Oi, pessoal!
Ao final da viagem que fiz em 2019 a Portugal (ver link dos posts anteriores ao final) com minha amiga Valeska, passamos dois dias em Lisboa e ainda deu tempo de fazer um bate e volta a Óbidos. Como tanto ela como eu já havíamos visitado a capital portuguesa, acabamos fugindo do roteiro convencional.
Ficamos hospedadas no Lisboa Central Hostel, bem pertinho do Parque Eduardo VII e da Praça Marquês de Pombal, por onde começamos nosso tour.
O Parque Eduardo VII é o maior do centro de Lisboa e homenageia o Rei Eduardo VII da Inglaterra. Ele fica em uma colina, posição que oferece uma bela vista panorâmica da cidade, avistando a Avenida da Liberdade e o entorno.

Entre o Parque Eduardo VII e a Avenida da Liberdade encontra-se a Praça/ Rotunda Marquês de Pombal que acaba sendo uma rotatória e tem em seu centro o Monumento ao Marquês de Pombal, bastante conhecido por ter atuado na reconstrução da cidade após o terremoto de 1755. Dessa praça saem diversos ônibus para passeios turísticos pela cidade.

Nosso vício em pastel de nata nos fez interromper o tour para comer nossa comida portuguesa favorita. Escolhemos a Fábrica da Nata e estava uma delícia! Foi legal, pois conhecemos um pouco da história do pastel de nata que, segundo eles, data do século XVII, quando conventos e mosteiros portugueses produziam pastelarias e doces a base de ovo, aproveitando as claras que sobravam da lavagem de roupas e da produção de vinho. Com a expulsão das ordens religiosas e o fechamento de mosteiros e conventos na Revolução Liberal de 1820, a receita passou a ser adotada nas docerias portuguesas e é bastante apreciada até hoje!

Bem pertinho da Fábrica da Nata fica a Estação Ferroviária do Rossio, a Estação Central de Lisboa, onde chegam e partem trens para os destinos suburbanos (antes de lá partiam trens com destino a Paris). Foi projetada pelo arquiteto português José Luís Monteiro e construída em estilo neo-manuelino (estilo arquitetônico romântico português nacionalista). Sua fachada é maravilhosa! Possui ligação com a linha azul do metrô, por isso é super movimentada!

Seguimos pela zona central de Lisboa, chegando à Baixa Chiado, bairro que exala cultura. É repleto de teatros, museus, bares e restaurantes. Uma das atrações é a Estátua de Fernando Pessoa. Adorei caminhar pelas ruas desse bairro!

Um monumento que me chamou a atenção foi aquele em homenagem ao poeta português Luiz de Camões, não somente por sua imponência como também pelas pessoas que descansavam a seus pés. Ele fica na praça de mesmo nome na Baixa-Chiado.

Ao lado da Baixa-Chiado fica o Bairro Alto, área boêmia da cidade, que me lembrou o bairro carioca Lapa. O nome não é à toa, pois tivemos que subir uma ladeira considerável para chegar lá. Também dá para subir usando o Elevador da Glória, um bonde elétrico que percorre a inclinada rua chamada Calçada da Glória. Mas não vimos esse elevador, por isso fomos a pé mesmo.

Como já estava de noite, nosso foco era a boemia mesmo, procurávamos um bar com música boa para sentarmos e tomarmos um drink. Circulamos pelas ruas movimentadas até que um lugar nos chamou a atenção: o Alface Hall. O bar estava lotado e entendemos o porquê: a banda era incrível. Música de alto nível! O cantor tinha uma voz maravilhosa!


Na hora de ir embora achamos o bendito bondinho elétrico!

Na manhã seguinte, pegamos o ônibus (€7.95 o trecho) do lado de fora do Terminal Rodoviário do Campo Grande com destino a Óbidos para encontrar minha tia Silvana e nossa amiga Regina que, coincidentemente, viajavam por Portugal na mesma época. A viagem durou uma hora e o ponto de chegada é dentro da cidade, então achei bem tranquilo de ir de ônibus. Soube que tem a opção de trem, mas que chega longe da vilinha. A outra alternativa é alugar um carro, cuja vantagem é poder visitar outras cidades, como Sintra e Nazaré, mas não estávamos dispostas.
Óbidos é uma vilinha medieval, que fica ao norte de Lisboa, famosa por sua muralha que se liga ao castelo da cidade. Sua origem é anterior a Cristo (cerca de 300 a.C.), e foi ocupada por diversos povos, como os romanos e os mouros, sendo estes últimos os responsáveis pela construção da muralha (século XII). A cidadela (cidade cercada por muralha) sofreu com o terremoto de 1755, que destruiu algumas edificações e partes da muralha. A vilinha é bem pequena (duas ruas principais e algumas vielas), de modo que uma manhã ou uma tarde é suficiente para a visita.



Em nossa caminhada, passamos pela Praça de Santa Maria, onde fica a Igreja de Santa Maria, que é a Igreja Matriz de Óbidos e cuja construção é datada do século XVI.

Fizemos um pit stop em uma das várias lojinhas para provar o famoso licor de ginja no copo de chocolate. A ginja é um tipo de cereja e é meio amarga, mas o licor é bem doce.

Não podíamos deixar de caminhar pelas famosas muralhas que cercam a cidade. Mas para isso tem que ter fôlego, pois é preciso subir alguns vários degraus!

Do topo da muralha é possível avistar a vila por ângulos diversos, assim como o Castelo de Óbidos e as construções utilizadas nos eventos festivos.

O Castelo de Óbidos tem origem no período de ocupação romana e depois foi ocupado por visigodos e mulçumanos. Atualmente a visitação não é permitida, pois funciona como hotel.


Pelo lado de fora da muralha, junto a um estacionamento, ainda é possível observar outro resquício do período medieval: o Aqueduto, construído no século XVI para abastecer a vila com água.

Terminando o passeio por Óbidos, retornamos à região central de Lisboa e ainda conseguimos fazer mais um pouco de turismo.
Começamos pelo Elevador de Santa Justa, que achei belíssimo, por sinal! Não somente uma atração turística, mas também uma opção de transporte para ligar as partes alta e baixa da cidade.

Seguimos caminhando, e observando as lojinhas, em sentido à Praça do Comércio, uma das principais (se não a principal) praça da cidade, passando pela Rua Augusta e o Arco do Triunfo. Antigamente, essa praça era a porta de entrada da cidade, já que os navios mercantes chegavam ali após navegarem pelo rio Tejo.



O Arco do Triunfo da Rua Augusta, diferente de outros vários construídos pelo mundo, não tem relação com guerras, este foi construído em 1873 para celebrar a reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1755.

Além do Arco, a Estátua Equestre de Dom José I atrai muitos turistas. O monumento foi erguido em homenagem ao rei que reinava na época do terremoto.

Terminada nossa programação turística, pegamos o metrô e fomos às compras no Centro Comercial Colombo, shopping com diversas lojas, inclusive a Primark, que atrai muitos brasileiros por seus preços convidativos.
E foi assim que fechamos nossa viagem por Portugal. Agora posso dizer que valeu muito dar uma segunda chance ao país, já que adorei tudo que visitei. Com certeza, voltarei outras vezes!
Até a próxima, pessoal!
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Sensacional parabéns pelo seu blog
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Que bo que esteja curtindo!
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