a mais luxuosa, pois é toda cravejada com joias. Foi essa que vimos. Infelizmente, não era permitido tirar fotos, por isso comprei esse postal abaixo para vocês terem ideia de como ele é.

Postal mostrando as 3 vestimentas do Buda de esmeralda: do verão, do período chuvoso e do inverno
  • Wat Pho – esse templo fica logo ao lado do Grand Palace e achei muito legal. A entrada custa apenas 100 Bahts (R$10) e ele funciona todos os dias das 8:00 às 17:00. Ele não é tão cheio quanto o Grand Palace e possui várias “capelas” de Budas, uma mais linda que a outra. Mas sua atração principal  é o Buda reclinado. Fiquei impressionada com o tamanho dele, é gigantesco (46m de comprimento x 15m de altura)! Ficou até difícil tirar foto! Ele é todo banhado em ouro e possui detalhes em madre-pérola. Assim, como nos demais templos tailandeses, tem que usar vestimenta apropriada, mas é menos rígido que o Grand Palace, podendo usar lenço para cobrir os ombros. Uma boa dica é usar chinelos, pois é um constante tira e bota de calçado, já que tem que estar descalço para entrar nos templos.
Bem vinda ao Wat Pho!
Altar da entrada!
Buda reclinado!
Flor de lótus, usada como oferenda nos templos!
É muito Buda! Um mais lindo que o outro!
Uma das “capelas” de Buda

O Wat Pho é conhecido também pelas massagens, pois lá dentro tem uma tradicional escola tailandesa de medicina e de massagem. Foi o local que escolhemos para conhecer a famosa massagem tailandesa! É bom pegar logo a senha, pois a procura é muito grande. Fizemos meia hora de massagem, que custou 260 Bahts (R$26). Ao final, fiquei bem relaxada, mas, confesso que esses 30 minutos foram uma tortura! Não imaginei que doesse tanto! hahaha! A massagista tem mãos e cotovelos bem pesados! Achava que ia ficar toda roxa! Mas o resultado é top!

“Sofrendo” na massagem tailandesa
  • Wat Arun – é o famoso “Templo do Amanhecer”, que fica quase em frente ao Wat Pho, do outro lado do rio Chao Phraya. Saindo do Wat Pho, basta atravessar a rua e caminhar um pouquinho até o cais (N8 Tha Tien), pagar 4 Bahts (R$0,40) e atravessar alguns poucos minutinhos em um barco (tipo uma balsa) até o outro lado do rio. Ele é cercado por jardins, templos e tem ainda uma feirinha de artesanato. É um templo externo, cuja entrada custa 50Bahts (R$5), e está aberto ao público das 8:00 às 17:30. Como seu nome já sugere, o melhor horário para a visitação é no início da manhã, pois ele fica mais lindo do que é. Porém, só conseguimos chegar no fim da tarde, o que dificultou um pouco as fotos, devido à posição do sol. Sua atração principal é uma belíssima torre de 80m de altura, branca e ricamente decorada.
Cais para pegar o barco para o Wat Arun
Wat Arun visto do cais
Barquinho da travessia para o Wat Arun
Indo para o Wat Arun
Templo com Demônios Guardiões perto da entrada do Wat Arun
Wat Arun
Escadaria para o Wat Arun
Não me cansava de fotografar o Wat Arun
O Buda gordinho e o Wat Arun ao fundo
  •     Wat Traimit – o último templo que visitamos fica em Chinatown, perto da estação de trem Hualampong, um pouquinho mais afastado da região do Grand Palace. Fomos de uber até lá. Ele é conhecido como o “Templo do Buda de Ouro”, pois lá dentro fica o maior (do mundo!) Buda feito em ouro maciço! Ele é incrivelmente belo, assim como o seu templo! A entrada custa 40Bahts (R$4) e a visita é bem rápida, pois só tem essa “capela”do Buda para visitar. Quer dizer, tem ainda o museu chinês, que também fica lá dentro, mas o ingresso (100Bahts = R$10) é separado, e acredito não ser muito interessante para brasileiros, tanto é que não vi ninguém entrando nele.
Wat Traimit – Templo do Buda de Ouro
O maior Buda em ouro maciço do mundo!

Aguardem o post da próxima semana para saber mais um pouquinho sobre as nossas aventuras por Bangkok. Depois, iremos detalhar as nossas incríveis experiências nas outras cidades tailandesas por onde passamos: Ayutthaya, Chiang Mai, Phuket, Phi Phi, Krabi e Ko Phanghan!

Até a próxima!

17 comentários

  1. Rafinha voce ja uma garota do mundo.adorei suas postagens e dicas.acho que futuramente voce ja tem conhecimento suficiente para fundar uma agência de turismo e consultoria de viagens. Parabéns pelo sucesso do seu tour pela Ásia. Bjs Cláudio Antonio Costa.

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