Caraíva (Bahia) e sua magia!

Olá, pessoal!

Hora de contar para vocês como foi a maravilhosa viagem que fiz, em setembro de 2024, a Caraíva, vilarejo pertencente ao município de Porto Seguro e que fica no sul da Bahia. Para os que chegam ´por Porto Seguro, vale a pena reservar um tempinho para visitar Arraial D’Ajuda e Trancoso que ficam no caminho até Caraíva. No post anterior eu contei o que visitei e quanto tempo passei nesses lugares.

De Arraial D’Ajuda, eu peguei o ônibus das 12:30, perto do início da Rua Mucugê, para Caraíva (R$32 com a Águia Azul – paga na hora em pix ou dinheiro). Teria a opção de ir de van (R$ 60), mas o seguinte seria somente às 15:00. De toda forma, achei mais confortável o ônibus, e a diferença na duração da viagem não era relevante.

Esperando o Ônibus para Caraíva na parada de ônibus em Arraial D’Ajuda
Ônibus para Caraíva

Cheguei a Caraíva perto das 15h. A parada final do ônibus é no local da travessia de canoa (R$10,00), que, é bem rapidinha.

Ponto de travessia de canoa para o vilarejo de Caraíva

E foi na canoa que fiz minha primeira amiga, a Nati, carioca que também estava viajando sozinha e que acabou se tornando minha companheira de quarto no hostel.

Atravessando de canoa para Caraíva. Detalhe para a Naty (que ainda não conhecia) focada no celular

Nos hospedamos na Pousada e Hostel Casa de Paixão, que fica quase em frente ao ponto de travessia de canoa, perto dos principais pontos turísticos da vila, como a praça da igrejinha e a orla do rio, repleta de restaurantes e onde ficam as “baladas”. Melhor escolha impossível, não somente pela localização, mas também pela qualidade. Tudo novinho, limpinho, confortável, com funcionários super simpáticos e um café da manhã maravilhoso!

Hostel Casa de Paixão
Café da manhã delicioso (eles pedem para agendar o horário do café).

Só fazendo um parênteses sobre as bagagens … a vilinha de Caraíva não tem calçamento, é toda em areia e a maior parte daquela bem fofa, portanto não tem como arrastar as malas de rodinhas. O recomendável é ir de mochila (fiz isso e amei), mas para os que forem de mala e não quiser carregar, em frente ao Porto das Canoas ficam várias carroças que fazem o transporte. Carinhosamente, as batizamos de “juber”, mas nem usei e não tenho noção do valor.

Carroças (“juber”) que funcionam como táxi em Caraíva

A primeira impressão que tive da vilinha de Caraíva foi a melhor possível! Foi paixão a primeira vista e cada cantinho que eu ia conhecendo e cada experiência me deixava ainda mais apaixonada. Fui recebida com um lindo pôr do sol que assisti ao lado do Boteco do Pará.

Pôr do sol no Boteco do Pará

Demos uma voltinha para explorar a vila, parando na pracinha da famosa Igrejinha de Caraíva (Igreja Matriz São Sebastião) no Restaurante Fofocaria, onde comemos um PF bem gostosinho (R$ 40).

À noite fomos para o Beco da Lua, onde estava tendo música ao vivo (couvert R$20), e provamos um drink (não curti) com uma bebida bem típica na região, Netuno (uma bebida fermentada com gengibre), e comemos uma pizza deliciosa.

Pizza, drink e música no Beco da Lua

Em busca de algo mais animado, fomos parar no Bendito, um barzinho bem legal com música ao vivo que fica na Praça da Igreja Matriz. Apesar de não estar muito cheio, estava bem animado. Normalmente, as pessoas fazem a prévia nesse bar, pois a música termina meia noite, e depois vão para outro lugar, mas era terça-feira e não tinha mais nada depois.

Após um maravilhoso café da manhã no hostel (tem que marcar o horário), Nati e eu seguimos para a caminhada até a praia do Espelho, o que daria cerca de 11km. A maré estava perfeita, pois ainda ia secar muito. O caminho é lindo, passando por um mangue, ainda na vilinha, atravessando o rio Caraíva de canoa (R$8,00) na praia da Barra. A travessia é bem curta e dá para fazer nadando, caso não tenha pertences para carregar.

Mangue no caminho para a praia da Barra
Praia da Barra repleta de bares
Travessia de canoa para começar a caminhada
Praia da Barra vista do outro lado do rio

Após atravessar o rio, são 3km de caminhada até a praia do Satú, onde têm umas barracas de praia bem lindinhas, algumas mais estilo beach club. Todas cobram consumação mínima. Nessa praia, na maré seca, formam-se várias pisicininhas. Em meio às barracas, fica uma escadaria que leva ao mirante Miranda, com uma linda vista panorâmica da praia. Quem vai de carro para a praia pode descer por essa escadaria.

Início da caminhada para a Praia do Satú
Piscininhas na praia do Satú
Subida para o Mirante do Miranda
Vista do Mirante do Miranda
A subida para o mirante tem um pedaço um pouco complicado, mas vale muito a pena

Mas, como a ideia era chegar à praia do Espelho com a maré baixa, teríamos que seguir o nosso caminho, pois ainda faltavam 7km. Continuamos a caminhar, passando pelas lagoas e, do nada, ganhamos um companheiro: um cachorro colou na gente e nos acompanhou pelo resto do caminho.

Arrumamos um cachorrinho para nos acompanhar na caminhada (ele andou muito com a gente)

Já havíamos andado mais de 7km, quando chegamos à Ponta da Juacema, uma praia belíssima e deserta. De lá avistamos uma curva cheia de pedras, onde as ondas batiam. Tentamos passar, mas não dava.

Ponta da Juacema

Voltamos e resolvemos subir a trilha que levava ao topo da falésia, achamos estranho por não ter nenhuma placa. Lá em cima tem um mirante com uma vista belíssima! Seguimos por uma trilhazinha até nos depararmos com uma cerca. Nesse momento, chegamos à conclusão que era melhor desistir de ir à Praia do Espelho e voltamos para a Praia do Satú sempre acompanhadas do nosso cão de guarda.

Trilha para subir a falésia, seria o caminho para a Praia do Espelho
Mirante da Juacema com nosso fiel escudeiro

Na Praia do Satú, ficamos na Barraca Corais do Mar relaxando para encarar os 3km finais de volta para a vila. Conversando com o garçom, descobrimos que a cerca da trilha era algo recente que nem eles sabiam e que aquele era o caminho correto para a praia do Espelho e que costumava ser sinalizado com várias placas. Ou seja, mais uma “privatização” de acesso às praias.

Relaxando na Praia do Satú (Barraca Corais do Mar)
Drink e uma deliciosa batata no Corais do Mar

Após uma caminhada de 15,5km e o pé cheio de bolhas, voltamos para a vila e paramos no Boteco do Pará para provar o famoso pastel de arraia enquanto admirávamos o pôr do sol.

Cervejinha pós caminhada no Boteco do Pará
O famoso e delicioso pastel de arraia cremoso do Boteco do Pará

À noite fomos jantar no restaurante Comune, onde pedi um Camarão Thai e suco de cacau com mel de cacau, tudo estava bem gostoso!

Jantar no restaurante Comune
Camarão Thai e suco de cacau com mel no Comune

A animação da noite ficou por conta do pagode que encontramos do nada no Re-mar, que fica na pracinha da Igreja Matriz.

Pagode do Xandô no Re-mar
O quarteto fantástico (Eu, Nati, Jor e Tai) no pagode

No meu terceiro dia em Caraíva fiz o passeio para a Praia de Corumbau. Nati, Thai, Jordana e eu contratamos um buggy (R$125 por pessoa) que nos pegou no hostel (o buggy fica na praça da Igreja, pois não pode circular pela vila) e nos levou até a Aldeia Bugigão, que fica no Parque Nacional e Histórico de Monte Pascoal, onde pegamos canoa (R$20 ida e volta e só paga em dinheiro) para a praia. O trajeto de buggy durou quase 1h.

O quarteto no buggy para Corumbau
Achei muito legal essa foto!
Esperando nossa canoa
Travessia de canoa para Corumbau

Do lado da praia, caminhamos uns 15 minutos e chegamos à Ponta do Corumbau. A maré estava sequinha, então dava para ver bem o banco de areia e os corais. Paisagem belíssima.

Caminhada para a Ponta de Corumbau
Cheguei ao paraíso: Ponta do Corumbau

Ficamos na ponta até a maré subir, depois fomos par a barraca Delícia onde ficamos o resto da tarde. Tudo maravilhoso! Conhecemos Danilo, Tati e Anderson e a nossa equipe só foi ficando mais legal!

Relaxando na Barraca Delícia
Adoramos essa barraca Delícia (Ponta do Corumbau)

Na volta, antes de chegarmos à vila, paramos para ver o por do sol na Prainha, um “lounge” que tem uma prainha de rio. A vista é linda e fica perto de Caraíva!

Prainha
Equipe (Anderson, Tati, Danilo, Nati, Jor, Tai e eu) no pôr do sol da Prainha

A melhor noite que passei em Caraíva começou com um jantar delicioso e farto no restaurante Biribiri na companhia da Nati, do Danilo, do Anderson e da Tati, onde pedimos uma moqueca de peixe com camarão e um camarão no abacaxi.

Jantar no restaurante Biribiri
Nosso banquete de frutos do mar no restaurante Biribiri

Bem alimentados, era a hora de curtir a noite! Fomos para o Bendito, onde estava rolando um samba maravilhoso e, de lá, fomos para o forró no Bar do Pelé (R$50).

Bar do Pelé


Fui novamente caminhando para a Praia do Satu, dessa vez com o Danilo, a Tai, a Jor, a Tati e o Anderson. São 4km caminhando desde a pousada, dos quais 3km são pela praia (após a travessia de canoa – R$8, aceita pix). Dá 1 hora mais ou menos se for devagar. Ficamos na barraca Corais do Mar (pedem consumação mínima). Aproveitamos a maré baixa, tiramos foto no mirante Miranda e tomamos um delicioso banho doce na lagoa.

Delicioso banho de lagoa

Voltamos no fim do dia e paramos novamente no Boteco do Pará para comer pastel e fomos tirar a foto clássica de Caraíva com a galera completa, pois, infelizmente, tinha chegado a hora de nos separarmos.

Registro do último dia com essa galera que alegrou minha viagem

Nath e eu jantamos hamburguer no Amado, depois encontramos o restante so pessoal e ficamos no O forno escutando a música do Bendito. Danilo, Tai e Jor comeram pizza (massa napoletana) lá e elogiaram muito.

Foi o fim de uma maravilhosa estadia em Caraíva! Na madrugada seguinte, peguei a canoa das 5:20 para poder pegar o ônibus das 6h (aos sábados só tem ônibus de 6h e 15h, não sai o das 11h) de volta para Arraia D’ajuda e pegar a balsa para Porto Seguro.

Como vocês viram, a viagem foi maravilhosa! Acho que escolhi a época perfeita para ir a Caraíva, pois não estava muito cheia, afinal fui durante a semana e na baixa temporada (setembro/2024). Confesso que gostei muito, pois não tinham filas e os preços estavam bem menores do que tinha visto na alta temporada, como no mês de janeiro, por exemplo.

Até a próxima!

Confiram por onde passei, no sul da Bahia, antes e depois de Caraíva:

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