Pensei por diversas vezes em ir passar um dia em Manchester (noroeste da Inglaterra, bem pertinho de Liverpool), mas sempre ouvia do pessoal: “Vai fazer o que lá? É uma Liverpool grande”. Os “scouses” (como são chamados os nativos de Liverpool) diziam que eu não deveria ir de jeito algum lá, afinal existe uma grande rivalidade entre Liverpool e Manchester, é quase um Brasil e Argentina! Mas a curiosidade bateu, então aproveitei um domingo que estava de bobeira, comprei a passagem e peguei o ônibus das 11:00, chegando lá às 11:50 (National Express – £10 ida e volta – tem vários horários, praticamente de hora em hora). A (1) estação é bem central (Chorlton St), bem pertinho do (3) Centro de Informações Turísticas (CIT). Mas antes de ir ao CIT , resolvi ir em (2) Chinatown, porém achei bem pequena e nada interessante. Realmente, neste ponto, Liverpool ganha de disparada, pois sua Chinatown é muito legal.

No CIT consegui o mapa com a marcação dos principais pontos e algumas dicas (tudo free). Resolvi começar pelo (4)Piccadilly Gardens, uma praça bem central rodeada por comércio e uma das principais estações de tram (trem de superfície) da cidade. Amei encontrar barracas de artesanatos e de comidas de diversos países: Inglaterra, Turquia, República Tcheca, Índia, México… Optei pelo tradicional Yorkshire pudding inglês com linguiça, molho de cebola e cogumelos. Bem gordo e o sabor não era o dos melhores, mas não podia deixar de provar a comida local.



Abastecida, continuei a caminhada, passando pelo (5) Shopping Manchester Arndale, o qual é rodeado pelas principais lojas da cidade, inclusive a Louis Vuiton e a Primark (a de lá é gigante!). Em seguida, fui conhecer o (6)Royal Exchange Theatre, que é lindo por dentro e por fora. Vale a pena dar uma entradinha rápida (para quem gosta de Arquitetura).

A caminho do (7) Museu Nacional do Futebol, passei pela (8)Exchange Square, uma área aberta com pubs antigos (Arquitetura parecida com a alemã), que achei muito agradável. Nesse dia, o Manchester City ia jogar com o Chelsea (o time local ganhou!), então os pubs estavam cheios de torcedores com as camisas azuis, parecendo um monte de smurfs. Mas isso antes do jogo, voltei na hora do jogo para ver se assistia com a galera, mas não tinha mais nenhum smurf para contar história, todos devem ter ido para o estádio. Como meu tempo era curto e não sou a maior fã de futebol, só tirei foto do museu por fora, que, por sinal, é muito bonito. Mas para quem gosta e tem tempo, todos dizem que é bem legal e não paga para entrar (apenas sugerem uma doação de £3).



A parada seguinte foi na Catedral, um espetáculo! Ela foi construída no século XVI (aproximadamente em 1521, com uma obra que durou cerca de 100 anos), com Arquitetura Gótica, e se tornou a (9) Catedral de Manchester em 1847. Foi bombardeada na Segunda Guerra Mundial , quando seus vitrais foram destruídos. A catedral chama atenção ainda pelos ornamentos em madeira. A entrada também é gratuita.


Segui pela Victoria St, cheia de lojas e cafés legais e, em suas paralelas, várias ruazinhas charmosas e com lojinhas bem transadas. Em uma delas, a St. Ann’s St., fica a (10) St. Ann’s Church inaugurada em 1721. Voltei para a Deansgate (continuação da Victoria St.) para ir para a (11) Biblioteca John Rylands, inaugurada em 1900 e um dos principais exemplos de Arquitetura Neo-gótica da Europa e um dos primeiros prédios a ser construído com energia elétrica. Enriqueta Rylands resolveu construí-la em homenagem a seu marido, John Rylands e hoje ela faz parte da Universidade de Manchester. Vale muito a pena a visita, ela é muito linda! Entrada gratuita.
Fui surpreendida por mais um mercado de rua, um pouco mais sofisticado, desta vez na lateral da biblioteca, em um passeio chamado (11) “The Avenue”. Queijos caseiros, doces artesanais e outros tipos de guloseimas que você não encontra em qualquer lugar. Cada coisa linda e ainda tinha um rapaz cantando músicas bem agradáveis.


Ao final do passeio (“The Avenue”), tem o (12) Crown Square, uma imensa área aberta (tipo um beer garden) com uma coberta tensionada. Tinha uma moça cantando lindamente lá. Estava muito agradável! Por mim, eu sentava ali, pedia uma pint e ficava.

Segui caminhando por entre os prédios modernos (aparentava ser o centro de negócios da cidade) e cheguei ao (13)rio Irwell (perto do People’s history museum). Pensava que iria encontrar uma concentração de pubs lotados, por causa do jogo, às margens do canal, mas todos os restaurantes estavam quase fechando e o único pub que eu vi estava meio vazio. Faltando um pintada da animação brasileira nessa galera!

Continuei “batendo perna” em busca do (14) Museu da Ciência e da Indústria, mas, quando cheguei lá vi que era imenso e minhas pernas já não respondiam mais. Dei uma olhada na entrada (entrada gratuita) e segui para a (15) Arena Castlefield, uma área com um anfiteatro e um canal com uns barquinhos, mas não tinha nada acontecendo por lá. Passei pela (16) Biblioteca Central e pela (17) Prefeitura (Town Hall), os quais estavam fechados, pois era domingo, mas são prédios lindos que merecem uma foto. Descansei um pouco sentada em um dos banquinhos do (17) Albert Sq. (em frente à Prefeitura) e segui em direção aos pubs da Exchange Sq. para ver o jogo. Não resisti e tive que fazer um pit stop na Primark.



Depois de garantir um vestidinho no precinho que só a Primark tem, fui para o pub descansar até a hora de retornar à estação. Como adiantei no começo, para minha surpresa, nada de torcedores smurfs no pub, mas, mesmo assim, comprei minha pint (ótimo preço, por sinal, para ser um lugar turístico: £ 2.12 a pint de larger), sentei em uma das mesas do beer garden e fiquei lá relaxando. Voltei para a estação para pegar o ônibus para Liverpool (às 19:00).


Mais informações: http://www.visitmanchester.com/
Gostei de Manchester arquitetura linda e o Pin. Era gostoso?
CurtirCurtido por 1 pessoa
Era sim!!
CurtirCurtir