Oi, pessoal!
Quando passei uma temporada trabalhando em um grupo de pesquisas na Universidade de Liverpool na Inglaterra, tive como um dos orientadores um professor sul coreano, além de outros colegas desse país. Isso me deixou bastante curiosa em conhecer a Coreia do Sul. Quando tive a oportunidade de ir para o Japão, dei um jeito de encaixar uma passada rápida nesse país.
Estava viajando com minha mãe, e uma amiga, Tia Elza, que mora no Japão, juntou-se a nós para essa viagem. Pegamos um voo da Air Seoul de Tóquio (Aeroporto de Narita), para o Aeroporto de Incheon, gigantesco e que fica a cerca de 1 hora e meia do centro de Seul.

No próprio aeroporto procuramos uma casa de câmbio para comprar WON (moeda local), pois o ônibus não aceitava moeda estrangeira. Como chegamos quase meia noite, não existiam muitas opções de transporte. Fomos para a parada de ônibus do lado de fora do aeroporto e pegamos o ônibus (Limousine Bus – 16000 WON) para a Prefeitura, de onde pegamos um táxi para o nosso hotel (4000 WON). É bem tranquilo pegar táxi lá, mas é bom ter o endereço por escrito (se tiver em sul coreano ajuda bastante!). Na volta, pegamos o Limousine Bus n°6001 na esquina do hotel e em 1h20 estávamos no aeroporto.

HOTEL
Para otimizar nossa estadia em Seul, já que tínhamos apenas dois dias, optamos por um hotel na região de Myeongdong, pertinho do metrô e da área dos shoppings. Ficamos hospedadas em um quarto triplo com um mezanino no Staz Hotel Myeongdong 2, cujo valor das duas diárias saiu por U$140.



ATRAÇÕES
Confesso que não tive muito tempo para pesquisar as atrações em Seul antes da viagem. Fui pesquisando na internet durante o passeio e seguindo também as indicações dos mapas que peguei quando lá cheguei. Fizemos a maior parte do percurso a pé, mas, nas distâncias maiores, usamos táxi ou ônibus. Seguem as atrações que visitamos:
- Nandaemun Market – histórico mercado de rua (gratuito), que funciona há séculos, é enorme e tem até uma parte subterrânea. A variedade de produtos é grande, roupas, acessórios, eletrônicos… Mas focamos na parte de comida.

Estávamos querendo conhecer os produtos da culinária sul coreana. A variedade é imensa! Muita coisa diferente! Para facilitar, eles deixam os pratos montados na vitrine, só assim a pessoa sabe o que pedir, já que tudo é escrito em sul coreano e o pessoal não é muito bom no inglês. Aí é só apontar!




Como os pratos não nos atraíram muito e era difícil se comunicar para saber o que era a comida, usamos a tática de provar o que era mais procurado! Tinha uma barraquinha fazendo uns bolinhos fritos na hora que estava com uma fila bem grande. Foi lá mesmo que comemos. Minha mãe e tia Elza foram na opção salgada, com verdura. Já eu fui na doce, que estava uma delícia, mas confesso não saber o que tinha no recheio.


- Namdaemun (Sungnyemun Gate)– seguimos caminhando e, um pouco depois do mercado, chegamos ao Sungnyemun Gate, histórico portão de entrada em estilo de pagode, datado do século XIV. Era um dos 3 portões de entrada da muralha de pedra da cidade de Seul, a qual tinha mais de 18km de comprimento e 6,1m de altura.


Demos sorte de chegar na hora da troca da guarda. Não deve ser algo muito famoso não, pois tinha pouca gente assistindo. Mas achei bem legal. Eles vêm andando pela rua e fazem a troca na frente do portão.



- Prefeitura de Seul – pegamos um ônibus perto do Sungnyemun Gate e fomos até a belíssima praça em frente ao maravilhoso prédio da Prefeitura de Seul. Encontramos o letreiro “I Love Seoul” e não teríamos como deixar de tirar uma foto clássica ali!

- Palácio Deoksugung – fica logo em frente à Prefeitura e foi construído originalmente no século XV para ser a residência do príncipe Wolsan, sendo destruído na invasão japonesa de 1592, mas foi recuperado e hoje é aberto à visitação. Na bilheteria compramos o Royal Palace Pass (KRW 10000), um passe que dava direito à entrada, por até 3 meses, nesse palácio, em mais outros 3 palácios ( Gyeongbokgung, Changdeokgung e Changgyeonggung) e ao Santuário Jongmyo. Compramos porque ficava mais em conta, mas só conseguimos usar em dois palácios, mesmo porque, do ponto de vista arquitetônico e construtivo, eles são bem parecidos. O Palácio Deoksugung não é muito grande, portanto não precisa reservar muito tempo para essa visita.



- Gwanghwamun Square – é uma praça pública de grande importância histórica e cultural para a cidade e onde ocorrem manifestações e eventos diversos.

- Cheonggyecheon – riacho urbanizado com espaços de recreação em suas margens. É o maior parque horizontal urbano do planeta.




- Palácio Gyeongbokgung – palácio real, da Dinastia Joseon, localizado em Jongno-gu, ao norte da capital. A construção original data do século XIV, mas ele foi destruído e reconstruído em 1867. Foi novamente destruído, dessa vez pelo Império do Japão, no século XX e vem sendo recuperado. É um complexo gigantesco rodeado por muralhas. Também tem a troca da guarda, mas não estava acontecendo no momento em que estávamos lá. Ela ocorre todos os dias às 10h e às 14h. O palácio só fecha às terça-feiras e a entrada custa 3 mil wons (R$ 8,3), mas usamos nosso Royal Palace Pass.

A arquitetura é bem semelhante a do outro palácio que visitamos, mas possui mais construções. Uns templos lindos, coloridos e repletos de detalhes, por dentro e por fora. Tem até uma ilha artificial! O palácio estava cheio de gente, muitos vestindo roupas típicas. Depois descobrimos que tinha um lugar ali pertinho que alugava as vestimentas para quem quisesse passear pelo palácio nos trajes usados antigamente.




Saímos explorando o palácio e encontramos um monumento com os signos do horóscopo chinês. Não pude deixar de tirar uma foto com o meu: o porco!


Outra belíssima construção dentro do palácio é o Museu Folclórico Nacional, que fica no topo de uma escadaria.

- Complexo de palácios Ch’angdokkgung (Palácio Este) – um dos cinco construídos pela dinastia Choson. É Patrimônio da Humanidade (Unesco). Só passamos na porta, não deu tempo de entrar, mas a entrada também estava inclusa no Royal Palace Pass.
- Aldeia Hanok de Bukchon – é uma aldeia tradicional coreana, que fica rodeada pelos palácios Gyeongbokgung e Ch’angdokkgung e pelo santuário real de Jongmyo. Seus becos são preservados para mostrar seus 600 anos de história. Hoje é um centro de cultura e um restaurante hanok. Saímos caminhando do palácio Gyeongbokgung até lá. Foi bem difícil encontrar o beco, mas adoramos passear pelo bairro, repleto de lojinhas, cafés e restaurantes. Estávamos cansadas e resolvemos parar para comer churros em uma das lanchonetes e curtir o clima do bairro. Acabamos não subindo para passear pelo beco.



- Santuário real de Jongmyo / Chongmyo– também fazia parte do Royal Palace Pass, mas, infelizmente, quando chegamos lá já estava fechado. É o mais velho (século XVI) e mais autêntico santuário sul coreano e ainda sedia cerimônias.
- N Seoul Tower (CJ Seoul Tower ou Namsan Tower) – é o ponto mais alto da cidade. Fica no Monte Namsan, perto do nosso hotel, rodeada pelo parque público. Tem uma vista panorâmica da cidade e dois andares dedicados a restaurantes. É possível subir a pé ou de teleférico, mas como tínhamos pouco tempo e pouca disposição, fomos de teleférico mesmo. O teleférico custou 8500 wons, ida e volta, sendo 5500 wons para crianças e idosos. O caminho até chegar ao terminal do teleférico é bem sinalizado.






A vista da base da torre, onde chegamos com o teleférico é bem legal e, para onde você olha tem cadeados presos. Dá para tirar lindas fotos com o colorido dos cadeados com mensagens escritas!





Fiquei curiosa e resolvi subir para ver a vista do observatório da Torre, cuja entrada custa 10 mil wons (R$ 27). Vista legal, mas não achei indispensável!


Essas foram as atrações que conseguimos visitar na nossa passagem rápida. Achei que foi suficiente. Pelo que li nos blogs, outros pontos turísticos a visitar na capital da Coreia do Sul são: o Dongdaemun Design Plaza (complexo multiuso projetado por Zaha Hadid e Samoo com jardim de rosas de LED e o show de luzes dos prédios); o Museu Nacional da Coreia (sexto maior museu do mundo); o Templo Budista Jogyesa; e o Memorial da Guerra (em homenagem à Guerra da Coreia). Mas a principal atração turística de Seul, que também não visitamos, é a DMZ (Demilitarized Zone), zona desmilitarizada que é uma região de fronteira entre as Coreias do Norte e do Sul, uma forma de um turista ver o que se passa em um pedacinho do país mais fechado do mundo.
COMPRAS E COMIDAS
Não tivemos muito tempo para explorar o comércio e a gastronomia da cidade, resolvemos focar na região de Myeongdon, onde nos hospedamos. As ruas são repletas de lojas, cafés e restaurantes. São tantas opções que fica difícil escolher algo para comprar. Não achamos nada com preço muito convidativo e acabamos comprando apenas alguns souvenirs.


Nossa grande dificuldade era a escolha do local para comer. A saída foi perguntar ao Google! Dentre as opções que encontramos, escolhemos o restaurante Yoogane, no “burburinho” de Myeongdon. Acertamos na escolha! Ele é bem movimentado, tem um ótimo custo-benefício e oferece comida típica preparada na hora na mesa do cliente.

Escolhemos o famoso Frango Galbi (picante), que vem acompanhado de arroz. O fogão fica no meio da mesa e o garçom vem com os ingredientes crus e prepara tudo na hora lá na mesa. achei muito interessante e o cheiro já vai abrindo o apetite. A comida estava deliciosa!






Agora se a opção for comprar um lanchinho ou algo rápido, são várias as opções de mercadinhos, sendo a rede mais famosa a “CU“!! Isso mesmo! Nome diferenciado né?! Não podia perder a piada! Era lá que comprávamos os lanchinhos para os passeios. Não era muito barato, mas a praticidade falava mais alto! A dificuldade era entender o que diziam as embalagens, mas sempre dávamos um jeito!

Bom, pessoal! Foi uma passagem rápida, mas intensa! Acabamos fazendo mais coisas que imaginávamos! O país ainda precisa estruturar mais o seu setor turístico, mas valeu a visita! Matei minha curiosidade!
Espero que tenham curtido o relato!
[…] Conhecendo Seul, a capital da Coreia do Sul! […]
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