Cracóvia – Polônia – simplesmente apaixonante!!

postal Cracóvia frente postal Cracóvia verso

Após cinco horas de viagem em um ônibus lotado, desde Varsóvia, Carina e eu chegamos à cidade que conquistou meu coração e que foi minha favorita desta Eurotrip: Cracóvia! Ela é considerada a capital cultural da Polônia, é tombada pela UNESCO como patrimônio da humanidade e teve sua história marcada pela ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A cidade oferece diversas opções de entretenimento, por isso vale a pena reservar, no mínimo, três dias inteiros. Além das atrações dentro da cidade, existem vários outros passeios para os arredores, sendo os principais a Mina de Sal de Wieliczka e os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, que ficam a poucos quilômetros do centro de Cracóvia.

Mapa indicando a localização de Cracóvia, da Mina de Sal de Wieliczka e do campo de concentração de Auschwitz
Mapa indicando a localização de Cracóvia, da Mina de Sal de Wieliczka e do campo de concentração de Auschwitz

A estação de ônibus de Cracóvia(1) fica ao lado da estação de trem(1) e bem perto do Greg & Tom Party Hostel(2). Fizemos nosso check in no hostel e já conseguimos pegar o jantar que estava incluso na diária (77PLN a diária) e é muito bem servido! Resolvemos fazer o pub crawl (€10), que começa com cerca de duas horas com diversos tipos de vodca livres, em seguida fomos para o primeiro bar, Prozac(3), depois fomos para um bar que estava meio desanimado e terminamos na Shakers(4), uma boate bem legal, mas um pouco pequena. Em cada bar eles nos deram uma pequena dose de bebidas (shot). Achamos o pub crawl meio desorganizado, por isso não recomendo, apesar de ser bom para quem viaja sozinho e não tem companhia para sair. Também não recomendo o hostel para quem não está disposto a fazer festa 24 horas. A música é muito alta praticamente o tempo todo e os hóspedes são muito barulhentos. Além disso, a quantidade de  banheiros não é suficiente. Mas tem outro hostel da mesma rede dentro da cidade antiga e que todos dizem que é bem mais agradável.

Início do pub crawl no Greg & Tom Party Hostel
Início do pub crawl no Greg & Tom Party Hostel

No dia seguinte resolvemos começar o passeio pela Castelo de Wawel(5), o antigo castelo real, para chegar lá atravessamos a Cidade Velha, já aproveitando para curtir um pouco as belezas da Cracóvia Medieval. Às segundas feiras algumas exposições são gratuitas, mas apenas pela manhã. Era nesse castelo que viveram os reis da Polônia no período em que Cracóvia era a capital. Os reis estão enterrados ali ao lado, na Catedral(5). Vimos uma exposição sobre as ruínas do castelo, com algumas peças do castelo original, e outra sobre as armas usadas na guerra. Essa última eu achei sensacional. Impressionante como eles preservaram as armas e a variedade é imensa. Me senti em um filme medieval.

Pátio central do Castelo de Wawel com Catedral ao fundo
Pátio central do Castelo de Wawel com Catedral ao fundo

Passeamos um pouco pelo castelo e fomos para a estação pegar o trem para a Mina de Sal Wieliczka (3PLN o trecho e meia hora de viagem; compra o ticket no trem mesmo), que fica a 15km de Cracóvia e foi tombada como Patrimônio Histórico Mundial pela UNESCO. Ao sair da estação, tem que ficar atento, pois têm dois tours da mina, o que eu fiz, que é o convencional, e o da rota dos mineiros. A caminhada até a mina é bem rápida e tem placas sinalizando. Foi muito fácil e barato chegar à mina, o que mostra que não é necessário comprar os pacotes turísticos caríssimos que vendem no centro da cidade. Pegamos o tour guiado em inglês, que tem com mais frequência que os demais. É interessante agendar o tour com antecedência pela internet, caso queira em espanhol, por exemplo. Tour em português não tem. A entrada custou 79PLN, já incluindo o equipamento com fone para escutarmos o guia,  e eles ainda cobram 10PLN para tirar foto, pagamos, mas vi várias pessoas tirando foto sem o adesivo. Nosso guia era muito legal! O passeio pelas minas dura cerca de 2hs, percorrendo aproximadamente 2km, passando pelas várias câmaras que compõem a parte turística da mina, com lindos ambientes e esculturas esculpidos em pedras de sal. Depois ainda fizemos outro passeio de 1h pelo museu.

postal mina de sal frente postal mina de sal verso

Mina de Sal Wieliczka
Mina de Sal Wieliczka
Igreja maravilhosa dentro da Mina de Sal
Igreja maravilhosa dentro da Mina de Sal

Voltamos para Cracóvia e fomos para o restaurante Kuchnia Staropolska Ubabci Maliny(6), na Cidade Velha, que me foi muito recomendado e que fica super escondido, dentro de uma galeria, assim como os melhores bares e restaurantes da cidade. Como íamos jantar no Hostel, comemos apenas uma porção de linguiça acebolada com uma cerveja deliciosa.

Restaurante Kuchnia Staropolska com carinha de casa da vovó
Restaurante Kuchnia Staropolska com carinha de casa da vovó
linguiça acebolada no restaurante Kuchnia Staropolska Ubabci Maliny
Deliciosa linguiça acebolada no restaurante Kuchnia Staropolska Ubabci Maliny

Jantamos no Hostel e fomos para o bairro judeu (Kazimierz) conhecer os barzinhos. Ficamos em um muito legal, Alchemia(7), na Praça Nova. As cervejas variavam de preço entre 9 e 11PLN, mas não ficamos até tarde, pois o dia seguinte seria bem longo!
Acordamos cedo para pegar o ônibus das 8:40 para Auschwitz (14PLN o trecho com cerca de 1:40 de viagem). Encontramos o Mauro na estação e ele foi com a gente. Assim como o passeio da mina, são várias as agências que vendem pacotes turísticos para lá, mas ir por conta própria de ônibus é super simples e sai bem mais barato. Ao chegarmos lá, o tour mais próximo era o em espanhol das 10:45, foi o que fizemos. Para quem quer visitar o museu sem guia (entrada gratuita), tem das 8:00 às 10:00, mas não recomendo, após isso só com guia e custa 70PLN (60PLN para estudante). Se levar bolsa grande tem que pagar 3PLN para guardar. Banheiro também é pago (1PLN). O tour em Auschwitz dura 2hs, percorrendo o campo e entrando em alguns prédios onde a guia mostra um pouco do sofrimento dos judeus (provenientes de diversos países), dos presos de guerra soviéticos e de poloneses que foram presos por razões diversas. Lá ficavam aqueles aptos a trabalhar. Os que não eram aptos, como mulheres, crianças, idosos  e deficientes, eram levados direto para a câmara de gás onde eram assassinados.

Entrada de Auschiwitz, um dos principais campos de concentração nazista
Entrada de Auschwitz, um dos principais campos de concentração nazista
Muro onde os prisioneiros de Auschiwitz eram executados cruelmente
Muro onde os prisioneiros de Auschwitz eram executados cruelmente

Depois pegamos um ônibus, incluso no passeio, e fomos para Birkenau, maior campo de concentração de Auschwitz, onde chegavam o trem com os presos e onde estavam as principais câmaras de gás. Foi mais uma hora de tour guiado lá. É tudo muito triste e pesado, mas recomendo bastante.

Antigo vagão dentro do qual chegavam judeus, ciganos, prisioneiros de guerra, entre outros desafortunados, para o campo de concentração de Birkenau, muitos deles indo direto para as câmaras de gás
Antigo vagão dentro do qual chegavam judeus, ciganos, prisioneiros de guerra, entre outros desafortunados, para o campo de concentração de Birkenau, muitos deles indo direto para as câmaras de gás
Homenagem aos mortos nos campos de concentração
Homenagem aos mortos nos campos de concentração

Retornamos para Cracóvia por volta das 17:00 (tem que reservar um dia todo para esse passeio), passamos pelo Barbican(8) e pelo que sobrou da antiga muralha da cidade e fomos almoçar em um Milk bar (cantina típica da Polônia socialista): Bar Mleczny “Pod Temida”(9) na cidade velha, esse tinha cardápio em inglês.

Barbican, onde era feita a proteção da Cracóvia Medieval
Barbican, onde era feita a proteção da Cracóvia Medieval
Tradicional cantina polonesa (Milk Bar)
Tradicional cantina polonesa (Milk Bar)

Demos uma volta pelo bairro judeu seguindo as indicações do mapa, já que não conseguimos chegar a tempo para o free walking tour judeu (14:30). Tem uma série de sinagogas lá, além de uma praça com uma concentração de restaurantes judeus(10) bem bonitos, mas com preços mais elevados em relação aos demais restaurantes da cidade, mas nada absurdo, já que a comida na Polônia é bem barata. O bairro hoje está bem rippister, com vários barzinhos e restaurantes alternativos e super charmosos.

Rua do bairro judeu, Kazimierz, com vários barzinhos, restaurantes e lojinhas alternativas
Rua do bairro judeu, Kazimierz, com vários barzinhos, restaurantes e lojinhas alternativas
Área com concentração de restaurantes judeus
Área com concentração de restaurantes judeus
Monumento em homenagem aos judeus
Monumento em homenagem aos judeus

Fomos jantar no Hostel, nos arrumamos, pegamos as dicas de bares com o recepcionista e fomos para a Cidade Velha. As dicas foram muito boas. Ele nos indicou um bequinho, tipo uma galeria, com vários bares (11)com preços ótimos. Começamos em um em que a cerveja (500ml) custava 4PLN, o Sledz U Frysjera, depois fomos para outro que tinha uns coquetéis bem legais, o Biale, e, em seguida, para um bar de shots muito loucos, o Szototo. Estávamos indo para a balada, quando encontramos os meninos de Floripa, amigos da Carina, no meio da rua e acabamos voltando para o primeiro bar e ficamos lá até mais tarde. Quando chegamos na balada, por volta das 4:00, ela já estava fechada, então voltamos para o Hostel.

Bar Szototo
Bar Szototo
Shots no Szototo
Shots no Szototo
Os meninos de Floripa chegaram para reforçar a equipe!
Os meninos de Floripa chegaram para reforçar a equipe!

Começamos nosso último dia em Cracóvia fazendo o free walking tour da Cidade Velha que sai às 10:00 da Igreja da Virgem Maria(12), junto do Hard Rock Café. Foram duas horas de passeio, no qual o guia contou a história da praça central (do mercado)(13), nos levou para a Collegium Matus(14), a Universidade mais antiga de Cracóvia, que teve um aluno ilustre, Nicolau Copérnico. Lá tem um show do cuco de duas em duas horas. O guia mostrou alguns outros prédios pela cidade relacionados ao papa Joao Paulo II e ao comunismo e terminamos no castelo de Wawel, onde ele, inclusive, contou a lenda do dragão que vivia numa caverna logo abaixo do castelo. Atualmente tem uma escultura do dragão lá. No alto da caverna do dragão tem um mirante com uma linda vista para o rio Vístula. Terminamos o tour e entramos na catedral (entrada gratuita).

Praça central do mercado
Praça central do mercado
Mercado da praça central, hoje com artesanatos e restaurantes
Mercado da praça central, hoje com artesanatos e restaurantes
Show do cuco na Universidade (Collegium Matus)
Show do cuco na Universidade (Collegium Matus)
Vista do rio Vístula a partir do mirante do Castelo Wawel
Vista do rio Vístula a partir do mirante do Castelo Wawel

Continuamos nossa caminhada e fomos comer o Zapiekanki (baguete) no quiosque Endzior(15) na Praça Nova no bairro judeu. Comi um Oscypek Zurawina, que é um queijo grelhado com uma geléia, petisco bem típico na cidade.

Degustando o delicioso Zapiekanki, tradicional baguete polonês
Degustando o delicioso Zapiekanki, tradicional baguete polonês
Oscypek Zurawina - queijo grelhado com geléia
Oscypek Zurawina – queijo grelhado com geléia

Voltamos para o Hostel, pegamos as malas e fomos para a estação de ônibus pegar mais um Polskibus (3,48 libras) para Breslávia (Wroclaw). Encontramos o Mauro na estação, pois ele decidiu ir com a gente.

mapa Cracóvia

OBS:

1PLN = R$1,00

€1= 4PLN

SITES ÚTEIS:

http://www.krakow.pl/english

http://auschwitz.org/en/

 

4 comentários

  1. Os únicos lugares que jamais entraria são nos Campos de Concentração.
    Ótimas dicas, lugares lindos. E você sempre nos mostrando lugares inesquecíveis. Nilce

    Curtido por 1 pessoa

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