Oi, pessoal! Após um longo tempo sem postar, estou de volta continuando meus relatos sobre essa cidade maravilhosa que me acolheu por 3 meses: Liverpool no Reino Unido!
Sempre que eu comentava com alguém sobre Liverpool, eu ouvia: “a cidade dos Beatles?”. Isso mostra que, após a década de 1960, a cidade ficou mundialmente conhecida principalmente pelo sucesso da banda, foi onde surgiu a Beatlemania. Até hoje essa idolatração à banda é muito evidente por toda a cidade, pois são vários os monumentos em homenagem aos integrantes, como as malas com instrumentos (1), além dos lugares que eles viveram e frequentaram quando moravam lá. Acrescenta-se a isso a imensa estrutura turística montada na cidade para atrair os fãs dos Beatles vindos de vários lugares do mundo: o museu The Beatles Story(2), o Magical Mystery , Cavern Club(3) e o Cavern Pub(4).

A maioria dos museus da cidade possui entrada franca, com exceção do The Beatles Story, que fica próximo ao Albert Docks(5). Paguei £15.00 pelo passe que dava direito a voltar no outro dia e ao acesso a uma outra exposição. Apesar do alto custo, recomendo bastante! Eles te dão um equipamento de áudio, disponível em vários idiomas, inclusive o português (do Brasil!), e com ele você percorre todo o museu, que parece um labirinto. A pessoa tem que estar disposta, pois é bem longo. Passei mais de duas horas lá dentro, pois fiz questão de escutar todos os áudios. Achei o máximo! O passeio termina numa lojinha bem legal com várias lembrancinhas da banda.

Os fãs da banda ainda podem fazer um city tour embarcados em um ônibus double deck que passa pelos principais lugares que fizeram parte da história dos integrantes dos Beatles: o Magical Mystery Tour (£16.95). Este eu não fiz, já que eu podia, ao longo dos três meses, conhecer esses lugares por conta própria. Mas cansei de ver o ônibus passando lotado de turistas. O passeio guiado sai do museu The Beatles History e termina no Cavern Club, passando pela casa onde nasceu Ringo Starr, por Penny Lane(6), pelo Strawberry Fields(7) e demais locais que fizeram parte da carreira do quarteto. Mas ele não passa pelas casas de John Lennon e de Paul McCartney.
Após toda essa aula sobre a vida e a carreira da banda, nada melhor do que relaxar com uma pint curtindo os maiores sucessos dele. Não há dúvida quanto ao endereço: Mathew St.! Nesta rua você encontra o Cavern Club, uma réplica do Cavern antigo onde os Beatles arrasavam cantando os seus sucessos. No palco tocam bandas que fazem o cover do quarteto, inclusive copiando o figurino que eles usavam. Anexo ao club está o Cavern Lounge, um lugar mais confortável, com um palco que recebe shows de bandas diversas. No dia que fui tinha um cantor fazendo um acústico dos Beatles. Do outro lado do Cavern Club fica o Cavern Pub, com entrada gratuita para curtir Rock dos bons, ao vivo, com repertório desde os anos 50 até as bandas atuais.


Mas não é só de Beatles que vive Liverpool. Tem muita coisa legal por lá além da história do quarteto: restaurantes, pubs, bares, baladas e festivais. Há uma grande variedade de restaurantes: árabe, chinês, persa, libanês, americano, grego, tailandês, italiano, mexicano, argentino, espanhol, dentre outros. Tentei aproveitar ao máximo esta diversidade. Posso destacar os seguintes restaurantes: Bakchich (comida libanesa)(8), La Tasca (comida espanhola)(9), Slims Pork Chop (assados americanos)(10), Host (tailandês)(11), Zagros (culinária persa)(12) e Lucha Libre (cozinha mexicana)(13). Destes o Zagros foi o de melhor custo-benefício, com a la carte e buffet livre, com baixo custo, grandes quantidades e um arroz Basmati delicioso! Além dos restaurantes, também provei as comidas de pubs, sendo o meu favorito o The Font(14) com os maravilhosos e gigantescos hambúrgueres acompanhados de “curly fries” (por £6.50).







Liverpool, assim como todas as cidades inglesas, é repleta de pubs, tendo, inclusive, um mapa com mais de 50 pubs no centro da cidade. Tentei visitar todos os que estão no mapa, mas não deu tempo e o “bolso” não aguentaria! O que eu mais frequentava era o que ficava na Universidade, o Augustus John (AJ)(15), destino do happy hour dos estudantes e funcionários que confraternizavam regados a muita cerveja, algumas com precinho de estudante (a partir de £2.70 a pint). Mas também visitei outros pubs: Cambridge(16), Temple Bar(17), Belvedere (com o seu delicioso Gin de Liverpool)(18) e Philarmonic (muito chique e tradicional)(19).




Uma das coisas que eu mais gostava na cidade era a concentração dos bares, pubs e baladas, o que permitiu que, no pouco tempo que morei lá, eu conhecesse vários deles. Liverpool, pela concentração de universidades e pelo baixo custo de vida (em comparação a outras cidades como Londres e Oxford, por exemplo), atrai muitos estudantes. Como o período que passei lá coincidiu com as férias dos alunos, dei a sorte de não ter que enfrentar bares lotados. Achei o máximo não ter que pagar para entrar nos bares e baladas, mesmo aqueles com bandas ao vivo. Assim, acabava passando por três ou quatro bares numa noite. Apesar de que acabávamos começando sempre no mesmo lugar, no Çava(20), um bar alternativo, com música legal e tequila de diversos sabores a £1.00. Mas fica a dica, as de sabores eram mais xarope que Tequila! Costumávamos passar lá para tomar uma tequila antes de partir para o bar seguinte que, normalmente, era o Baabar(21), que simulava um laboratório, com shots variados a partir de £1.00.


A balada final variava de acordo com o ânimo da galera. Muitas vezes entrávamos e saíamos de vários lugares e só parávamos quando encontrávamos música boa e um lugar animado. Os lugares que mais gostei foram: Alma de Cuba (uma igreja convertida em balada com dançarinas vestidas de passistas brasileiras)(22), Heebie Jeebie’s (com vários ambientes animados e com música boa)(23), Walkabout (australiano)(24), Bumper (que fica aberto até mais tarde)(25), Mojo (sempre cheio e com música bastante variada)(26), Arts Club (com aulas de forró uma vez por mês)(27), Hannahs(28), The Raz (na fachada tem Blue Angel) (29) e a Level(30). Esta última, a única que paguei para entrar, é uma balada com vários andares, cada um com um estilo de música diferente, mas com um público muito jovem (cerca de 20 anos).


Outra opção de entretenimento no verão de Liverpool são os festivais nos espaços públicos com várias bandas tocando ao vivo. Os que eu fui foram menores sem bandas famosas, mas muito legais. Fui para um festival africano no Selfton Park, que foi muito divertido, para outro às margens do rio Mersey, ao lado do porto de saída do Ferry, além do festival Brasileiro com um desfile de carros alegóricos pela rua (nada comparável aos desfiles brasileiros, mas bem legal).


Bom, acho que deu para perceber que Liverpool é uma cidade bem animada e que não é apenas a cidade dos Beatles! No próximo post falarei sobre os museus e demais atrações da cidade.
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