Olá, pessoal!
Não resisti ao espírito olímpico e a uma promoção da Latam! Faltando uma semana para o início dos Jogos Olímpicos do Rio, comprei uma passagem (R$400,00 ida e volta com taxas) e alguns ingressos para curtir a Olimpíada. Infelizmente não dei sorte de assistir a jogos do Brasil, mas foi muito divertido mesmo assim! Apesar do curto período, deu para aproveitar bastante e pegar algumas dicas básicas de sobrevivência para aqueles que ainda irão para os jogos.

INGRESSOS
Quando resolvi comprar a passagem para o Rio, fiquei achando que não encontraria mais ingressos. Mas, ao acessar o site de vendas oficiais achei muitos e com preços variados. Comprei com minha prima o vôlei de praia (R$70,00) de sexta a noite na Arena de Vôlei de Praia de Copacabana para assistir a duas partidas: Itália x Itália no masculino; e EUA (K. Walsh Jennings e A. Ross) x Itália no feminino. Para a manhã seguinte escolhi o vôlei de quadra masculino no Maracanãzinho (R$ 160,00) , ingresso que também deu direito a dois jogos: Irã x Egito e Argentina x Cuba.


O ingresso de domingo eu deixei para comprar no Rio mesmo. Foi uma boa estratégia, pois nas bilheterias tinham vários ingressos, muitos dos quais não estavam disponíveis pela internet. Quando fui para o jogo no Maracanãzinho, passei pela bilheteria e pedi o ingresso mais barato para o Parque Olímpico da Barra da Tijuca no domingo, pois meu objetivo era conhecer as instalações e sentir o clima do Parque. Para a minha surpresa, me ofereceram o Polo Aquático, esporte que adoro, por R$25,00 estudante. Era esse! Juntei o útil ao agradável, pois pude assistir a quatro maravilhosos jogos de polo (Espanha x Montenegro; Austrália x Grécia; Itália x EUA; Croácia x França) e ainda curtir o Parque Olímpico.

Em todos os locais de prova você encontra cambistas vendendo ingressos, mas não recomendo, pois muitos são falsos. É melhor comprar na bilheteria ou no site. E, caso a única alternativa seja um cambista ou alguém que desistiu de última hora, sugiro que você vá com essa pessoa até a bilheteria para que verifiquem o ingresso antes de pagar.
Na maioria dos jogos, os estádios estão bem vazios, com exceção de algumas disputas do Brasil e de alguns astros, como Michael Phelps e Usain Bolt. Então, é possível sentar em ótimos locais, mesmo estando com ingressos de lugares com vistas menos privilegiadas. Não tem problema algum. Está acontecendo muito, até os gringos perceberam isso. Caso o dono do assento chegue, é só pedir desculpas e mudar de lugar. Não vi nenhuma confusão por isso.
COMIDAS E BEBIDAS
A revista nos estádios está semelhante à dos aeroportos. Não pode entrar com líquidos e nem com comidas perecíveis. Mas você pode entrar com garrafinhas vazias (tem bebedouro nas arenas) e embalagens fechadas de comida, como biscoitos, salgados e amendoins. Porém, confesso que levei sanduichinho na mochila e não falaram nada.
O ideal é levar garrafinha e lanches para evitar as filas, que já foram maiores nos primeiros dias, mas que estão bem menores agora, e economizar um pouco. Como todo evento deste porte, as comidas e as bebidas são bem caras. A água de 500ml custa R$5, o refrigerante R$10 e a cerveja R$13 ( a única opção é a Skol, patrocinadora oficial do evento). A cerveja tem um “consolo” que é o copo com os temas dos esportes. Caso queira apenas o copo, o valor é R$10,00!

Outra informação importantíssima é que só aceitam cartão Visa (também patrocinador oficial), portanto, caso não possuam cartão dessa bandeira, levem dinheiro em espécie. Os que possuem Visa conseguem evitar as filas, pois podem comprar nos diversos caixas móveis espalhados pelos estádios.
DIVERSÃO ALÉM-JOGO
São diversas as opções de diversão nos momentos sem jogos, além dos já conhecidos atrativos turísticos e os bares da Cidade Maravilhosa. Eu posso destacar o Boulevard Olímpico (Porto Maravilha), o Rio 2016 Fest (Parque Olímpico Barra da Tijuca), as Casas dos Países e o Asics Espaço Corpore.
Boulevard Olímpico (Porto Maravilha)
Após o jogo de vôlei no Maracanãzinho, fomos de metrô até a estação Uruguaiana, onde descemos e caminhamos até a entrada do Boulevard Olímpico (tem mais de uma entrada), que vai desde a Praça Quinze até a Gamboa. Apesar de saber que no Boulevard tinham vários food trucks, além das barracas oficiais de lanches, achamos melhor garantir nosso almoço em um dos vários restaurantes da rua do Ouvidor, próximo ao Boulevard. É uma ruazinha bem agradável aos fins de semana, pois os restaurantes colocam mesas na rua e alguns têm samba ao vivo. Como estávamos com pressa, escolhemos o tradicional PF (prato feito) carioca!

Como era sábado, o Boulevard estava lotado! Nos telões estava passando o emocionante jogo de basquete masculino do Brasil x Argentina e a galera estava espalhada pela grama artificial. Tirei foto com a lindíssima escultura da Pira Olímpica, passei pelo Palco Encontros, com diversos shows gratuitos, e fui para a parte do cais do porto.


Tentei entrar na Casa Brasil, mas a fila estava gigantesca. Fui então ver o gigantesco mural do grafiteiro Kobra (Carlos Eduardo Fernandes), sua maior obra de arte e com inspiração nos arcos olímpicos, nos armazéns do cais do porto. Ficaram belíssimas! Tentamos retornar ao VLT (Veículo Leve sobre Trilho), mas não estávamos com os bilhetes e a fila para comprar estavam absurdas. A alternativa foi caminhar!

Rio 2016 Fest (Parque Olímpico Barra da Tijuca)
Casas dos Países
Vinte e uma delegações de países participantes dos Jogos montaram espaços para mostrar um pouquinho de suas culturas, tecnologias e gastronomia, para expor os produtos de seus patrocinadores e para exibir os jogos (narrados no idioma deles), o que é uma tradição dos Jogos Olímpicos. Essas casas estão espalhadas por diversos pontos da cidade, algumas com entradas gratuitas, outras pagas (preços variados, umas até em euros!). Alguns atletas escolhem esses espaços para comemorar suas vitórias.
Consegui ir em algumas: Alemanha, Dinamarca e França. Tentei entrar na da Jamaica e na do Brasil, mas após muito esperar nas filas, desisti.
A Casa da Alemanha é gratuita e fica no Leblon, logo em frente ao Jardim de Alah, entre os postos 10 e 11. Fica na areia mesmo. Além da área com telões para assistir aos jogos, tem um espaço com dj, os bares com cerveja alemã (uma única opção, no valor de R$25 o latão e R$20 o refil) e as tradicionais salsichas para comer com pão (R$20). Tem o simulador de voo da Lufthansa, algumas apresentações sobre o meio ambiente e uns joguinhos de arremesso. Achei legal pela animação, mas, assim como nas demais casas, as comidas e as bebidas estão bem caras.

Ao lado da Alemanha, no sentido Ipanema, tem a Pavilhão da Dinamarca, também com entrada gratuita, que está sendo bastante procurada pelo público infantil por causa da Casa de Lego. Estava tendo uma apresentação de percussão e tinham um espaços sobre sustentabilidade, além das bicicletas que carregam os aparelhos de celular com as pedaladas.
Já na Casa da França a entrada é paga, sendo R$20,00 durante a semana e R$40,00 de sexta a domingo. Dão desconto para estudante. Ela fica na Hípica, junto ao Jóquei. É um espaço bem maior e mais requintado. Tem o restaurante do famoso chef francês Claude Troigros, mas que só abre no horário do almoço, oferecendo um menu degustação no valor de 200 euros. Porém, só com reservas, as quais devem ser feitas com, no mínimo, 48 horas de antecedência. No espaço Air France, é possível provar os famosos vinhos, champanhes e espumantes franceses. No espaço Club France tem um bar e um telão para os jogos durante o dia. Em alguns dias, o espaço vira balada com ingressos a partir de R$160 para festas com djs e assinadas pelos maiores clubs do mundo: Café de La Musique, Privilège Brasil e Pacha. Há ainda uma praça de alimentação com alguns food trucks. Resolvi provar o conhecido crepe francês da Le Coc, mas, confesso que me arrependi, pois enfrente uma hora de fila e o sabor não era o dos melhores. O crepe doce de Chocolate Belga com Banana custou R$15. Tem ainda a lojinha da Lacoste (marca que assina o uniforme da delegação francesa) e estandes de outras empresas, as quais, acredito que sejam patrocinadoras.
Algumas casas são restritas para as delegações, familiares e convidados, como a dos EUA e a do Canadá.
VER RELAÇÃO DAS CASAS DOS PAÍSES E DEMAIS DETALHES
Asics Espaço Corpore
Um lounge bem agradável, com um deck no Jardim de Alah (Leblon), com entrada gratuita e vista para o mar, além de um palco com bandas bem legais. As comidas e as bebidas são do bar e restaurante 00, oferecendo bebidas diversas (caipirinha R$28, cerveja Budweiser R$10 a long neck, além de vinhos, outras marcas de cervejas e champanhes). A programação durante o dia é dedicada a atividades físicas (mesmo porque o espaço é organizado pela Asics): Capoeira, Yoga, Mahamudra,Tai Chi Chuan e dança. Foi o local onde vi mais gente bonita por m²! Muito agradável mesmo o local!

TRANSPORTE E ARENAS OLÍMPICAS
Ao contrário das expectativas, o transporte público está funcionando muito bem, o BRT ( Bus Rapid Transit – ônibus que circula por uma faixa exclusiva e isolada dos demais veículos) e a nova linha de metrô (linha 4) que vai de Ipanema até a Barra da Tijuca (Jardim Oceânico) facilitaram muito a vida dos que vão para os jogos.
Para evitar filas para comprar bilhetes, o ideal é comprar o Passe Olímpico do Rio Card, que serve para todos os transportes públicos ( ônibus municipais, BRT, trem e metrô). Tem para um dia (R$25,00), três dias (R$70,00) e sete dias (R$160,00). Compre já o seu!
Para entrar na linha 4 do metrô tem que estar com o ingresso do jogo.

Os jogos estão bem espalhados pela cidade, o que foi bem legal, pois evitou aglomerações, mas, por outro lado, aqueles que querem assistir a jogos variados em um mesmo dia, podem sofrer com o deslocamento.




MAIS DETALHES SOBRE AS ARENAS OLÍMPICAS
Para ir ao Parque Olímpico da Barra da Tijuca , saí do Grajaú de ônibus, peguei o metrô da linha 1 na Sans Peña, na estação General Osório eu fiz a baldeação para a linha 4 e desci na estação terminal do Jardim Oceânico (Barra da Tijuca), onde tem o terminal de BRT, que me levou ao meu destino final. O percurso levou quase duas horas, mas a parte do metrô e do BRT foi até divertida, pois já fui sentindo o clima de jogos com o movimento e a animação dos torcedores.
Uma dica legal para quem vai para o Maracanã ou Maracanãzinho e que vai precisar pegar a linha 1 do metrô, e que, ainda, quer evitar a imensa fila para a estação Maracanã que se forma após os jogos, é ir até o portão D1 do Maracanãzinho e pegar um ônibus gratuito que leva até a estação São Cristóvão. Lá você pega o metrô da estação Estácio (linha 1), que te leva para a Tijuca, para o Centro e para a Zona Sul, podendo ainda integrar com a linha 4.
Tive boas experiências com o Uber e com táxi pela Zona Sul. Mas tem que ficar atento para as tarifas do Uber, em alguns casos elas podem ficar maior que a do táxi. Isso aconteceu comigo quando fui da Arena de Vôlei de Praia de Copacabana para Ipanema, pois o valor do Uber ficou maior do que o do táxi. Alguns amigos reclamaram que não estavam conseguindo pegar Uber.
O metrô durante a semana está funcionando das 5:30 às 1:30 e aos fins e semana e feriados das 6:30 às 1:30. Aconselho dar sempre preferência ao transporte público.
Bom, espero que essas minhas dicas ajudem! A Olimpíada do Rio está um sucesso! Tudo muito bonito e organizado! A segurança também está muito boa, tem Exército, Força Nacional e policiais espalhados por todo canto. É uma oportunidade única! Portanto, quem puder, não deixe de ir, principalmente os cariocas! Está valendo muito a pena! Se eu pudesse, eu ficava mais! Mas o dever me chama…
Até a próxima!
Sites úteis:
http://www.latam.com.br
Show Rafa digno de um programa no YouTube
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Brigadão!! Que bom que gostou!! beijos!
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[…] em direção ao Boulevard Olímpico.Estive por lá durante os Jogos Olímpicos de 2016 (leiam o post em que faço o relato), mas estava cheio de gente. A primeira parada foi na pira olímpica, que […]
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