Oi, pessoal!

Em janeiro de 2006, fiz um mochilão de 30 dias pela Europa com minhas amigas Mari e Manú. O último país dessa viagem foi Portugal. Lá visitamos sua capital, Lisboa, e a cidade do Porto. Porém, já estávamos bem cansadas e doidas para voltar para Londres, onde estávamos morando. Por isso, não aproveitamos muito esse pedaço da viagem e não ficamos com uma boa impressão do país.

Com o intuito de dar uma segunda chance para Portugal, resolvi voltar lá em setembro de 2019. Dessa vez, a amiga que encarou me acompanhar em mais uma das minhas viagens “free style” foi a Valeska. O objetivo principal era conhecer o Algarve, mas não poderia deixar de voltar a Lisboa e ao Porto.

A viagem começou com um stop over na Ilha do Sal (Cabo Verde), depois, já em Portugal, passei rapidinho em Lisboa para encontrar a Valeska e, de lá, seguimos de ônibus (6 euros a passagem para cada) para o Porto. Em seguida, voamos para o Algarve, onde pegamos um ônibus para Sevilha, na Espanha. Por fim, voltamos para Lisboa, última para da nossa viagem!

Neste post, falarei de como foi minha segunda visita ao Porto. Assim como na minha primeira vez, foi uma passagem bem rápida, menos de dois dias. Nas postagens seguintes, mostrarei os atrativos que visitei nas demais cidades portuguesas e, ao final, vocês saberão se a imagem que tinha do país mudou.

Chegamos à noite, e não perdemos tempo, fizemos nosso check in no Bluesock hostels (maravilhoso, por sinal!) e fomos para a rua!

Logo no início do nosso tour noturno, passamos na frente da Manteigaria, uma fábrica de pastel de nata que virou nosso vício, sempre dávamos um jeito de passar por lá para comer um pastelzinho que custava apenas 1 euro.

Em seguida, chegamos à Torre dos Clérigos e logo avistamos um movimento bem interessante. Era a baladinha Base Porto, um bar ao ar livre, que fica no Passeio dos Clérigos, e que estava mega animada.

Curtimos por lá um pouco e descemos para a Ribeira, que não estava movimentada, mas que estava ótima para fotos, com a famosa ponte Luís I toda iluminada! A ponte metálica atravessa o rio Douro, ligando a cidade do Porto a cidade de Vila Nova de Gaia. São dois níveis por onde passam o metrô (parte superior), veículos (parte inferior) e pedestres (em ambos os níveis).

O dia seguinte amanheceu ensolarado, perfeito para darmos uma voltinha e conhecer os principais pontos turísticos da cidade.

Começamos pela Estação Ferroviária São Bento, conhecida como Estação Central do Porto. Não é a principal estação de trem da cidade, já que a maioria dos trens de passageiros chega pela Estação Porto – Campanhã (Terminal Intermodal de Campanhã), mas atrai turistas pela beleza de seus azulejos.

Da parte de fora da estação já avistamos a Sé do Porto (Catedral de Nossa Senhora de Assunção), catedral declarada monumento nacional e que fica na parte alta da cidade. Na Idade Média, era nela que ocorriam os principais eventos religiosos e culturais como, por exemplo, a coroação dos monarcas.

A sua construção, iniciada no século XII é uma mistura de estilos arquitetônicos, como o barroco, o românico e o gótico. A entrada nos custou 3 euros e valeu a pena. Como arquiteta, sou suspeita para falar, mas aquela mistura de estilos e os azulejos portugueses me impressionaram!

Em frente à catedral, em seu terreiro, foi construído, em 1945 (parece mais velho do que é), um pelourinho, reproduzindo uma gravura do que existia no século XVIII, onde vários criminosos foram castigados.

Nossa parada seguinte foi na Avenida dos Aliados, que fica no centro da cidade e tem como edificação de destaque a Câmara Municipal, além de diversas construções no estilo Art Nouveau. Pena que estava repleta de obras.

No caminho para a Livraria Lello, nos deparamos com a Reitoria da Universidade do Porto (já pensei em fazer um curso lá) e, ao lado dela, estava tendo uma feirinha bem legal. Compramos uns brinquinhos e colares lindos!

Ali perto também avistamos uma igreja que me chamou atenção pelo uso de azulejos na fachada. Era a Igreja do Carmo.

Seguimos para a Livraria Lello & Irmão, uma das mais antigas do país (construída em 1906) e considerada uma das mais bonitas do mundo. E eu concordo! Sua escadaria em madeira, os vitrais, o forro de gesso imitando madeira e os demais detalhes construtivos dessa edificação que mistura os estilos Neo-gótico com Art Nouveau tornam ela exuberante. Ela ficou ainda mais famosa após o filme do Harry Porter, pois dizem que ela serviu de inspiração para Hogwarts. Pagamos 5 euros na entrada, valor esse que é abatido se comprar algum livro.

Como a fome estava grande, paramos para almoçar em um restaurante que nos pareceu simpático quando passamos na frente: Casinha Baixa do Porto (Rua Ceuta, 73). Nada demais, mas serviu para recarregar as forças e continuar o tour.

A parada seguinte foi na Igreja dos Clérigos, ao lado da famosa torre de mesmo nome, que é a torre mais alta de Portugal, construída no século XVIII, e um dos símbolos do Porto. Não estávamos dispostas para subir os 240 degraus da torre para ver a vista da cidade, apesar de imaginar que seja belíssima. Entramos na igreja (entrada gratuita), que achei linda! O altar é repleto de detalhes.

Finalizamos nosso passeio turístico no Jardins do Palácio de Cristal, que tem alguns mirantes que proporcionam lindas vistas da cidade, como da Ponte Luís I e do rio Douro.

Encerramos nossa curta porém proveitosa passagem por Porto no Cais da Ribeira, tomando cerveja com bolinho de bacalhau no Buraquinho (ficava ao lado do Chez Lapin), bar que escolhemos para relaxar até a hora de irmos para o aeroporto.

Não preciso nem dizer que saí do Porto com a melhor impressão possível e ainda com vontade de voltar. Portanto, a segunda chance valeu a pena!

Até a próxima, pessoal!

MAPA

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