Oi, pessoal!

Esse post é sobre um destino não muito comum para os brasileiros e que me encantou: a Eslovênia!

Esse pequeno país europeu faz divisa com a Áustria, a Itália, a Hungria e a Croácia, possui uma natureza exuberante. O país está na zona do Euro e o idioma é o esloveno, mas a comunicação em inglês é bem fácil. Sua capital é Liubliana, com quase 300 mil habitantes, cidade que ainda mantém alguns traços medievais, pelo menos no centrinho histórico, onde nos hospedamos.

De última hora, incluímos esse destino no roteiro da viagem que fiz com minha mãe pelo Norte da Itália em novembro de 2022. Eu queria conhecer um país novo e me dei conta que a Eslovênia fica ao lado da Itália. Os voos estavam bem caros saindo de Milão ou de Bérgamo, que era nossa cidade base na Itália, mas saindo de Londres estava bem barato. Como não é nenhum sacrifício para nós irmos para Londres, não pensamos duas vezes e compramos nossas passagens pela Ryanair (companhia aérea irlandesa de baixo custo) por apenas €30 cada. O problema desses voos é que não pode levar muita bagagem, tivemos que ir apenas com uma mochila pequena. Deixamos nossas malas em Bérgamo, na casa da Fabi e do Michell, e embarcamos com nossas mochilinhas! Ficamos apenas dois dias na capital inglesa (só para matar um pouquinho a saudade) e embarcamos em mais um voo “low cost” (baixo custo), desta vez da Wizz Air (R$140 cada) para Liubliana, capital da Eslovênia.

Chegamos a Liubliana sem um roteiro pré-definido para os dois dias e meio que tínhamos por lá. Mesmo assim, conseguimos visitar os principais pontos turísticos da cidade e ainda fizemos dois “bate e volta”: um para a caverna de Postojna e outro para Bled, onde fica o famoso lago de mesmo nome. Para não ficar muito cansativa a leitura, dividirei os relatos em dois posts, sendo este primeiro sobre a capital eslovena e o segundo sobre os passeios que fiz no entorno.

Nossa entrada na Eslovênia (brasileiros não precisam de visto) foi pelo Aeroporto Internacional de Liubliana, de onde pegamos o shuttle (van porta a porta – €12 cada) para nosso airbnb no centro da cidade. Lá fomos recebidas pelo nosso anfitrião, Dejan, um esloveno super gentil e que nos deu várias dicas legais sobre o que visitar. A localização da nossa acomodação era maravilhosa, ao lado da Prefeitura e quase em frente à Catedral Saint Nicholas, cujas cúpulas verdes podem ser vistas de vários pontos da cidade.

Fica bem próximo também, de uma das praças mais badaladas do centrinho, a Praça Prěseren, onde fica a a Igreja Franciscana da Anunciação. Nas ruas do entorno estão as lojas de grife.

Apesar de estar chovendo e fazendo frio, não quisemos perder tempo e fomos passear pelas redondezas, começamos pelo Mercado Central, que é bem limpo e organizado. Mas não foi o melhor horário para ir, já que muita coisa estava fechada.

Seguimos pela via principal (Ciril-Metodov Trg), olhando as lojinhas, passando, inclusive, pelo belíssimo prédio da Prefeitura, até chegar ao restaurante que escolhemos para almoçar: o Druga Violina. Ele foi um dos que nosso anfitrião indicou para provar comida local. Pedimos uma sopa de cogumelos com dumplings (mas veio carne moída) que veio acompanhada de salada (€7,2). Estava gostosa e muito bem servida! O restaurante tinha garçonetes com deficiência, o que achei bem legal!

Para fugir da chuva e do frio, pegamos um ônibus para o Shopping CityPark. Foi super fácil chegar lá. A única dificuldade foi comprar o cartão de transporte do ônibus, já que eles não aceitam nem dinheiro e nem cartão de crédito por aproximação e só descobrimos isso dentro do ônibus. A nossa sorte é que os eslovenos são mega simpáticos e quando falamos que somos do Brasil, eles ficam mais animados ainda, por isso nos deixaram embarcar sem o cartão.

O shopping é muito bom, com diversas lojas legais, inclusive a queridinha dos brasileiros que amam uma pechincha: a Primark. Tem também um supermercado, um dos meus passeios favoritos quando visito outro país e também um ótimo lugar para encontrar lembrancinhas locais. Ao lado dele têm outras grandes lojas, como a Decathlon, por exemplo.

No dia seguinte, fomos conhecer a famosa caverna de Postojna, distante cerca de 50km da capital, passeio que será detalhado em outro post. Voltamos no fim do dia, e caminhamos da Rodoviária em direção ao funicular (€3.3 ida ou €6 ida e volta) que leva ao alto do morro onde fica o Castelo de Liubliana, passando pela Ponte dos Dragões.

A cidade é cortada pelo rio Liublianica, por isso possui algumas pontes que conectam as suas duas margens e a mais famosa é a Ponte dos Dragões. Em cada um dos dois lados dessa ponte foi colocado um par de dragões, o que é bastante representativo já que o dragão é o símbolo da cidade.

Chegamos ao funicular no timing perfeito, pois na subida já começamos a ver o sol baixando, o que deixou a vista da cidade do alto ainda mais linda! É possível subir caminhando também, nada muito difícil, mas achei maravilhosa a subida de funicular no por do sol.

O Castelo de Liubliana, já foi reconstruído algumas vezes e foi utilizado para fins diversos, como hospital, prisão e armazém. Atualmente, sedia algumas exposições. A entrada custava €12 ou €16 com o funicular (ida e volta). Achamos que não valia a pena entrar na parte paga do castelo, já que a parte gratuita já era bem interessante, pois incluía acesso a um mirante elevado, a um pátio central, a uns espaços com exposições e também dava para andar pelo entorno da muralha com uma vista maravilhosa da cidade. Optamos por descer caminhando por uma das 7 trilhas e já saímos pertinho do centrinho histórico.

Após o passeio pelo Castelo, fomos passear pela orla do rio Liublianica, onde têm alguns bares e restaurantes. Escolhemos o bar Lepa Vida para tomar um drink e assistir ao jogo da Espanha 7 x 0 Costa Rica pela Copa do Mundo do Qatar.

No dia seguinte, o nosso último no país, como nosso ônibus de volta para a Itália só era no fim da noite, resolvemos fazer um bate e volta a Bled (sobre este passeio eu falarei em outro post), que fica 55km distante de Liubliana. O nosso anfitrião do Airbnb foi bem legal e nos deixou guardar as malas em outro apto que ele tinha no mesmo prédio em que estávamos hospedadas.

Na volta do passeio, demos nossa última caminhada pelas ruas do centro antigo, passando pelas lojinhas e pelos movimentados bares e restaurantes às margens do rio, e fomos lanchar em uma lanchonete sérvia indicada pelo Dejan (nosso anfitrião). Coincidentemente, mais tarde, naquele dia o Brasil estrearia na Copa do Mundo de Futebol do Qatar contra os sérvios. Enquanto assistíamos ao jogo de Portugal, comemos um sanduichão com um hamburguer recheado com queijo, saladas, molhos diferentes e pão tipo sírio. Estava bem gostoso e era gigante!

Em seguida, pegamos nossas malas e fomos para a rodoviária pegar nosso Flixbus (empresa de ônibus) para Verona. Deu tempo de ver o comecinho do jogo do Brasil x Sérvia na lanchonete da rodoviária.

Foi uma maratona com perrengue! Saímos 20:40 de Liubliana, trocamos de ônibus 22:00 em Trieste (cidade italiana na divisa com a Eslovênia). A troca foi em uma garagem, mas foi bem rápida. Chegamos a Verona às 3:00 e essa foi a pior parte. O ônibus não parou na rodoviária, mas em uma rua próxima à estação de trem. Não sabíamos que a estação fechava de madrugada (ela fica fechada de meia noite às 5:00). A sorte é que deixam uma parte aberta, se não ficaríamos ao relento esperando nosso trem para Bérgamo que saia às 5:45. Porém, a parte que fica aberta não tem banco, banheiro… só o chão. Pelo menos estávamos abrigadas contra o frio! Nossa maratona acabou às 7:30 da manhã, quando chegamos sãs e salvas a Bérgamo e fomos para a casa da Fabi e do Michell!

Apesar desse perrengue no final, valeu muito a pena essa passagem rápida pela Eslovênia! Achei tudo lindo, vários cenários de conto de fadas e os eslovenos são mega simpáticos e receptivos, além de amarem os brasileiros!

Preparem-se para imagens de tirar o fôlego nos próximos posts sobre Postojna e Bled!

Até a próxima, pessoal!