Olá, pessoal!
Continuando os relatos da minha viagem ao Peru em setembro de 2011, aqui vou falar de lugares que visitei e dos quais nunca havia escutado falar antes: Paracas e Ica. Peguei indicações nos hostels e com as pessoas que ia conhecendo pela viagem. Eu dava uma conferida na internet, mas, nessa época, eu não tinha aplicativos de viagens e nem acessava blogs.
PARACAS
Saindo de Lima, após mais de quatro horas de viagem e quase 300km percorridos, cheguei a Paracas viajando com o ônibus da Cruz del sur (55.00 soles). A empresa é super organizada e com veículos muito confortáveis! Dá para dormir muito bem nas poltronas, elas são bem acolchoadas, são leitos e o espaço entre elas é bem amplo!

Paracas é uma vila de pescadores na província de Ica, onde o deserto e o mar se encontram e sofreu bastante com um terremoto. Suas construções possuem cobertas em palha, visto que só chove uma vez por ano.

Seu atrativo principal é a Reserva Nacional de Paracas, mais especificamente, as Ilhas Ballestas. E foi esse meu objetivo em Paracas, fazer o passeio de lancha pelas Ilhas Ballestas. A Reserva protege não apenas a diversidade biológica, mas também os sítios arqueológicos da cultura pré-inca.
Ao chegar à rodoviária de Paracas fui recebida pelo pessoal do tour (Paracas Explorer S.A.C.)que contratei na agência de turismo do Loki Hostel de Lima. Deixei minhas bagagens na agência e fui para a lancha do passeio (75.00 soles).


O passeio de lancha pelas Ilhas Ballestas dura cerca de duas horas e nos permite admirar as maravilhosas formações rochosas, pássaros, pinguins, leões-marinhos e golfinhos.






Também paramos para fotografar a montanha que possui um misterioso desenho de um candelabro. Não se sabe como tal figura foi parar lá, mas existem diversas teorias, como a que diz que foi feito pelos incas, uma outra que defende ser um desenho alienígena e uma terceira que afirma que o desenho tem a mesma origem das Linhas de Nazca.

Tudo muito lindo! Lá têm empresas que coletam as fezes dos pássaros (guanto) que fica acumulado nas pedras para usar como adubo na agricultura. Na década de 70, foi um dos principais produtos de exportação do país, tendo grande importância para a economia peruana.

ICA
Após o passeio pelas Ilhas Ballestas, fui em uma van da Desert Travel and Service (25 soles) para Ica, capital da província de Ica, viagem que durou apenas uma hora. A cidade é a principal exportadora de produtos agrícolas do país, mas a cidade é uma loucura. Trânsito caótico, cheia de buzinaço e aqueles carrinhos pequenos e engraçados. A empresa responsável pelo traslado para Ica também oferecia um city tour (30 soles) pela cidade e resolvi fazê-lo, já que ainda tinha muitas horas livres até o horário de partida do meu ônibus para Arequipa. A primeira parada foi na Praça de Armas, também cheia de prédios amarelos ao redor, a Catedral foi destruída com o terremoto de 2007. Não foi bem uma parada, pois não era permitido estacionar, então ficamos dentro da van ouvindo as explicações.

Em seguida, fomos para Cachiche, que quer dizer terra de água salgada, já que a água do lençol é salobra, mas potável. É também conhecida como “Terra das Bruxas”, já que, na região, segundo a lenda, existiam várias bruxas. Fomos a um museu sobre a história das bruxas, porém nada muito interessante.

Depois fomos ver a Palmeira de 7 cabeças que, de acordo com a lenda, era uma bruxa que foi amaldiçoada e transformada em palmeira. Também nada interessante!

A parada seguinte foi a Bodega El Catador, onde eles produzem vinho e pisco. A guia nos mostrou todo o processo, desde o “pisa-pisa” até a destilação do pisco. Em seguida, fomos para a degustação.




Finalmente, fomos almoçar em um restaurante típico. Não dava para entender nada do cardápio (nem os mexicanos entenderam). Resolvi comer a recomendação do guia: triple (arroz con pato, carapulcra y sopa seca): uma porção enorme com arroz com peito de pato assado, purê de batata laranja com fava (carapulcra) e noodles (sopa seca). Nada muito delicioso, mas também não era ruim. Bem melhor que a escolha da mexicana: cuy (parece um ramster grande). Ela pediu só metade, e veio a cabeça com mais duas partes que incluíam as pernas e as unhas. Eca! Sobrou para o coitado do marido.


No caminho, vimos muita pobreza, principalmente em uma área que foi destruída pelo terremoto de 2007. As pessoas continuam vivendo em casas de papelão.
Fomos para Huacachina, um oásis no meio do deserto, com uma série de dunas onde as pessoas praticam sand boarding e fazem passeios de bugre. Não fiz nada disso, só caminhei ao redor da lagoa seguindo o grupo e o guia. Segundo ele, antes eram 7 lagoas, hoje só resta esta que está poluída e, inclusive, seu olho d’água morreu com a poluição e com o assoreamento. A ocupação começou em 1920, com ela os esgotos passaram a ser lançados na lagoa, que está secando. Todo mês o caminhão de água dá uma enchida na lagoa.



Segundo a lenda, uma princesa cantava no local, quando viu um caçador pelo espelho. Assustada, saiu correndo, seu vestido caiu e virou duna, o espelho, ao cair, virou a lagoa, a princesa virou uma sereia que aparece nas noites de lua cheia.

Nos posts seguintes contarei minhas aventuras em Arequipa, Puno, Cusco e Machu Pichu!
Até mais!
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