Sevilha (Espanha) – amor à primeira e à segunda visitas!

Olá, pessoal!

Se quando eu não gosto muito de um lugar eu volto para ter uma segunda opinião, como foi o caso de Portugal, imagine quando eu gosto! Aí que volto mesmo! Em 2006, quando passei uma temporada em Granada, cidade localizada na região de Andaluzia ao sul da Espanha, fiz uma visita rápida à capital da região, Sevilha, distante cerca de 250km. Fiquei tão encantada que a vontade de retornar era grande.

Em setembro de 2019, quando estava em Faro (Portugal) com minha amiga Valeska, percebi que estava pertinho de Sevilha. Não pensei duas vezes, convenci a minha amiga, que não conhecia a cidade espanhola, e pegamos um ônibus (€46 para cada) para lá. A viagem durou um pouco mais de três horas, percorrendo cerca de 180km.

A acomodação que escolhemos foi o For You Hostel Sevilha (€42 por duas diárias para cada em dormitório), uma gracinha e super bem localizado. Foram apenas dois dias, mas conseguimos aproveitar bastante! Vamos aos relatos então!

  • PASSEIOS

1.Catedral de Sevilha e La Giralda

Começamos nosso tour pela exuberante Catedral de Sevilha, patrimônio mundial da UNESCO. Compramos um ingresso (€9) que dava direito à visitar a Catedral, a Torre Giralda (“La Giralda) e a Catedral El Salvador.

A Catedral é enorme, dizem até que é a terceira maior igreja gótica do mundo. Rica em detalhes por dentro e por fora, ela abriga o mausoléu de Cristóvão Colombo e diversas obras de arte.

Uma das fachadas da Catedral de Sevilha
O interior da Catedral
As fachadas são belíssimas!
Mausoléu de Cristóvão Colombo

Ainda na Catedral, acessamos a Torre Giralda, um dos símbolos da cidade, para admirar a vista panorâmica! Mas já alerto que não é para qualquer um! É preciso de fôlego para subir os 34 lances de escada! Vale a pena, pois a vista é linda! A arquiteta pirou ao ver os detalhes da coberta da Catedral!

La Giralda
Após 34 lances de escada, chegamos ao topo da torre sineira
Sevilha vista do alto da Giralda
A riqueza de detalhas é de impressionar

2. Real Alcazar

Nossa parada seguinte foi no Real Alcazar (€11.50 a entrada), palácio real (ainda em uso pelo Rei da Espanha) com arquitetura predominantemente moura (mudéjar) e renascentista, e também patrimônio mundial da UNESCO. Fiquei apaixonada pela riqueza de detalhes do interior do palácio e pelos maravilhosos jardins, com plantas belíssimas, espelhos d’água e fontes.

Entrada do Real Alcazar
Um dos pátios do palácio
Detalhes do Real Alcazar
Amei esse teto!
Riqueza de detalhes de mais um dos pátios do palácio
Jardins do Real Alcazar
Detalhe da fonte do jardim

3. Paseo Colon e Torre Del Oro

Um dos passeios mais agradáveis foi a caminhada pela orla do Canal de Afonso XIII, conhecida como Paseo Colon, onde as pessoas caminham, andam de bicicleta… Tudo isso me transmite uma sensação maravilhosa! Nessa orla fica a Torre Del Oro que, antigamente, servia como proteção e que hoje abriga o museu naval. Ficamos só nas fotinhas por fora mesmo.

Paseo Colon
Torre del Oro

4. Catedral El Salvador

Outra atração turística que visitamos foi a Catedral El Salvador (Iglesia Colegiada del Divino Salvador), cuja entrada estava inclusa no ingresso da Catedral de Sevilha.

Fachada principal da Catedral El Salvador

Inicialmente, não estava no nosso roteiro, mas como a entrada já estava paga, resolvemos fazer uma visita rápida. Mais uma vez, a minha versão arquiteta aflorou e fiquei babando por cada pedacinho do interior, onde predomina o estilo barroco, com bastante “ouro”, detalhes minuciosos e aqueles anjinhos barrocos bem fofinhos. A catedral tem uma grande importância histórica e cultural, pois foi o espaço para cultos religiosos de diversos povos que ocuparam a região: romanos, visigodos, árabes e cristãos.

Altar em estilo barroco
Retábulo talhado em madeira em homenagem à Virgem del Rocío

5. Metropol Parasol – “Setas de Sevilla”
Em meio as belíssimas edificações que refletem a evolução histórica da cidade com uma mistura de estilos arquitetônicos, destaca-se um verdadeiro monumento contemporâneo: o Metropol Parasol, mais conhecido como Setas (cogumelos em português) de Sevilla . Essa estrutura em madeira foi construída na Plaza de la Encarnación, sobre as ruínas romanas, as quais foram descobertas quando estavam construindo um estacionamento.

Foi uma novidade para mim, pois ela ainda não existia em 2006 quando visitei Sevilha pela primeira vez. Foi construída no ano de 2011.

Ela é um grande ponto de referência e de encontro da cidade, tanto é que foi lá que iniciamos o free walking tour (passeio guiado). Ficamos tão admiradas que, após o passeio, voltamos para fazer a visitação do mirante e admirar o pôr do sol lá do alto.

Início do free walking tour
Só pensando no trabalho para projetar e executar essa cobertura em madeira

A entrada para o mirante (€ 3) incluía o acesso a uma passarela na parte superior da cobertura de madeira por onde é possível caminhar admirando a cidade por cima e de diversos pontos. Além disso, dava acesso a um terraço, com uma linda vista panorâmica, às ruínas romanas, a um cartão postal e a uma bebida. O único ponto negativo foi a fila para entrar que demorava muito.

Caminhando por cima do Parasol
O terraço do Parasol
Tomando nossa cervejinha de brinde
Ruínas romanas
Pôr do sol no mirante do Parasol

6. Parque Maria Luiza e Plaza de España

Uma das atrações que mais me marcou na primeira visita a Sevilha foi a Plaza de España, uma praça que foi construída para a Exposição Ibero-Americana de 1929. Ela fica junto do Parque Maria Luiza que também foi construído para o evento. Ela é imensa e em formato semi-circular, com vários bancos em azulejos coloridos, cada um em homenagem a uma província espanhola. Minha diversão foi tirar foto em todos os banquinhos das províncias que já visitei.

A belíssima Plaza de Espanha
Plaza de Espanha – uma mistura de estilos renascentista e mudéjar (íbero-mulçumano)
O banquinho com azulejos em homenagem à Barcelona
Os canais da Plaza de Espanha
As pontes também se destacam na praça
É possível fazer um passeio de barco pelos canais

Após a nostálgica visita à Plaza de España, fomos passear pelo Parque Maria Luiza, onde se destaca a romântica escultura de Glorieta de Bécquer, referente ao poeta Gustavo Adolfo Bécquer, inaugurada em 1911. As três mocinhas representam os três estados do amor: o amor esperançoso, o amor possuído e o amor perdido.

Escultura de Glorieta de Becquer

7. Free walking tour

Além de bater perna de forma independente com minha amiga, fizemos um passeio guiado gratuito (free walking tour) de 2 horas. Foi bem legal porque o guia nos levou não somente para os principais pontos turísticos, já apresentados acima, mas também para outros lugares com histórias interessantes. Gostei de conhecer um pouco sobre atrações fora do roteiro convencional. Devido ao tempo reduzido, as explicações são do lado de fora das atrações, por isso, o ideal é fazer no primeiro dia da viagem e depois voltar com calma para os pontos de maior interesse e entrar para conhecer melhor. Ao final do passeio, a recomendação é dar ao guia um valor que achar justo de acordo com o desempenho dele.

O guia nos mostrou a sede da Prefeitura de Sevilha (Ayuntamiento de Sevilla), cuja beleza de sua fachada se destaca! Ela foi construída, no século XV, na Plaza de San Francisco, e é uma das mais notáveis amostras do estilo arquitetônico renascentista plateresco na Andaluzia.

A exuberante fachada principal da Prefeitura de Sevilha

Também passamos pela Praça do Triunfo, que tem uma localização estratégica, rodeada por importantes prédios históricos: a Catedral de Sevilha, o Convento da Encarnação, o Arquivo das Índias e o Palácio Real Alcazar, além de ser a entrada do bairro Santa Cruz. O monumento foi erguido, no século XVIII, após o terremoto que devastou Lisboa em 1755, como forma de agradecimento pela proteção divina.

Praça do Triunfo

Também aprendemos um pouco sobre o luxuoso Hotel Afonso XIII, construído a pedido do Rei Afonso XIII para hospedar as celebridades que foram para Sevilha para a Exposição Iberoamericana de 1929. Ele pertence à Prefeitura, sendo considerado um bem de interesse cultural, mas é gerido pela rede Marriot. Sobrou um tempinho para conhecer o hall de entrada, lindo por sinal!

Hotel Afonso XIII
Hall de entrada do Hotel Afonso XIII

O ponto final do nosso tour foi bem próximo ao Hotel Afonso XIII, na Puerta de Jerez, um dos principais quarteirões de pedestres da cidade, exatamente no local onde ficava a antiga porta da muralha que cercava e protegia Sevilha. Atualmente, tem uma linda fonte de água no centro (Fonte Híspalis) e, junto dela, uma dançarina de flamenco dava um show!

Fonte Híspalis
Dançarina de flamenco

  • BARES, RESTAURANTES E BALADINHAS

Além das belezas arquitetônica e da riqueza histórica, Sevilha tem uma culinária bem rica (principalmente as tapas, que são os petiscos) e diversas opções de diversão.

1. Restaurante Pando – fica na rua San Eloy, perto do hostel onde nos hospedamos. Como não poderia ser diferente na Espanha, pedimos tapas de entrada e o prato principal escolhido foi paella.

Paella para o nosso primeiro almoço

2. Restaurante El Pasaje – escolhemos esse lugar para comer tapas e tomar sangria, mas achamos caro e não muito bem servido.

Sangria com tapas

3. Sierra de Sevilla – sem dúvidas, o que mais gostamos! Maravilhoso! A decoração com cara da Espanha, tapas deliciosas e muito bem servidas, sangria refrescante e com ótimos preços!

Achei a decoração muito a cara da Espanha
Mega tapas com sangria
Tudo delicioso!

4. Mercado Lonja del Barranco – encontramos por um acaso enquanto caminhávamos pelo Paseo Colon. O local é bem bonito e agradável e com diversas opções de comidas, a maioria tapas. Não é tão barato, mas nada absurdamente caro. Resolvemos fazer a degustação de salmorejo, prato típico da região que consiste em uma sopa fria a base de tomate, pão, azeite, alho e vinagre.

Mercado Lonja del Barranco
Vitrine de salmorejos
Provando salmorejo

5. Alameda de Hercules – é uma praça enorme no bairro San Lorenzo que é rodeada por bares, restaurantes, cafés e sorveterias. Ela fica bem movimentada à noite. Escolhemos os bares que mais nos chamaram a atenção para tomar drinks: o Eureka e o Plan B.

Drinks no bar Plan B com nossa mais nova amiga angolana

6. Voulez Bar – curiosas para conhecer uma baladinha sevilhana, seguindo a indicação que nos deram no Plan B, fomos parar no Voulez Bar. A fila estava gigante, sem chance de esperarmos. Foi quando resolvi tentar, no clássico estilo brasileiro, conversar com os seguranças e deu certo! Ele nos passou na frente. O lugar era até legal, mas digamos que a faixa etária não estava compatível com a nossa, por isso não ficamos por muito tempo! kkkk.

Três “peixinhas fora d’água” na balada

7. Bar Pinzon – esse bar fica no Paseo de Colon e foi o local que escolhemos para tomar um drink na nossa última noite na cidade. Estava bastante movimentado!

Drink de despedida no Bar Pizon

Como eu já esperava, esses dias em Sevilha foram sensacionais! De lá, seguimos de ônibus da Eurolines (€18), por sete horas (várias paradas), até Lisboa.

Até a próxima, pessoal!

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4 comentários

  1. Sevilha tem muita história expressa na arquitetura de seus prédios antigos, uma grande influência àrabe nas suas edificações.

    É um encanto

    André Buriti

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