Olá, pessoal!
Apesar de estar adorando minha estadia em Hong Kong (maio de 2018), a curiosidade foi maior e acabei usando um dos quatro dias que estava por lá para conhecer Macau, outra região administrativa especial da China e antiga colônia portuguesa (do século XVI até 1999).
Macau fica a oeste de Hong Kong, é bem pequena, com área de aproximadamente 40 quilômetros quadrados, e seu território compreende a península de Macau, as ilhas da Taipa e Coloane, e o aterro de Cotai. Minhas pesquisas me mostraram que os idiomas oficiais são português e chinês, mas, na prática, não consegui me comunicar com ninguém em nossa língua, apesar de, já na chegada termos visto placas em português, as quais estão espalhadas por todo canto, principalmente, no Centro Histórico. Tive que usar o inglês, apesar de que muitos locais só se comunicam em chinês mesmo. A moeda é a Pataca (MOP) e a cotação na época estava cerca de 8 MOP para cada dólar americano.

Fomos de balsa (ferryboat), saindo do Terminal de Tsim Sha Tsui (China Ferry Terminal), que fica em Kowloon, bem perto do nosso hotel (Imperial Hotel). Mas também é possível ir da Ilha de Hong Kong.

Compramos as passagens na hora no balcão da companhia Cotai Water Jet e custou 400 HKD (Hong Kong dolars) ida e volta para cada uma. Existe ainda outra empresa que faz o trajeto, a TurboJET, mas sua balsa ia sair mais tarde e queríamos aproveitar o nosso tempo. O terminal é bem confortável, semelhante a um aeroporto pequeno.

A balsa é bem grande e com poltronas bastante confortáveis. A viagem leva cerca de uma hora. Ficamos impressionadas com o Terminal de Balsas de Macau em Taipa, pois é gigantesco, com vãos imensos!



Uma preciosa dica que peguei nas minhas pesquisas pelos blogs de viagens foi a de usar os ônibus gratuitos dos hotéis para se deslocar por Macau. Já colocamos em prática no Terminal de Balsas, onde escolhemos um ônibus aleatoriamente. No começo, fiquei envergonhada, pois achei que os ônibus eram apenas para os hóspedes, mas o motorista disse que não tinha problema e vi que muitos outros turistas estavam fazendo o mesmo, apenas pegando uma caroninha!
O ônibus nos levou até Cotai, um área de aterro, região de expansão de Macau, e onde ficam os luxuosos hotéis com seus cassinos, assemelhando-se a Las Vegas! Descemos no Hotel Galaxy Macau, luxuosíssimo e grandioso!


Resolvemos desbravar um pouco o hotel e, logo no hall ficamos admiradas com o espetáculo do Lustre Diamante. Já havia achado lindo o lustre parado e fiquei mais impressionada ainda quando começou o show que dura cerca de 3 minutos.

A área aberta para os que não estão hospedados inclui ainda um corredor de lojas de luxo e um belíssimo cassino. Ficamos só admirando mesmo, nem paramos para fazer um joguinho. Depois do rolezinho, fomos para a fila em frente ao hotel para pegar o ônibus do hotel para o Centro Histórico, Patrimônio Mundial pela Unesco.

Descemos em um hotel na parte peninsular, na Freguesia da Sé, e caminhamos até o Centro Histórico, passando por diversos hotéis, como o Wynn e o Cassino Lisboa. Foi quando começamos a ver o remanescente da arquitetura colonial portuguesa, calçadas com pedras portuguesas e placas de avenidas com azulejos portugueses e escritos em chinês e português.

No caminho, vimos diversos táxis turísticos, uma mistura de charrete e bicicleta, que fazem o passeio pelos principais pontos turísticos do Centro Histórico. Achei uma graça, mas preferimos ir caminhando mesmo.

Ao chegar ao Largo do Senado ficamos impressionadas com a semelhança com o centro de algumas cidades brasileiras. Confesso, que me senti em casa! A arquitetura das edificações, as igrejas, o calçamento, os postes das ruas, as placas… tudo muito parecido.



Procuramos um restaurante de comida portuguesa para almoçar, mas o que encontramos aberto, apesar de ser recomendado pelo Trip Advisor, não nos agradou muito, pois os pratos, além de caros, eram como uma mistura de comida chinesa com portuguesa. Pelo caminho, fomos encontrando várias opções de comidas chinesas e cantonesas de rua, mas não estávamos querendo arriscar. Fomos salvas pelas massas do restaurante da Pizza Hut, junto ao Largo do Senado.
Comidinhas de rua no estilo das de Hong Kong

Após o almoço, seguimos para as ruínas de São Paulo, caminhando pelas ruelas do Centro Histórico, como a Rua de São Paulo, que são repletas de lojinhas e têm bastante movimento de pessoas. Minha mãe ficou curiosa quando viu um monte de gente cheia de sacolas com umas caixas dentro. Acabamos descobrindo que eram das pastelarias. Fomos até a Pastelaria Koi Kei (são várias espalhadas pelas ruazinhas) para provar as guloseimas que tanto atraiam as pessoas. Dá para provar tudo, pois eles disponibilizam umas amostrinhas. Provei alguns biscoitinhos, mas não me agradaram, alguns tinham até aquelas algas de comida japonesa. O que nos encantou foram os pasteizinhos de nata. Deliciosos! Não resistimos e levamos nossa caixinha cheia de delícias para comer no hotel.




Outra comidinha bem típica de Macau, que você encontra por todo lado nas principais ruas do Centro Histórico são as carnes secas. Tem de todo tipo, de boi ou de porco, com temperos variados. Eles ficam oferecendo uns pedacinhos para você degustar. Provei um pedacinho e até que não achei tão ruim, seria um aperitivo perfeito para uma cervejinha, pois é bem salgada!

Nos distraímos tanto com as guloseimas do caminho que, quando chegamos às Ruínas de São Paulo seu museu (é gratuito) tinha acabado de fechar. Tentamos entrar no Museu de Macau e no Monte do Forte que ficam ao lado (entrada 15MOB), mas, assim como o das ruínas, haviam fechado às 17:30. Mas não foi viagem perdida, pois a fachada das ruínas é belíssima, o lugar em bem agradável, principalmente nas escadarias, repletas de pessoas relaxando e admirando o local.
Ruínas de São Paulo

A noite de Macau ganha o colorido das luzes dos belíssimos hotéis, ficando ainda mais linda!

Na parte externa do Hotel Wynn, perto do Grand Lisboa, tem o show das águas a noite. É bem rápido. De lá sái um ônibus gratuito para o Terminal de Balsas e para Cotai.

Voltamos para Cotai para passear um pouco pela “Cotai Strip“, como ficou conhecida a avenida rodeada por luxuosos hotéis inspirada na Strip de Las Vegas (EUA). Até que lembra, principalmente quando nos deparamos com a réplica da Torre Eiffel do Hotel The Parisian e com o Hotel The Venetian. Foi desse último que pegamos o ônibus para o Terminal de Balsas de Taipa para retornar a Hong Kong.


Quando chegamos a Hong Kong, estranhamos o terminal e acabamos descobrimos que não era o de Kowloon, de onde partimos, mas o da Ilha de Hong Kong. Já era quase meia noite e não tínhamos nem noção de como voltaríamos para o hotel, mas uma boa alma nos ajudou a chegar ao metrô e, de lá, chegamos sãs e salvas ao nosso destino final!
Como já puderam perceber pelos meus relatos, a minha resposta à pergunta do título deste post é SIM! Vale muito a pena fazer um bate e volta de Hong Kong para Macau. O lugar é incrível e me surpreendeu bastante! Além disso, conseguimos fazer bastante coisa nesse pouco tempo. Mas, se tiver mais tempo e uma folga no orçamento da sua viagem, vale a pena se hospedar em um daqueles luxuosos hotéis!
Até a próxima, pessoal!
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