Férias no Uruguai: atrações pelos arredores de Montevidéu

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Olá, pessoal!!

A minha viagem para o Uruguai não foi apenas por Montevidéu. Visitei também outras atrações em seus arredores: Vinícola (Bodega) Bouza, Punta del Este e Colônia do Sacramento. Além disso, “dei um pulinho” em Buenos Aires, mas irei relatar minhas aventuras em terras argentinas em outra postagem.

A vinícola fica distante cerca de 20km do centro de Montevidéu. Após fazer algumas contas para ver se compensava ir de táxi (ida e volta por aproximadamente 1400 pesos ou R$175,00) ou de Uber (cerca de 1000 pesos, ou  R$125,00, ida e volta) e pagar a visita com degustação (1200 pesos, R$150,00, por pessoa) lá na Bodega, optamos pelo mais cômodo, apesar de um pouco mais caro, e compramos o tour oferecido pelo hotel, que inclui o traslado, no valor de 75 dólares por pessoa, R$255 (1860 pesos) pra cada. Para grupos com 3 ou 4 pessoas, fica mais em conta o Uber ou o táxi. A desvantagem do Uber é a volta, pois espera bastante. Uma dica é pegar o telefone do motorista do Uber e ligar para ele na volta, aí quando ele estiver mais perto, chama ele pelo aplicativo. Nosso traslado acabou sendo exclusivo, pois não tinha mais nenhum passageiro.

É uma vinícola familiar, considerada uma “bodega boutique”, pois produz menos de 200 mil litros de vinho por ano. A produção deles é de 120 mil litros, um dos motivos de seus seus vinhos serem mais caros, além da qualidade, claro! Uma grande atração da vinícola é o restaurante, com um delicioso menu gourmet. Como fomos no fim da tarde, não almoçamos lá. Tentamos comer o petit gateau de doce de leite, mas estava em falta para a nossa tristeza. Na lojinha, estão à venda vinhos a partir de 530 pesos (cerca de R$65,00), mas os melhores são a partir de 1200 pesos (R$150,00). Eles também produzem uma garapa (como uma cachaça), a partir do bagaço das uvas, com 40% de álcool. É bem forte, mas mais fraca que a nossa cachaça. A garrafa (bem bonita, por sinal) custa 600 pesos.

Restaurante Bouza onde é feita a degustação
Restaurante Bouza onde é feita a degustação

Chegando à vinícola, fomos logo acomodados em nossa mesa para a degustação de quatro dos vinhos produzidos por eles: Albariño 2016, Pinot Noir 2014, Merlot Tannat 2015 e Tannat A6 2014. A degustação incluía uma tábua de frios com queijos diversos, presuntos e patê de fígado de frango, além de torradas. O Sommelier vai explicando cada vinho. Todos são muito bons, mas achei o Tannat A6 bem forte.

Início da degustação de vinhos
Início da degustação de vinhos

Em seguida, fomos para a visita guiada, onde eles contam a história da vinícola (bem recente, pois foi comprada em 2002 e teve sua primeira produção em 2003) e como é feita a produção. Nos levam aos ambientes onde as uvas chegam, são higienizadas e selecionadas; onde ocorre a fermentação; e o local onde o vinho fica armazenado em barris de carvalho. A parte do envasamento não é aberta a visitas por questões de higiene.

Parte da plantação de uvas da Bodega Bouza
Parte da plantação de uvas da Bodega Bouza
Local de produção e de armazenamento dos vinhos
Local de produção e de armazenamento dos vinhos
Alguns dos recipientes onde é feita a fermentação do vinho
Alguns dos recipientes onde é feita a fermentação do vinho
Armazenamento do vinho em barris de carvalho
Armazenamento do vinho em barris de carvalho

Ao final, visitamos a coleção particular de veículos antigos do proprietário (Sr.Bouza).

Coleção de veículos antigos da Bodega Bouza
Coleção de veículos antigos da Bodega Bouza
Veículos antigos da coleção da Bodega Bouza
Veículos antigos da coleção da Bodega Bouza

Quando terminamos, o motorista já estava a nossa espera para nos levar de volta ao hotel. O passeio durou cerca de 3 horas no total. Valeu a pena!

Punta del Este é um famoso balneário, situado no departamento de Maldonado, a cerca de duas horas de Montevidéu. Lá o rio Del Plata encontra o Oceano Atlântico.

Como não era temporada de praia, já que o tempo estava frio e chuvoso, optamos por fazer um tour de apenas um dia para Punta del Este (R$150,00 por pessoa). O ônibus nos pegou no hotel às 9:00 e fizemos a nossa primeira parada no balneário de Piriápolis, antes de Punta del Este, onde subimos de ônibus o Morro de Santo Antônio para observar a vista do litoral (rio Del Plata). O vento estava fortíssimo e gelado, dificultando nossas fotos. Lá tem uma lojinha de artesanato com preços ótimos! Recomendo que comprem souvenir lá, já que em Punta são muito mais caros.

Piriápolis vista do alto do Morro Santo Antonio
Piriápolis vista do alto do Morro Santo Antonio
Morro de Santo Antonio
Morro de Santo Antonio

De acordo com a guia, o preço foi um dos motivos do desenvolvimento recente de Piriápolis, já que muitas pessoas que não possuem condições financeiras de comprar ou alugar um imóvel em Punta optam por esse balneário, bem mais em conta e que fica a apenas meia hora do famoso balneário uruguaio.

Orla de Piriápolis e a força dos ventos
Orla de Piriápolis e a força dos ventos

De lá, fomos a Punta Ballena, onde fica o Museu Casa Pueblo, com entrada no valor de R$30,00 (pode pagar em real mesmo) e vale a pena a visita. A edificação, em estilo semelhante às construções de Santorini, é exuberante, assim como a vista e as obras do artista plástico e arquiteto uruguaio Carlos Páez Vilaró, já falecido. Era a sua casa de veraneio, e hoje é um complexo com galeria de arte, um restaurante (Las Terrazas), um hotel (Club Hotel Casa Pueblo), e ainda o museu. O lugar é muito procurado para o por do sol, mas não demos sorte com o tempo, pois estava nublado e com uma ventania absurda.

Casa Pueblo
Casa Pueblo
O interior do museu Casa Pueblo
O interior do museu Casa Pueblo

Fizemos ainda um tour de ônibus passando pelos bairros com as exuberantes casas, como o Beverly Hills, pela ponte ondulada (Puente de La Barra ou Puente Leonel Vieira), pela orla da Playa Brava, por exemplo, com os magníficos e luxuosos prédios e pelo porto (cais),onde paramos para almoçar no restaurante Napolepón, bem carinho por sinal, mas fora de temporada não há muitas opções na cidade, visto que a maioria dos restaurantes fecha. Esse era o único aberto na área do cais. A comida é bem gostosa, mas em pouca quantidade. Cobram um cubierto de 80 pesos (R$10).

Ponte Ondulada
Ponte Ondulada
Restaurantes na Zona do Cais
Restaurantes na Zona do Cais

Após o almoço, fomos para o centro, na redondezas da Avenida Gorlero, onde tivemos 1,5 horas livres, as quais não puderam ser bem aproveitadas por causa da ventania gelada. Além disso, a maior parte das lojas estava fechada. Me aventurei e enfrentei os fortes ventos e a tempestade de areia para tirar fotos no Monumento dos Dedos (ou homem emergindo à vida) na Parada 1 da Playa Brava, feita pelo artista chileno Mario Irarrázabal em 1982. Foi uma luta, mas consegui!

Monumento dos Dedos
Monumento dos Dedos

Gostei muito do tour. A guia era muito boa e explicava tudo bem direitinho. Também achei muito organizado e o tempo das paradas eram suficientes. Normalmente, não curto esses passeios porque acho muito corrido, mas esse não foi. Os passageiros também ajudaram muito, já que não houve nenhum caso de atraso ou sumiço.

Na rodoviária Três Cruces em Montevidéu, pegamos o ônibus da empresa Turil para Colônia. O ônibus é bem confortável, tem Wi-Fi e a viagem durou cerca de duas horas e meia. Como tínhamos apenas algumas horas em Colônia, deixamos nossas malas no guardador da rodoviária (60 pesos, ou R$7,50, por mala para duas horas) e fomos caminhar pela cidade. Pretendíamos almoçar em um dos restaurantes na rua General Flores, um dos principais eixos de comércio e de restaurantes, mas, no caminho, encontramos um restaurante com cara de ser bem caseiro e que estava lotado, o La Amistad. Comemos por lá mesmo e não nos arrependemos, pois, apesar de ser um lugar bem simples, a comida é muito boa, farta e barata.

Restaurante La Amistad
Restaurante La Amistad

Aproveitamos o tempo restante para passear pelas ruas do centro histórico. No fim da tarde, pegamos o barco do Colônia Express para Buenos Aires!

Acabam por aqui meus relatos da maravilhosa viagem pelo Uruguai. Pretendo retornar, de preferência durante um verão, e, quem sabe, fazer um tour de carro pelo país.

Aguardem o post sobre Buenos Aires, uma apanhado das minhas passagens pela cidade.

Até a próxima!

3 comentários

  1. Querida, estou adorando o blog! Suas dicas são top! Dá pra gente se programar direitinho, inclusive quanto aos custos! Quero ver o post sobre a Argentina! #aguardandoansiosa

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