Explorando a Ilha do Sal – Cabo Verde

Olá, pessoal!

Em 2019, estava eu buscando passagens para Portugal, quando achei uma com uma conexão em um lugar estranho: SID. Fui pesquisar onde era e vi que era a Ilha do Sal em Cabo Verde (África). Confesso que nunca tinha ouvido falar. Pesquisei mais um pouco e vi que era um lugar com praias maravilhosas. Como não resisto a um mar com águas cristalinas, fui ver quanto custaria passar uns dias por lá. Para minha surpresa, o stop over não tinha custo extra! 

Para quem não conhece, stop over é uma forma de conexão oferecida por algumas companhias aéreas que permite que o passageiro passe alguns dias em uma cidade intermediária antes de chegar ao destino final. A forma de solicitação varia de companhia para companhia. 

Não pensei duas vezes e comprei o voo da Cabo Verde Airlines, saindo de Recife, com destino a Lisboa (Portugal), com um stop over de quatro dias na ilha africana.

Infelizmente, no check in em Recife descobrimos que, por um erro da Cabo Verde Airlines, só eu ficaria na conexão, e a minha amiga, Valeska, teria que seguir viagem para Lisboa. Nem tivemos muito tempo para absorver a informação, embarcamos no voo e nos separamos na conexão.

Ilha do Sal vista do alto
Infelizmente, minha amiga Valeska não desceu comigo na Ilha do Sal e seguiu direto para Lisboa

Precisei, então, ajustar minha programação para mais uma viagem solo. Normalmente, quando viajo sozinha, fico em um hostel para conhecer outros viajantes e arrumar umas programações legais. Porém o hotel já estava pago e era maravilhoso (Hotel da Luz Santa Maria). Era daqueles hotéis bem familiares, onde ninguém interage com ninguém. Minha solução foi contratar passeios e torcer para encontrar pessoas legais. E funcionou muito bem! Conheci pessoas maravilhosas!

2 - Quarto Hotel da Luz
Minha suíte no Hotel da Luz
Piscina do Hotel da Luz

 A Ilha do Sal, cuja capital é Espargos, tem apenas 30km de comprimento e 12km de largura, sendo uma das menores ilhas habitadas. É a principal atração turística de Cabo Verde, país cuja capital se chama Praia (isso mesmo!). Eles falam português, além de outros dialetos. A moeda local é o escudo cabo-verdeano, mas, já em 2019, era possível pagar tudo com euro. 

Bom… vamos ao que interessa! Vou mostrar os lugares que visitei nessa ilha que me surpreendeu bastante!

  • Praia Santa Maria

Após me acomodar no hotel, fui explorar as redondezas e me deparei com uma praia maravilhosa: Santa Maria. A cor da água é impressionante! Areia clarinha! Ela é bem movimentada, com lojas, restaurantes e bares para todos os públicos e bolsos. 

Primeiro contato com a belíssima praia de Santa Maria
Amei a cor dessa água!
Restaurantes e lojas na praia de Santa Maria

Nela estão concentrados diversos resorts, por isso tem gente que diz que a ilha está se preparando para virar a nova Cancun. Pelo menos ainda é uma opção mais barata para quem gosta desse estilo de viagem. Optei por ficar em um hotel (sem ser resort) na mesma praia.

Mas, graças às amigas goianas que conheci em um dos passeios, consegui aproveitar um pouquinho do resort onde elas estavam hospedas. Ficamos um pouco nas espreguiçadeiras da praia e depois aproveitamos a maravilhosa piscina!

Curtindo o resort com as novas amigas goianas

O Pontão de Santa Maria, um píer onde se concentram os pescadores para vender peixes fresquinhos, atrai muitos turistas. A vista de lá é belíssima!

Pontão de Santa Maria com pescadores vendendo peixes
Vendedora de peixe
Galera indo mergulhar
O mar é lindo!
A praia é perfeita para a prática de esportes náuticos

Ali perto, tem uma estátua do Cristo submerso. Nada muito profundo, dá para descer tranquilamente de snorkell ou, dependendo do fôlego, em apneia mesmo. Aproveitei que estava dando uma voltinha de stand up paddle (10 euros a hora no Sal Beach Club) por lá e, ao avistar a boia preta que sinaliza o ponto do Cristo, resolvi mergulhar para vê-lo. Como estava sem óculos, não consegui ver direito. O registro fotográfico não rolou, pois as fotos não ficaram muito boas!

Rolezinho de SUP
  • Volta à ilha

É um dos clássicos passeios oferecidos pelas agências. No horário marcado, um carro me pegou no hotel. Os passageiros vão sentados na caçamba do carro, não muito confortável, mas foi divertido.

Estrada na Ilha do Sal

Nossa primeira parada foi na Baía da Murdera, a primeira vila turística da ilha, de onde avistamos a Pedra do Leão. Esse lugar é considerado o melhor ponto de mergulho, mas fiquei só nas fotos em terra firme.

Baía da Murdera
Pedra do Leão
Na hora da minha foto o tempo ficou nublado

A segunda parada do passeio foi em Espargos, capital da Ilha do Sal. Mas antes de chegarmos ao centrinho da cidade, paramos no meio do deserto para ver a miragem de alguns lagos, mas não passa de ilusão de ótica, pois não tem uma gota de água por ali.

Miragem

Seguimos para Buracona, que é um local com piscinas naturais e com um buraco que se destaca pelo azul da cor da água que tem dentro dele (Blue Eye – “Olho Azul”). Na parte alta, tem uma bela estrutura com banheiros e um restaurante. Eles cobram €3 pelo banho, que é delicioso!

Piscina Natural na Buracona
Estrutura de apoio no Buracona
Passarela que liga o restaurante às piscinas naturais
Olho Azul
Relaxando na piscina natural

A parada seguinte foi em Palmeira, onde nos levaram para uma degustação de bebidas, principalmente a Grog, uma bebida alcoólica de Cabo Verde (a cachaça deles).

Provamos bebidas diversas
Grog, a famosa cachaça de Cabo Verde

As bebidinhas abriram o apetite. Ainda bem que, logo após, paramos para almoçar em Espargos. Resolvi provar um tradicional prato de Cabo Verde, a cachupa, que leva feijão, milho, frango (pode ser de carne ou de peixe também), mandioca, batata doce, banana da terra, couve, repolho, cenoura, cebola, alho e temperos diversos. Além dela, o menu incluía risole de bacalhau de entrada e queijo de cabra com doce de papaya para sobremesa.

Cachupa

Alimentadas, seguimos para a Baia da Pedra do Lume para ver os tubarões que chegam bem pertinho da margem da praia.

Praia dos tubarões
Galera com as perninhas na água para ver os tubarões! kkk
Tubarões na margem da praia

Seguimos para a última parada: Salina Pedra do Lume. Lá teve um banho de lama seguido por um banho bem salgado na lagoa da salina. Pelo elevado teor de sal, a pessoa não consegue afundar na lagoa e fica só boiando, como no Mar Morto.

A salina
Banho de lama (disseram que era bom para a pele! kkk)
Já limpinha e boiando na lagoa da salina
  • Passeio de catamarã saindo de Palmeira e indo para Monte Leão

Outro passeio bem legal que fiz na ilha foi o de catamarã saindo de Palmeira com destino à Monte Leão. Contratei o passeio com a empresa No Limits Adventure, que me pegou no hotel e levou até o cais onde embarcamos no catamarã. Foi nesse passeio que conheci as goianas dente boníssimas! Passamos o dia velejando e o passeio incluía parada para mergulharmos com snorkell e pescar com linha e anzol, lanchinho e apresentação de dança local.

Cais de Palmeira
Já no catamarã
Com as novas amigas goianas
Pausa para o mergulho
As mergulhadoras
A pescadora
Lanchinho
Monte Leão
Dança típica
Assumindo o comando
  • Rolé de bike para a Praia da Ponta Preta

Fiz um passeio bem legal sem agência também. Aluguel uma bicicleta na CV bike (11 euros o dia) e fui pedalando até a Praia da Ponta Preta, que tem um pôr do sol belíssimo!!! No caminho, fiz uma paradinha no Bikini Beach Bar para uma cervejinha.

Bikini Beach Bar
Pausa para a cervejinha

Segui meu caminho até meu destino final, onde fui agraciada com um belíssimo pôr do sol!

Pôr do sol na praia da Ponta Preta
  • Restaurantes e bares:

A vila de Santa Maria, onde me hospedei, é bem pequena, mas têm alguns bares e restaurantes para todas as tribos e bolsos! A maioria fica na rua 01 de junho, a mais badaladinha da vila, onde também têm várias lojinhas.

Rua 01 de junho na Vila de Santa Maria
A rua 01 de junho à noite

Seguem os que visitei:

Porto Antigo – ficava bem perto do meu hotel e fui lá para comer assim que cheguei. Pedi o prato do dia, que era um frango no forno por 5 euros. Estava gostosinho.

Frango com batata frita e salada

Café del Mar – foi o restaurante onde jantei com minhas novas amigas goianas. Pedi um prato que normalmente não pediria em um restaurante: macarrão com atum. E, surpreendentemente, ele estava muito gostoso! É um restaurante muito bom e abrem o dia todo, servindo café da manhã, almoço e jantar. Mega recomendo!

Jantar com as novas amigas goianas no Café del Mar
Delicioso macarrão com atum

Churrasquinho local – desculpem-me, mas não anotei o nome! As espanholas que conheci no primeiro passeio me chamaram para jantar em um lugar de locais (não turístico). Elas já estavam há uma semana na ilha e conheceram vários locais. O local me remeteu ao Brasil! Era um churrasquinho de esquina que tocava música brasileira, inclusive É o Tchan! Ele fica na rua paralela (para trás) da rua 01 de junho na praia de Santa Maria.

Nossos pratos no churrasquinho

Buddy bar – bar com música ao vivo bem conhecido que fica na rua 01 de junho na praia de Santa Maria.

Buddy Bar

Pub Calema – outro bar bastante procurado na vila e com música ao vivo.

Pub Calema

Bom, pessoal! Deu pra ver que aproveitei bastante o meu stop over na Ilha do Sal! E pensar que esse lugar maravilhoso fica a apenas 4 horas de voo de Recife e, mesmo assim, é tão pouco conhecido pelos brasileiros. Fica a dica!!

Até a próxima!

11 comentários

  1. Quantos lugares maravilhosos neste mundo, os quais precisamos conhecer. Viajar é tudo de bom e suas dicas tornam tudo mais fácil pra quem se aventura a conhecer os mesmos destinos que você.

    Curtido por 1 pessoa

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