Olá, pessoal!

 Quando pensamos em Dubai, visualizamos arranha-céus, construções luxuosas e a Palmeira do Palm Jumeirah. E não tem como ser diferente, pois é o que a mídia mais divulga. Porém, Dubai tem um Centro Histórico que vale muito a pena visitar.

Nesse segundo post da sequência de relatos da viagem que fiz a Dubai (Emirados Árabes Unidos) em março de 2017, mostrarei um pouco dessa região da cidade, que é o destino daqueles que vão atrás de comprar ouro e demais produtos nos Souks (mercados árabes).

Apesar de os Emirados Árabes Unidos só terem sido criados em 1971, Dubai já existia há mais de um século, quando o canal do rio Ghubaiba (Dubai Creek) era usado como via de navegação para os comerciantes de países vizinhos que iam para Dubai vender suas mercadorias. Daí a concentração de Souks às margens do canal que divide a cidade ao meio.

A estação de metrô mais próxima da região dos Souks é a Al Ghubaiba metro station, que fica em frente à estação de ônibus de mesmo nome. Ela fica a cerca de 5 minutos caminhando (o caminho é bem sinalizado) da margem do Dubai Creek (canal), onde estão os restaurantes e a Al Ghubaiba Water Transport Station, estação de onde partem os transportes aquáticos do órgão oficial de transportes (RTA), tais como ferries (catamarãs de alta velocidade) e ônibus e táxis aquáticos (“Abras”). É de onde saem os passeios para o Marina Mall, para o Burj Al Arab e pelas estações ao longo do Dubai Creek.

Locais e diversos turistas fazem diariamente a travessia do canal nos “Abras” (táxis aquáticos), cujo valor da passagem é AED1,00 (menos de R$1,00) o trecho. Do outro lado estão diversos mercados, assemelhando-se ao Saara carioca e à 25 de março paulista, mas com um toque árabe. Os destinos mais procurados são os mercados de ouro (Gold Souk) e o de tempero (Spice Souk). Esses barcos fazem o percursos de manhã, de tarde e de noite, das 10:00 às 22:00.

O Souk Al Arsa, que fica em meio aos mercados de ouro e de temperos, é um pátio aberto datado do século XIX que historicamente servia de mercado sazonal, onde os beduínos e os comerciantes  vendiam seus produtos, tais como tâmaras e carvão.

Fabiana e eu aprendemos na prática que não vale a pena fazer compras do outro lado do canal, mesmo pechinchando (aliás, tem que pechinchar!!). O Old Souk, que fica ao lado da estação de barcos, sem ser necessário fazer a travessia, possui praticamente os mesmos produtos, com exceção das “jóias” do Gold Souk, a preços bem menores. Principalmente, souvenirs.

Algo que me chamou muito a atenção, e que eu também já havia percebido na Turquia, é a fama de comprador que o brasileiro tem. Os vendedores, quando descobriam que éramos brasileiras, já vinham com algumas palavrinhas em português, tipo: “bom, bonito e barato!”. Muitos não precisavam nem perguntar minha nacionalidade, afinal tenho uma aparência bem brasileira, e já gritava, “Brasil” e já iam me chamando de Maria ou de Shakira (acho que eles não sabem que ela não é brasileira). Achei engraçado!

Um espetáculo a parte é o pôr do sol no canal! A dica da minha amiga Milene de ir para o Centro Histórico ao fim do dia foi sensacional! A travessia de volta no barquinho nos proporcionou um visual maravilhoso!

Adorei a região! Foi onde eu realmente me senti em um país árabe, já que a parte “nova” de Dubai já está bastante globalizada e poderia fazer parte de qualquer cidade grande do mundo ocidental. Não diria que é o melhor lugar para compras, pois não é bem meu estilo, já que não sou muito fã de vendedores insistentes e de um aglomerado de produtos diversos em um mesmo espaço. Porém, é o lugar ideal para conhecer um pouco dos produtos da região, como os temperos, por exemplo, e encontrar exemplares da arquitetura árabe tradicional.

Até a próxima!

SITE ÚTIL:

https://www.visitdubai.com/pt/articles/dubai-old-town