Da Letônia eu segui para Lituânia. Foram 4 horas de viagem de ônibus desde Riga até Vilnius, capital do país. Nos três dias que fiquei na Lituânia, visitei duas cidades: a capital e Trakai. Esta última fica a apenas meia hora de ônibus desde Vilnius e minha passagem por lá será detalhada em uma próxima postagem. Neste post aqui, irei detalhar meus dias em Vilnius.

Chegando à rodoviária de Vilnius(1), fui ao Cetro de Informações Turísticas, onde peguei o mapa da cidade que me ajudou a chegar ao Hostel Jamaika(2). Fui caminhando, pois era bem pertinho, cerca de 5 minutos. Ele é imenso, acredito que devia ter sido uma mansão antigamente. São vários quartos, bem amplos, e as camas não são beliches. Fiquei em um dormitório feminino com banheiro privativo (€12 a diária). Tem uma cozinha coletiva com área de convívio. No térreo, junto da recepção tem um bar e pizzaria, além de um salão de beleza. è um hostel bem confortável, mas senti falta da interação entre as pessoas.
Fiz o check in e fui almoçar no restaurante Snekutis(3), indicado pela recepcionista do hostel como um dos melhores da cidade quando a busca é por comida e bebida típicas e com preço justo. Os pratos são bem servidos, por isso, o próprio garçom sugeriu que eu pedisse meia porção de pratos diferentes para provar. Provei um zepelin de carne e outro prato que parecia uma panqueca recheada com carne. Tudo a base de batata e carne de porco. Não encarei comer orelha e perna de porco não! O preço é muito bom! Paguei apenas €3,9 e sai super satisfeita. Lá tem uma grande variedade de cervejas locais também, mas deixei a cerveja para outro dia!



Fui então caminhar para digerir a comida (difícil pois é bem pesada!). Comecei pela praça da prefeitura (4), rua Didzioji, cuja continuação é a rua Pilies(5), com diversas lojas de grife, souvenirs cafés e restaurantes.


Essa rua de bares e cafés termina na praça da Catedral de Vilnius(6). A praça é palco dos principais eventos da cidade. A Catedral(6) é imensa e toda branquinha! Estava tendo missa, mas a entrada estava liberada e aproveitei para ver se ela era bonita por dentro também. Confirmei que sim!



Subi o morro (a pé) que leva à Torre Gediminas(7), com uma vista panorâmica maravilhosa da cidade. Para quem não encara a subida, tem a opção de ir de bondinho.

Na descida, fui conhecer o Parque Bernardine(8), belíssimo! Por ele passa o rio Vilnele(9), que, junto com a floresta, forma uma paisagem bem bucólica. Por um momento a pessoa esquece que está dentro de uma cidade. Estava ouvindo uns batuques e fui seguindo ele até encontrar um pequeno grupo ensaiando! Batuque bem brasileiro!

Saindo do parque, passei pela Igreja St. Anna(10), de arquitetura gótica, e depois segui para a República Uzupis(11), uma república de artista que possui governo e exército próprios, além de uma constituição local bem diferente. Porém, não consegui achar o lugar com as placas com a Constituição deles. Na verdade, não achei muita coisa nessa minha primeira volta que dei por lá.


Voltando para o Hostel, passei pelo pedacinho que sobrou da antiga muralha da Vilnius medieval(12).

No dia seguinte, antes de começar meus passeios, fui complementar o meu café da manhã no Halés Market(13), já que o Hostel só oferece torrada com geleia. Fui direto para a sessão de pães e salgados (meu ponto fraco!).

Retornei à cidade velha, entrando através do Gates of Dawn(14), um dos principais monumentos religiosos da Lituânia, com uma capelinha repletas de pinturas, uma das quais, a da Virgem Maria, atrai peregrinos que acreditam que ela tem poderes milagrosos. O portal foi construído no século XVI e era um dos cinco pontos de entrada para a antiga cidade murada de Vilnius.


Segui para a rua Stikliu(15), que antigamente era um dos guetos judeus da cidade e hoje é repleta de lojinhas e restaurantes, bem turística.

A parada seguinte foi no Palácio presidencial(16), na verdade na praça que dá para os fundos do prédio, local que fica mais acessível ao público. Mas depois acabei achando um bequinho, por dentro do Instituto Italiano de Cultura, que tem tipo um mirante de onde é possível observar o pátio central do palácio e a frente dele.

Passei pela Igreja de St. Catherine(17), que estava fechada e segui para a escondida Igreja Luterana Evangélica alemã(18).


Fiquei na Prefeitura(4) esperando o free walking tour marcado para o meio dia. A empresa organizadora é a mesma que faz o tour de Riga: a da maleta amarela!

Foram 2h de tour percorrendo a cidade velha e a república de Uzupis com histórias bem interessantes. Estava curiosa em saber o porquê de tanta igreja pela cidade e ela nos explicou que o catolicismo foi, de certa forma, imposto e era status para as famílias ricas construir igrejas. Hoje muitas delas estão fechadas ou receberam outros usos, como uma que virou quadra de basquete, grande paixão nacional. Os lituanos, apesar de terem se tornado católicos, não são praticantes em sua maioria. Ela nos mostrou alguns resquícios dos guetos judeus e da ocupação soviética. Foi bastante interessante retornar à república dos artistas com a guia, pois ela explicou as regras do lugar, a constituição louca e contou algumas histórias interessantes do local. Finalmente, consegui conhecer os pontos interessantes de lá, já que no dia anterior eu não encontrei nada demais! O tour terminou na praça da Catedral.


No tour, conheci dois cariocas, a Paula e o Mauro, e fomos almoçar no restaurante Aline Leiciai(19), que fica na rua dos judeus que visitei mais cedo. O lugar é bem agradável, mas a comida demora muito, o atendimento não é dos melhores e o preço é um pouco mais caro que o Snekutis (mas ainda barato), mas a comida é bem gostosa. Provei uma linguiça com repolho e batatas que estava uma delícia!

Nos despedimos da Paula, que seguiu para Riga, e fui com o Mauro ao Museu da KGB(20). A entrada custa €4 e vale muito a pena a visita, mas tem que ir preparado, pois as histórias e algumas cenas são bem fortes, já que trata do triste período em que o prédio funcionava como a sede da KGB, Comité de Segurança do Estado soviético, principal organização de serviços secretos da ex-União Soviética entre 13 de Março de 1954 e 6 de Novembro de 1991. Nesse local dezenas de pessoas foram presas e torturadas. Chegamos por volta das 17h e ele fecha às 18h, foi bem corrido e a galera expulsa mesmo. Vale a pena ir com mais tempo. Em algumas salas não tem tradução para inglês, mas na maioria tem. Achei que o museu poderia ser mais organizado, além de que a entrada é meio escondida (em uma das transversais da avenida Gediminas.


Voltamos caminhando pela avenida Gediminas(21), que liga a cidade velha ao distrito Zverynas, com vários teatros, lojas, cafés e alguns pequenos parques. Super agradável, assim como a cidade como um todo, e com pessoas bonitas e bem vestidas caminhando pelas ruas!
Subi novamente o morro da Torre Gediminas para ver o pôr do sol com os balões que coloriam o céu. Cenário perfeito para lindas fotos! Esses passeios de balões são famosos em Vilnius. Outra vista famosa é a do morro que fica ao lado que tem a escultura de 3 cruzes(22) no topo. Tem uma trilha que leva até ela. Descemos e fomos para o Parque Bernardine e conseguimos assistir ao show das águas na fonte (por volta das 19h, mas não sei se é todo dia). Simplesmente, lindo!



Sentamos para tomar uma cerveja (0,89 euros!) em um quiosque no canteiro central da rua alemã (rua Vokieciu(23)), mas ele estava fechando, então resolvemos ir para o Snekutis novamente, pois era garantia de comida e bebida boas. Para a nossa surpresa, estava cheio, pois os nativos estavam assistindo ao jogo de basquete entre Lituânia e República Checa pelo Campeonato europeu. Eles amam este esporte! Optei por jantar petiscos locais: ervilha lituana (amarela!) com umas gordurinhas de porco fritas, e pão frito com alho e patê de queijo. Gordo, mas muito bom! E lógico, a cervejinha local!


Depois disso, lona! Não encarei o pub crawl, que estava marcado para às 21:30, custava €10 e era organizado pela mesma empresa do free walking tour.
Meu último café da manhã em Vilnius foi novamente no mercado, mas dessa vez provei uma Kibina de frango com cogumelos (€1,20), parecida com uma empanada. Ela é bem local e todos haviam recomendado. Bem gostosa!

Encontrei o Mauro e pegamos o ônibus na rodoviária para passar o dia em Trakai (ver próxima postagem). Voltamos por volta das 17:00 e ficamos fazendo hora, pois nosso ônibus para Varsóvia era às 00:50. Fiquei passeando pela rua principal (a da Prefeitura) e depois paramos para comer o que eu tanto desejava: Adzaruli (€3,50), tipo uma esfirra aberta com queijo e ovo. Tinha visto a foto antes e fiquei apaixonada. Realmente, delícia!

Pegamos o ônibus das 00:50 na rodoviária, que fica fechada a noite. O ônibus da Polskibus para rapidamente na plataforma e sai logo em seguida. Como a rodoviária está fechada, para chegar à plataforma, tem que dar a volta por fora, passando por ruas esquisitas. A sorte é que a polícia estava por lá. Mas não recomendo ir sozinha caminhando para a estação a essa hora.
SITES ÚTEIS:
https://www.likealocalguide.com/vilnius
LEIAM MAIS:
Gostei muito de Vilnius e da comida Adzaruli !
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Delícia, tia!
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Parabens pelo teu BLOG, adorei, estou indo a Vilnius e tenho certeza que me sera muito util.
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Que bom que gostou! Espero que seja útil! Eu adorei a cidade! Boa viagem! E se quiser contribuir mais para o blog, manda um postal da sua viagem que eu coloco na galeria de Postais Amigos! É só mandar uma foto da frente e do verso (lembrar de escrever uma breve mensagem sobre a sua viagem no verso) para blogpostaispelomundo@gmail.com!
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