Oi, pessoal! Estou aqui para relatar minha breve viagem para Malta, país independente, que é um pequeno arquipélago no Mediterrâneo, perto da Sicília (Itália) e cujas principais ilhas são Malta, Gozo e Comino. O idioma é o maltês, mas praticamente todos falam inglês (foi colônia inglesa) e muitos falam italiano também. Foram maravilhosos 3 dias e 4 noites. Gostaria de ter ficado mais, pelo menos uma semana, para poder desbravar mais maravilhas deste lugar e curtir as praias com mais calma. Mas era apenas uma viagem de feriado, já que aproveitei o bank holliday (é como chamam os feriados no Reino Unido e são sempre segunda-feira) do dia 31/08 para curtir praia, sol e calor e fugir da chuva e do frio do “verão” de Liverpool. Carina, minha parceira desta trip, e eu tentamos diversas opções: Algarve (Portugal), Chipre, Croácia… Mas Malta apresentou o melhor custo-benefício, já que tem um vôo direto de Liverpool para lá, o qual dura apenas 3 horas e meia. Tínhamos que otimizar nosso tempo!
Vou dividir os relatos desta viagem em duas postagens: neste aqui falarei dos lugares que visitamos nas ilhas de Malta e de Gozo; e no segundo irei passar algumas dicas úteis sobre o país, tais como informações de transporte, comes e bebes, baladas e demais especificidades do país.
Chegamos no aeroporto de Malta por volta das 22:30h da sexta feira (28/08/2015) e pegamos um táxi para o nosso hostel (PV hostel), onde fomos recebidas pelo Renato, brasileiro que está passando um tempo em Malta e trabalhando por lá. Carina encontrou ele no facebook, através de um amigo em comum, e conseguimos um desconto (a diária saiu por €20), além de preciosas dicas, um chip de celular local, um carregador de celular para carro e uma bolsa térmica. Ele nos fez o favor ainda de colocar no nosso quarto um casal maravilhoso que completou nossa equipe de viagem: a Izabel e o Sandro. Ela é brasileira e ele é suiço (“abrasileirado”!), são casados e moram em Zurique. Concordaram em alugar o carro junto com a gente, a única condição era: eu teria que ser a motorista. Foi um desafio, pois lá eles usam a “mão inglesa”, ou seja, teria que dirigir pelo lado errado da rua! Mas aceitei. Nos restava decidir o roteiro, fomos então para o terraço do hostel, onde o pessoal se reúne todas as noites para tomar uma cervejinha e interagir. Chegamos ao consenso que iríamos, de carro, dar a volta na Ilha de Malta no sábado e em Gozo no domingo (ver roteiro detalhado no post seguinte!). O roteiro da segunda seria decidido depois.

DIA 1 – VOLTA PELA ILHA DE MALTA
Saímos de Paceville (1) e, com a ajuda do GPS (o qual também se perdia de vez em quando!), conseguimos chegar, após muita luta, a Peter’s Pool (2), uma das piscinas naturais mais bonitas de Malta, que fica em um local extremamente escondido, no Sudoeste da ilha, perto de Delimara Point, e é de difícil acesso para quem não vai de carro, pois tem que enfrentar mais de uma hora de ônibus e depois caminhar uma distância considerável debaixo de muito sol e comendo muita poeira. Recomendo ir de carro!! O lugar é realmente lindo! Estava bem cheio! Queria muito um mergulho, pois estava há 3 meses sem praia. Dei meu “tchibum” esperando água gelada, o normal da Europa, mas me deparei com uma água morna, um pouquinho menos quente que a de Maceió, porém refrescou um pouco o calor que estava forte! Lembrar de levar toda estrutura de lanches e bebidas, pois não têm restaurantes e lanchonetes, apenas um trailer de sorvete perto do estacionamento, mas que não deve estar lá todos os dias.

A segunda parada foi em Blue Grotto (3), mas não fizemos o passeio, ficamos tirando fotos no mirante, cuja vista é impressionante, principalmente pela cor do mar (um azul turquesa lindo!).

Seguimos para Dling Cliffs (4), na costa Oeste da ilha, com uma série de penhascos no ponto mais alto da ilha (cerca de 253m acima do nível do mar) . O caminho é bem esquisito, pois passa por estradas de terra no meio do nada. Por diversas vezes desconfiamos que o GPS estava louco, mas acabamos chegando. Foi o último suspiro dele, pois o celular descarregou. O local tem uma vista linda para fotos e dá para fazer algumas caminhadas também. A partir de então, passamos a usar o GPS humano, ou seja, ficamos pedindo informação para chegar até a próxima parada.

Chegamos em Golden Bay (5), uma praia mais badalada, com estrutura de estacionamento, restaurante, lanchonetes, salva-vidas e aluguel de cadeiras e guarda-sol. Ficamos cerca de uma hora e aproveitei para tirar um cochilinho enquanto bronzeava.

A parada seguinte foi a tão esperada Popeye Village (6) em Anchor Bay, que hoje é um parque, mas que foi construída para ser o cenário do filme do Popeye (1980), estrelado por Robin Williams. O lugar é muito legal para famílias, pois tem muitas opções para as crianças brincarem e a entrada custa €12 por pessoa. Para quem não quer ficar no parque, como foi o nosso caso, tem um mirante do outro lado que é o lugar perfeito para lindas fotos com a vila ao fundo e com o pôr do sol. Fizemos um “book”! A vista é sensacional! Pegamos o comecinho do por do sol, mas ainda não era ali o local que escolhemos para ver a descida do sol e a subida da lua cheia.


Em mais alguns minutos, chegamos em Paradise Bay (7), uma praia linda, também com bastante estrutura, incluindo aluguel de caiaque, e com um local privilegiado para o pôr do sol. Ficamos lá admirando a descida do sol e a subida da lua no alto do penhasco. Simplesmente, impressionante!


Agora era hora de nos abastecer, pois passamos o dia todo comendo petiscos e precisávamos de uma refeição. Fomos para Mdina (8), uma linda cidade com um forte maravilhoso. Mas quando lá chegamos, estava tudo escuro, faltando energia. Encontramos um único restaurante (Peristyle restaurante) aceso, o qual estava lotado. Era ali mesmo! Depois, com as luzes de volta, fomos passear pelo forte e comer a sobremesa que a Izabel tanto esperava: o cheese cake na Fontanella Tea Garden! O lugar tinha um terraço com uma vista linda para o resto da ilha. De lá assistimos parte da queima de fogos de uma festa religiosa que estava tendo em uma das cidades naquele fim de semana. Já era 23:30, o dia passou voando! Hora de voltar para o hostel, o que foi uma aventura, pois não tínhamos mais o GPS, as placas não ajudavam em nada e, na maior parte do caminho, não tinha ninguém na rua para perguntar. Apelamos para uma bússola para saber a direção e fomos, aos poucos, encontrando pessoas para nos ajudar. Um trajeto que leva normalmente 40 minutos, fizemos em mais de 1h30min.
DIA 2 – VOLTA PELA ILHA DE GOZO
Saímos do hostel por volta das 10:30, desta vez com um carregador de celular para carro!! Levamos cerca de 40 minutos até o porto (9) para pegar a balsa para atravessar para a Ilha de Gozo, além de mais 20 minutos de travessia, sem contar com a espera, pois uma tinha acabado de sair, portanto tivemos que esperar a seguinte, mas foi rápido.
Nosso primeiro destino foi a Ramla Bay (10), uma praia de areia (muito quente, por sinal), mas com uma parte de pedra no mar, portanto deve-se procurar a parte de areia para entrar na água, que é bem morninha. Tem estrutura de lanchonete, cadeira e guarda-sol para alugar (o preço varia bastante, vimos desde €3 até €6 o kit). Para quem quiser ficar muito tempo lá, o kit é essencial, pois não tem condições de ficar muito tempo deitado na canga e sem sombra. Não queríamos demorar muito por lá não, já que lugares melhores estavam por vir.

Fomos para a capital da ilha, Victoria (11) (Rabat, em maltês), almoçar. Por incrível que pareça, foi uma missão difícil, pois quase tudo estava fechado. Demos uma volta rápida pela Cittadella (11), um forte dentro da cidade, mas estava um deserto, provavelmente por causa do calor. O único restaurante que estava aberto, não tinha ninguém. Resolvemos procurar um lugar para comer no centro, junto do terminal turístico, mas também estava tudo fechado, porém, felizmente, encontramos um café aberto (Café Jubilee).

Após o almoço, fomos para Blue Window (12) (“Janela Azul”), um local lindo, com uma imensa abertura na rocha em formato de rocha. Estava cheio de gente nadando e é um cenário perfeito para fotos. Fizemos no nosso “book” e seguimos viagem.

Até então estávamos achando a sinalização das ruas de Gozo bem melhor que a de Malta, mas percebemos que na volta para o porto ela não era tão boa assim. Nos perdemos muiiiitoo!! Quando finalmente chegamos perto, nos deparamos com obras na pista e tivemos que pegar vários desvios que nos atrapalharam ainda mais. Devido a isso, chegamos ao cais por volta das 18:30 e não tinha mais barco indo para Comino (13), onde fica a tão esperada Blue Lagoon (13). Já estávamos conformados em ter que voltar no dia seguinte e o Sandro nem esta opção tinha, pois já teria retornado para a Suíça. Foi quando chegou uma lancha e perguntamos ao piloto se ele não nos levaria lá, após insistirmos muito, ele aceitou. De última hora, apareceu um chinês, “Jason”, que estava viajando sozinho e ele nos acompanhou. No final, saiu muito melhor! Ficamos com uma lancha privada, chegamos em uma hora que estava mais vazio (normalmente, fica lotado lá), pegamos o pôr do sol e ainda tinha um “barco-balada” com um dj fazendo nosso fundo musical. Simplesmente, perfeito! E o azul do mar é impressionante! Nunca vi algo parecido! Ficamos um pouco mais de uma hora lá e retornamos para o porto.


A fila para a balsa estava absurda!! Resolvemos então procurar um restaurante. Agora tínhamos um quinto integrante no carro: o Jason! E com ele veio uma inovação (para nós) que nos ajudou muito: um mapa offline (maps.me)! Encontramos uma festa religiosa local, em homenagem à padroeira de uma das cidadezinhas. Fantástica a festa, com procissão, barracas de comidas, orquestra, as pessoas todas muito arrumadas e muitos fogos de artifício. Essa festa ocorre durante o verão em Malta e em Gozo, sendo que em cada fim de semana ocorre em cidades diferentes. A queima de fogos começa com o pôr do sol e dura horas, terminando com a entrada da imagem da padroeira na igreja. Muito legal, mesmo! Curtimos muito! As comidas eram muito gostosas. As meninas fizeram a festa com os doces!


Voltamos para a ilha de Malta e a missão agora era levar o Jason na acomodação dele em Valleta (14), capital da ilha. Graças ao mapa dele, chegamos tranquilamente, o medo era a volta, mas deu tudo certo e chegamos rapidinho ao hostel por volta das 2 horas da manhã! Nada de balada! Cama!
No dia seguinte, passeamos de carro pela orla, desde Paceville/St. Julians (1), passando por Sliema (15) e Gzira (16), até Ta’Xbiex (17) e voltamos para devolver o carro. Pretendíamos alugar por mais um dia, mas não compensou, pois nosso vôo era no dia seguinte às 6:45 da manhã e para devolver no aeroporto era o dobro do preço. Resolvemos que iríamos passar o dia curtindo uma praia. Fomos então de ônibus para Bugibba (18), foram apenas 30 minutos de ônibus (com ar condicionado!!). Lá tem praias, um aquário e o Café del Mar, um restaurante a beira mar com uma área com piscina e espreguiçadeiras com uma vista maravilhosa do mar. Todos recomendaram muito o lugar, mas estavam cobrando 15 euros por pessoa para ficar na piscina e não era muito o que esperávamos: era pequeno e estava muito cheio. Andamos mais um pouco e montamos nosso “acampamento” em uma praia na área dos hotéis. As praias são como privativas, cada hotel tem um pedaço e alguns cobram um “day use” para ter acesso, mas tem passagem pela praia. Ficamos torrando por horas.
Seguindo a recomendação do Renato, fomos para Mellieha (19) dar uma volta pela cidade. Paramos para comer uma tradicional tábua de frios maltesa, com linguiça, alcaparras, azeitona, um patê de feijão, tomates secos e queijo de cabra.

De volta a Paceville (St. Julians), demos uma volta pelos restaurantes da orla, tudo muito agradável, mas a galera estava toda arrumadinha e nós sujas de praia. Resolvemos nos arrumar e fomos jantar em um restaurante em frente ao hostel: o Piazza Cascata. Mais uma vez, nada de balada, pois teríamos que ir para o aeroporto as 5:00 do dia seguinte! Era o fim de uma viagem maravilhosa, mas muito curta! Precisaria de uma semana em Malta!!
Sites úteis: