DICAS ÚTEIS SOBRE MALTA

Postal arquipélago Malta frente Postal arquipélago Malta verso

Oi, galera! No post anterior (“Quatro noites e três dias no arquipélago de Malta”), falei sobre minha viagem ao arquipélago de Malta. Apesar de ter passado apenas três dias lá, eles foram bastante intensos, por isso o post ficou um pouco longo. Por isso, resolvi deixar para passar algumas dicas em um post separado. Aqui irei falar um pouco sobre o transporte, as comidas, as bebidas, as baladas e demais informações úteis sobre esse lugar maravilhoso.

TRANSPORTE

O aeroporto fica na ilha de Malta e as opções de transporte são táxi (pagamos €20 até Paceville, cerca de 20minutos), shuttle (€8 por pessoa) ou ônibus público (€2). Porém, o último ônibus sai às 22:30 do aeroporto, por isso pegamos o táxi. Foi quando descobrimos a primeira particularidade de Malta (são várias!): eles não sabem nome de ruas, muitas delas não têm placa com o nome e muitos lugares não possuem nem número. O taxista não sabia onde o hostel ficava, apesar de estar localizado na rua de todas as baladas de St. Julians, e nem cogitou em usar um GPS. Só conseguimos chegar porque ele ligou para o hostel e pediu o ponto de referência: o Burguer King! Ficamos um pouco apreensivas quando o taxista nos pediu para descer e caminhar até o hostel, pois disse que o carro não passava, por causa das baladas. Fomos pedindo informação, mas a maioria das pessoas (lojistas locais!) não sabia informar, até que encontramos uma pessoa que nos mostrou a rua. Depois de algum tempo, achamos uma porta, em meio aos bares, com o nome do nosso hostel. Era alí!!! Ufa!!

Conseguimos alugar um CARRO (Fiesta com ar condicionado e direção manual) por €40 a diária, com seguro incluso e o único extra seria o combustível que, no final, depois de rodarmos as duas ilhas, nos custou €40, portanto, o gasto por pessoa, por dois dias foi de €30! Sem o carro, a única alternativa seria ônibus, o que nos tomaria muito tempo e seria impossível visitar a quantidade de lugares que visitamos, além do que em alguns lugares é preciso ainda caminhar uma distancia bem considerável e debaixo de muito sol e calor. O valor também não compensaria, pois cada trecho sairia €2 por pessoa. Portanto, recomendo muitíssimo o aluguel do carro, mas tem que dar uma pesquisada, pois em muitos lugares, como no aeroporto, por exemplo, o aluguel é caríssimo e também não compensa alugar no centro e devolver no aeroporto, já que eles cobram uma taxa alta. O jeito é alugar no centro e deixar o carro por lá mesmo e ir para o aeroporto de ônibus ou de táxi.

Alugamos em um lugar indicado pelo hostel, um escritório bem pequeno (MedSun Limited car hire division) em St. Julians. Confesso que ficamos com receio no começo, mas deu tudo certo e não tivemos nenhum problema. Mas é preciso ficar muito atento aos radares e ao estacionar (nunca na faixa amarela!!!), pois as multas chegam em tempo real para o proprietário e ele checa na internet antes de receber o carro de volta. Mas é bem tranquilo encontrar estacionamentos, a maioria é gratuito, apenas em Peter’s Pool que pagamos €2 para estacionar, mas se chegar cedo tem lugar para estacionar sem pagar. Eu achava que o mais difícil seria me acostumar em dirigir pelo lado contrário, mas me acostumei logo. O difícil mesmo foi conseguir chegar aos lugares sem me perder, até o GPS do Google Maps se perdia!

O carrinho que alugamos! Uma aventura!
O carrinho que alugamos! Uma aventura!

Descobrimos ainda outra particularidade do país: as rotatórias. Ao invés de semáforos, eles usam rotatórias nos cruzamentos e as placas ficam bem em cima de cada saída, portanto, tem que pensar rápido! A sinalização também é outro problema, pois é bem confusa e eles usam os nomes dos lugares em maltês. A pessoa tem que ter uma noção de para onde ficam as cidadezinhas para saber a direção correta. Apelamos até para uma bússola! Até que um chinês que conhecemos na ilha de Gozo nos apresentou o aplicativo Maps.me, que permite fazer o download de mapas offline, os quais dão opção de buscar restaurantes, paradas de ônibus, locais com wifi grátis, além de mais uma série de coisas. Foi a nossa salvação! Pena que só o conhecemos no último dia! Na minha opinião, é fundamental um mapa offline deste em Malta!

Para ir para a ilha de Gozo de carro, tem que dirigir até o porto que fica no norte da ilha de Malta, em Cirkewwa, próximo à Paradise Bay. As BALSAS (ferrys) são bem frequentes, o serviço é 24 horas e a travessia leva cerca de 20 minutos e dentro delas é bem agradável, tem ar condicionado (o calor nesse dia estava muito forte!), lanchonete, lojinha e um deck para observar a vista. Não pensem que se deram bem porque não te cobraram nada na ida! A cobrança é feita na volta! O valor é de €15,70 por carro com motorista mais €4,50 por passageiro, portanto, se o carro estiver com 5 pessoas o valor para cada um sai por €6,74. O valor para pedestre é de €4,65 (é possível conferir os valores pela internet em www.gozochannel.com).

É do porto da ilha de Gozo (Mġarr Harbour) que partem os BARCOS e as LANCHAS para Comino, outra ilha do arquipélago, onde fica a maravilhosa Blue Lagoon. Lá não tem carro e nem ônibus, é tudo por barco. Como chegamos muito tarde e não tinha mais barco para a ilha, conseguimos fretar uma lancha só para nós e pagamos €50 pelas 4 pessoas para ficar um pouco mais de uma hora por lá, mas isso foi após muita pechincha, pois o valor inicial era €20 por pessoa. No porto tem barcos para mais pessoas que saem com certa frequência e custa cerca de €10 por pessoa. Outras opções são os TÁXIS AQUÁTICOS (“water táxis”), as EXCURSÕES (ex. Captain Morgan Cruises) e os BARCOS BALADAS com dj. Vale a pena dar uma pesquisada e ficar mais tempo na ilha para dar uma volta.

No último dia, utilizamos o transporte público, pois ficaríamos por perto e passaríamos a maior parte do tempo em um só lugar. Neste caso, compensa, pois os ÔNIBUS são bem confortáveis e com ar condicionado. No aeroporto você pode pegar um mapinha dos ônibus e eles são bem pontuais. O ônibus custa €2 o trecho ou, para quem vai ficar mais dias ou não pretende alugar carro, vale a pena comprar o passe da semana que permite ilimitadas viagens por 7 dias com o custo de €21. As placas nas paradas dos ônibus indicam quais passam, os trajetos e os horários. É bem simples de entender.

COMES E BEBES

A comida de Malta é uma delícia! Como o arquipélago sofreu várias invasões, sua gastronomia possui influência da Itália, do Norte da África, da zona Oriental do Mediterrâneo e da Grã-Bretanha. O que mais encontramos foram pizzas, massas em geral, carne de coelho, peixes e doces e salgados (principalmente folhados) de rua.

Como nosso tempo era curto, optamos por comprar comida para café da manhã (o hostel não oferecia refeições) e para passar o dia e fazermos uma boa refeição em um restaurante pela noite, ganhando mais tempo. São vários os mercadinhos pela cidade e a maioria abre todos os dias e fecha tarde (madrugada). Mas esses são bem mais caros que os supermercados, mas nada impossível. A opção mais em conta é comprar nos grandes supermercados, como os da rede Lidl. Não deixem de comprar muita água, pois o calor é intenso.

Eu sou louca por salgados, portanto não poderia deixar de provar os típicos da região e garanto que são uma delícia. Nas cidades você encontra facilmente, e em St, Julians, em cada rua tinha pelo menos umas 3 lanchonetes vendendo esses salgados e pizzas, com preços bem atraentes. Tem muita opção de doces de rua também, mas não sou muito fã, porém provei o Imqaret (é tipo um pastel frito recheado com tâmara) e gostei. Além da pizza de rua, provei o Pastizzi (salgado folheado com recheio de queijo, mas tem com recheio de ervilha também) e Qassata (tortas pequenas, mas bem generosas, recheadas com queijo ricota ou ervilhas, meu salgado favorito!!).

Imqaret -- semelhante a um pastel frito recheado com tâmara
Imqaret — semelhante a um pastel frito recheado com tâmara
Qassata - torta recheada com queijo ricota ou ervilhas
Qassata – torta recheada que pode ser recheada com queijo ricota ou ervilhas

Comemos em cinco restaurantes, em cidades diferentes:

Peristyle restaurante: fica em Mdina, na ilha de Malta. O cardápio é bem variado, desde pizzas e massas, até peixes. São porções bem generosas, o preço é bem legal e o atendimento é ótimo. Carina e eu escolhemos um ravióli com molho de tomate e recheio de queijo Gberjniet (pedaços redondos de queijo de cabra ou de ovelha). Uma delícia e a porção era muito bem servida! Ainda bem que escolhemos a porção menor, com 18 raviólis (€8), pois tinha a opção de 24 raviólis por €9. Izabel e Sandro optaram pelo convencional penne à carbonara, também com uma porção bem grande e valor semelhante, mas que, segundo eles, estava bom, mas não era um dos melhores.

Jantar no restaurante Peristyle em Mdina (Ilha de Malta)
Jantar no restaurante Peristyle em Mdina (Ilha de Malta)

Fontanella Tea Garden – também em Mdina, na ilha de Malta. Serve refeições, pizzas, mas é bastante conhecido pelos doces. Um amigo da Izabel havia indicado e disse que o cheese cake era fantástico. Fomos provar. Fica dentro do forte de Mdina e tem um terraço superior com uma linda vista panorâmica da ilha. Cada um pediu um doce diferente (€3,25 cada): cheese cake de limão, cheese cake de chocolate branco, bolo de chocolate e bolo de cenoura (não é nada parecido com o brasileiro, leva castanha e diversos outros ingredientes). Os cheese cakes não agradaram muito, mas os bolos sim! Mas vale a pena pela vista!

Vista panorâmica do alto do restaurante Fontanella Tea Garden em Mdina
Vista panorâmica do alto do restaurante Fontanella Tea Garden em Mdina

Café Jubilee – em Victoria (Rabat), capital da ilha de Gozo, perto do terminal turístico. Escolhemos ele por falta de opção, pois quase todos os restaurantes estavam fechado por ser domingo de verão. Mas valeu a pena! Provamos o spaghetti ao molho maltês, com molho de tomate, salsicha sem pele e queijo de cabra apimentado. Muito bom! O lugar parece um pub inglês, é bem pequeno, mas tem uma área externa, na praça, e só tem um garçom “faz-tudo”. Mesmo assim, o atendimento é ótimo!

Almoço no Café Jubilee em Victoria (Ilha de Gozo)
Almoço no Café Jubilee em Victoria (Ilha de Gozo)

Piazza Cascata – um restaurante imenso em Paceville (St. Julians), em frente ao nosso hostel. O lugar é lindo, o cardápio é super variado e as porções são generosas. Não estávamos com muita fome, portanto resolvemos dividir uma pizza de Margueritta (€7,90 com 8 fatias). A russa que estava com a gente pediu uma entrada de spaghetti a bolonhesa (€7) e, mesmo sendo aperitivo, a porção era muito grande! Mas as bebidas são mais caras. Não demos sorte com o garçom, ele era muito grosso!

Em Mellieha comemos uma tradicional tábua de frios maltesa (€11), com linguiça, alcaparras, azeitona, um pate de feijão, tomates secos e queijo de cabra, mas o atendimento foi tão ruim que nem me lembrei de pegar o cartão do restaurante, além de que o prato estava bem salgado.

Tábua de frios maltesa

Não tenho muito o que falar das bebidas, porque não tivemos muito tempo para degustar. Provei apenas a cerveja local, Cisk (lager – tipo de cerveja fermentada e armazenada em baixas temperaturas), comprei no mercadinho de rua por €0,89 a long neck, mas nos restaurantes fica por cerca de €1,60, já a pint dela fica entre €2,50 e €3,50, dependendo do lugar. A outra cerveja local é a Hopleaf, mas é Ale (cerveja maltada). Em Gozo estava tendo um festival de vinho, mas não fomos. O país possui algumas vinícolas, sendo a mais conhecida a Marsovin, que oferece um tour conhecido como a rota do vinho.

Cisk - cerveja local
Cisk – cerveja local

BALADA

Essa realmente não foi uma viagem de baladas, queríamos mais Sol, calor e praia, já que em Liverpool não temos nada disso! Mas, resolvemos dar uma breve passeada pelos bares e clubs, afinal estávamos hospedadas na rua onde tudo acontece! O Renato nos passou uma lista de 6 lugares para ir: Plush (música comercial), Foot Loose (Hip Hop), Havana (Hip Hop), Hugos (música comercial), Nordic (Rock) e Native (música latina). Nenhuma delas cobra entrada. Só conseguimos ir nas quatro primeiras, pois estávamos muito cansadas. Não curtimos muito não, mas acho que era porque chegamos muito tarde (cerca de 2:30) e as pessoas já estavam muito bêbadas e os lugares muito cheios. Era muito empurra-empurra e lá é permitido fumar dentro das baladas, o que nos incomodou muito. Todas possuem um público mais jovem, entre 20 e 30. Nossa noite na balada não durou nem uma hora! Ahhaha!! Acho que estamos ficando velhas!

Mas no verão existem várias opções de festas ao ar livre na ilha de Malta, como no Café del Mar (em Buggiba), no Gianpula (entre Mdina e Rabat) e na Numero Uno (em Ta Qali). Eu optaria por uma das festas de barco, pois têm várias nesta época do ano.

INFORMAÇÕES ÚTEIS

O horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de serviço em Malta é bem peculiar e nada bom para o turista. Os supermercados não abrem aos domingos, assim como várias lojas. Em alguns estabelecimentos comerciais você se depara com a seguinte placa: “fechado, abriremos após o verão!”. A maioria dos restaurantes, principalmente nas cidades menores, também fecha aos domingos, com a justificativa de que é o momento que eles têm para aproveitar o verão. Alguns fecham durante o dia e abrem após às 18:00. Foi um sufoco para encontrar um lugar para almoçar em Victoria no domingo. Mas lanchonetes, mercadinhos e lojas de souvenir, principalmente nas áreas mais turísticas e próximos às baladas, estão sempre abertos. Minha maior dificuldade foi trocar dinheiro. Tive problemas com meu cartão e não consegui sacar dinheiro lá, mas, como tinha dólar em espécie, procurei uma casa de câmbio para trocar por Euro, porém elas só funcionam de segunda a sexta das 9:30 às 17:00, horário que os turistas, normalmente, estão na praia!

Eles não são muito exigentes em relação a dirigir. Aceitaram minha carteira de motorista do Brasil, mas não sei o que acontece se a polícia parar. Porém, não vi nenhuma polícia de trânsito. Os postos de gasolina são do tipo self-service, ou seja, nada de frentista. Primeiro paga em uma máquina que aceita cartão ou dinheiro em espécie (normalmente, notas de €10, €20 e €50), colocando o número da bomba, e, em, seguida, você pega a mangueira e abastece. Não espere chegar na reserva para abastecer, pois a quantidade de postos não é muito grande e, às vezes, ficam bem distantes. O preço do combustível é o mesmo em todos os postos, pagamos €1,35 no litro do “unleaded petrol” (gasolina sem chumbo).

É super tranquilo pedir informação nas ruas, os malteses são muito prestativos. A maioria fala inglês e os que não falam dão um jeito de ajudar. O arquipélago é muito seguro!

A tomada é padrão inglês e a voltagem é 230V.

Sites úteis:

www.visitmalta.com

www.gozochannel.com

http://www.visitgozo.com/

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