Olá, pessoal!
Em abril de 2014 estive na Espanha por um motivo especial: casamento da minha amiga Marcela com o seu amado Davi! O casamento foi na cidade natal do noivo, Gijón, no principado de Astúrias, extremo norte do país, banhada pelo Mar Cantrábico.

Fui para lá de trem (Grupo Renfe, por 51.60 euros), saindo da estação de Chamartin em Madri, após 5 horas de viagem. A viagem foi bem agradável, já que o trem era bem confortável e a vista linda! Fiquei hospedada no Hostal Libertad, que mais parecia um hotel.

O casório atraiu um animado grupo de amigos que saiu do Brasil, a maioria de Maceió, para testemunhar a felicidade do casal. Na véspera da festa, na despedida de solteiro, nos juntamos aos asturianos, amigos do noivo, que eram muito legais, mas muito loucos (no bom sentido, claro)! O resultado não poderia ter sido diferente: animação total! Fomos a dois bares e a farra foi regada a muita Sidra (bebida típica da região)!

E a animação continuou no grande dia do casal! A cerimônia religiosa foi na Igreja San Pedro, que fica à beira mar! Na saída da igreja, os recém-casados foram recepcionados por um grupo que fez uma apresentação de dança típica. Tudo muito lindo!



A recepção foi no Real Club Astur de Regatas, logo atrás da igreja, com uma linda vista para o mar e para a cidade! A animação ficou por conta de uma banda brasileira que toca em Madrid, com seu repertório de samba e MPB, e de um dj. Mas estava muito frio. Na parte de dentro estavam servindo bebidas e canapés. Foi tudo perfeito! Comes e bebes fartos e deliciosos! Os noivos pensaram em tudo, inclusive em um “after party” em um bar próprio, distribuindo cortesias para os convidados que resistiram até o final!


Mesmo com essa programação especial dos noivos, consegui arrumar um tempinho para conhecer um pouco da cidade!
- Plaza Mayor – principal praça do Centro Histórico (Cimadevilla), é rodeada por lojas, bares, restaurantes e prédios importantes, como a Prefeitura, por exemplo! Por falar em lojas, adorei as lembrancinhas (souvenir) de Gijón!



- Playa de San Lorenzo – de águas transparentes e geladas! Fiquei admirando os surfistas e praticantes de Stand Up Paddle encarando o mar congelante em um dia frio! É uma praia que fica próxima ao Centro Histórico (Cimadevilla).

- Puerto Deportivo – uma marina que forma uma linda paisagem: barquinhos com casas medievais ao fundo! Lá tem um escritório que oferece informações turísticas e é onde fica o letreiro com o nome da cidade (foto no início do post).

- Bateria Alta de Santa Catalina – construída no início do século XX para proteger a Baía de Gijón. O objetivo era substituir a Bateria Baixa, que ficava na área portuária e que tinha um campo de tiro limitado. Porém, a obra demorou tanto para ficar pronta (mais de 20 anos!) que seu armamento se tornou obsoleto. Hoje não tem quase nenhum armamento, mas a visita vale a pena pela vista que o local proporciona!

- Calle Corrida – é rua comercial, exclusiva de pedestres, onde ficam as lojas.
- Árvore da Sidra – a sidra, feita a partir da fermentação do suco de maçã, é a bebida oficial asturiana, existindo uma maneira típica de servi-la. Eles pegam a garrafa de sidra com uma mão e a colocam no alto, com a outra, seguram um copo bem embaixo. Sem olhar para a garrafa, eles derramam o líquido para cair dentro do copo. Existe um verbo para esse modo de servir: “escanciar”. Obviamente, cai muita sidra fora do copo e, depois de algumas doses, aí que cai mesmo! O motivo de “escanciar” com essa diferença de altura é para que a bebida, ao cair no copo, fique aerada (mais gás). Por isso, que tem que beber logo, para não perder o gás. Eles ainda têm a tradição de compartilhar o copo, inclusive com desconhecidos (não curti muito isso!), e, quando sobra um pouco no copo, eles jogam no “pé” do balcão do bar. Meio esquisito né?! Mas é a tradição. Acho que só fazem isso porque a bebida é bem barata (pagávamos 2 euros no litro), pois o desperdício é grande! Uma prova da importância da sidra para a região é a imensa árvore feita de garrafas de sidra que é um dos atrativos turísticos de Gijón.

- Gastronomia – devido à programação do casamento e ao curto tempo, não deu para mergulhar a fundo na gastronomia de Gijón, mas o pouco que experimentei me agradou muito, principalmente os frutos do mar! No casamento, fiquei impressionada com o tamanho e o sabor da lagosta e da “patinha” de caranguejo!


O único restaurante que fui foi o El Centenario, que fica na Plaza Mayor e tem como ponto forte frutos do mar. Comemos um banquete: camarão ao alho e óleo de aperitivo e depois o menu do dia (sopa de frutos do mar de entrada; paella de carne; chipirones, lula, na chapa; e pudim de leite de sobremesa). Tudo isso por 15 euros, incluindo ainda água ou vinho. Super recomendado! Bem gostoso e muito bem servido!


Uma informação interessante é que, pelo menos no Centro Histórico (por onde circulei), as cozinhas dos restaurantes fecham de 16:00 às 20:00, restando apenas os cafés, o Mac Donalds e o Burguer King. Não pude deixar de matar as saudades do meu doce espanhol favorito em um desses cafés: churros com chocolate!

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