
Olá, pessoal! Tudo bom?
Hoje escolhi contar um pouco da minha experiência em Hong Kong (maio de 2018), um destino que superou todas as minhas expectativas! Até 1997 era uma antiga colônia britânica e hoje é uma região administrativa especial da China, mas funciona como um país independente, pois tem seus próprios governo, lei e moeda, além de muitas outras diferenças. Ainda é possível observar muito da herança do Reino Unido, como o idioma (apesar de o inglês não ser o principal, mas não senti dificuldade em me comunicar em inglês), a mão inglesa no trânsito e a organização do sistema de transporte. Nós brasileiros não precisamos de visto para entrar em Hong Kong, mas os chineses precisam. Acredita?! Pois é! Os idiomas oficiais são chinês e inglês, sua moeda é o dólar de Hong Kong (HKD), cuja cotação no período era: U$1 = 7,5 HKD.
Ela fica ao sul da China, no delta do Rio das Pérolas, e é dividida em partes: Kowloon ( a parte peninsular, que é mais antiga), a Ilha de Hong Kong e os Novos Territórios. Mas tem ainda Lantau, a maior ilha de Hong Kong, originalmente ocupada por pescadores e onde atualmente estão localizados o aeroporto internacional e as principais atrações turísticas de Hong Kong: o Buda Gigante, o Monastério Po Lin, o teleférico Ngong Ping 360º e a Disneyland.
Neste post, passarei informações sobre o que vivenciei em Kowloon e na Ilha de Hong Kong e deixarei os relatos de Lantau para o próximo. Não deu tempo para visitar os Novos Territórios, por isso não falarei sobre esta parte de Hong Kong.
ATRAÇÕES EM KOWLOON
A região de Kowloon é a mais antiga e foi onde me hospedei. Porém, a área ao redor do hotel, no bairro Tsim Sha Tsui, é repleta por edifícios modernos e shopping centers, principalmente ao longo das principais avenidas e de suas transversais, como é o caso da Nathan Road e da Canton Road. Meu programa favorito foi caminhar por essas ruas, observando o movimento, entrando nas lojinhas e nos shopping centers.
A principal atração dessa parte de Hong Kong é a Avenida das Estrelas, um parque suspenso que foi construído em uma área revitalizada e de onde a gente tem uma vista super bacana da Ilha de Hong Kong, que fica do outro lado da Baía de Kowloon. Na Avenida das Estrelas tem uma calçada da fama de artistas de Hong Kong e uma estátua de Bruce Lee, mas não consegui visitar essa parte, pois estava em obras.

Mas, felizmente, ainda tinha uma parte da Avenida das Estrelas que estava aberta ao público e de lá consegui observar a noite o belo espetáculo das luzes (Symphony of Lights) dos arranha céus da Ilha de Hong Kong! Achei um lugar super agradável e bem movimentado.


Logo ao lado de uma das subidas para a Avenida das Estrelas, também às margens da Baía de Kowloon, fica a belíssima Torre do Relógio, com seus 44 metros de altura e cuja construção data de 1915, como parte do antigo Terminal da ferrovia Kowloon-Cantão, demolido na década de 1970.

Outra atração na orla de Tsim Sha Tsui que chamou a atenção dessa Arquiteta e Urbanista que vos fala foi o Jardim Salisbury, um belo exemplar de paisagismo e de urbanismo, que devia inspirar algumas intervenções em nossas cidades brasileiras! Fica bem juntinho da parte da Avenida das Estrelas que está em obra.


ATRAÇÕES NA ILHA DE HONG KONG
Atravessando a Baía de Kowloon chegamos à Ilha de Hong Kong com seus belíssimos arranha céus! Essa travessia pode ser feita de balsa, ônibus ou de metrô e é bem rápida!
Cheguei à ilha de metrô e, assim que subi para a superfície, saindo da MTR Central (estação de metrô), fiquei impressionada com os imensos edifícios que me rodeavam.

De lá caminhamos cerca de 15 minutos (com umas subidinhas) até The Peak Tram, estação do funicular que leva ao alto da montanha conhecida como Monte Austin, Victoria Peak ou The Peak. Ela fica na Ilha de Hong Kong e tem 552m de altitude. Tem parques e áreas residenciais de alto padrão. Fomos para admirar o fim de tarde e ver as luzes da ilha por outro ângulo. Apesar de ser possível subir de táxi ou de uber, optamos pelo funicular (The Peak Tram), mas pagamos um preço alto por isso. Não falo do valor da passagem (52HKD, ida e volta, e 23HKD para crianças e idosos), mas das duas horas de espera na fila para subir. Achei bem desorganizado, mas já estava lá, aí resolvi encarar. Portanto, caso não queira encarar essa longa espera, vá mais cedo.



A chegada do funicular no alto da montanha é dentro do Shopping Paradise, com lojinhas legais e algumas opções de lugar para comer. Não é muito grande e tem vários andares. Em seu topo está o Sky Terrace 428, mirante com uma vista panorâmica da ilha. Mas, para chegar até esse mirante, tem que comprar o ingresso, ou junto com o bilhete do funicular (99HKD, ida e volta, e 47 HKD para crianças e idosos), ou avulso na entrada. Optamos por não ir até esse mirante por acharmos que estaria muito cheio e também por considerar não haver muita diferença na vista em relação aos demais mirantes da montanha, pois já havia anoitecido. Não nos arrependemos, já que estava realmente muito cheio e a vista dos outros mirantes era bem legal também.


Resolvemos voltar para Kowloon de balsa, para isso pegamos, em frente à estação do funicular, na base da montanha, um ônibus (4,25HKD) que nos deixou no Terminal de Balsas (Star Ferry). A passagem custa apenas 3,10HKD e a travessia é bem rápida. O terminal de chegada em Kowloon é ao lado da Torre do Relógio e da Avenida das Estrelas, bem pertinho do nosso hotel!


TRANSPORTES E TRANSFER DO AEROPORTO
Confesso que o sistema de transporte em Hong Kong me surpreendeu bastante! Usei balsa, trem e metrô e esperava que fosse tudo mega complicado, mas foi muito fácil e interligado! Uma bela herança britânica que eles conseguiram manter.
Os valores das passagens variam de acordo com o destino. Nas paradas de ônibus, basta checar a plaquinha que tem o itinerário e o horário para saber o valor do bilhete, que você compra com o motorista mesmo. No metrô, as máquinas de vender bilhete são bem práticas, pois você clica na estação que você quer ir e aparece o valor, depois é só colocar o dinheiro e pegar seu troco. Se tiver dúvidas, sempre tem algum funcionário para te ajuda. Na estação das balsas o sistema não é muito moderno, porém é bem prático também. É possível comprar na máquina ou na bilheteria. Existe um cartão que integra tudo isso, o Octupus, mas não usei.
Essa surpresa boa eu já tive assim que pisei em Hong Kong. Após 15 horas de voo desde Toronto (Canadá), chegamos ao Aeroporto Internacional de Hong Kong, na ilha de Lantau (11 horas de fuso a mais que o horário de Brasília). No desembarque, fomos ao balcão de informações turísticas e pegamos ótimas dicas. Apesar de ter um balcão de vendas das passagens de trem logo ao lado do balcão de turismo, eles nos disseram que para nós o ônibus era a melhor opção, pois, apesar de mais demorado, era bem mais barato e nos deixaria na porta do hotel.


Seguindo a dica, pegamos o ônibus A21 no terminal de ônibus que fica logo na saída do aeroporto. É bem fácil de achar, pois o aeroporto é muito bem sinalizado. A passagem custou 33HKD e, após cerca de uma hora, descemos na parada quase em frente ao nosso hotel! O ônibus é igual aos que circulam pelas ruas de Londres, é bastante confortável e tem o espaço para as malas. Na volta, usamos o mesmo ônibus! Super de boa!



HOSPEDAGEM
Ficamos hospedadas no Imperial Hotel, com uma ótima localização, na movimentada Nathan Road, a uma quadra do calçadão de Tsim Sha Tsui, bairro famoso pelas compras e pela diversão, e da Avenida das Estrelas, que fica repleta de pessoas ao anoitecer para admirar o show das luzes dos prédios da Ilha de Hong Kong, que fica do outro lado. O custo benefício foi ótimo, pois pagamos U$91.50 na diária do quarto duplo bem confortável. A reserva eu fiz pelo site do Agoda.


COMPRAS
Em Hong Kong tem opções de compras para todos os gostos e bolsos, desde os camelôs dos mercados até as luxuosas lojas de grife da Canton Road. Fomos ainda a um Outlet em Lantau, mas sobre ele irei escrever no post seguinte. Seguem alguns locais de compras que visitei.
- Canton Road – avenidas de lojas caras com lindas vitrines. É uma das paralelas da Nathan Road e, mesmo se não pretende fazer compras, vale a pena o passeio.
Canton Road - Nathan Road – fiquei impressionada com a concentração de shopping centers e pontos comerciais em uma mesma avenidas. É tanta opção, que a pessoa fica sem saber onde fazer compras. Ao lado do hotel tinha a loja de departamento Sogo, mas nem me arrisquei em entrar, pois, pela vitrine, vi que as lojas eram todas de luxo.

Mas, ao longo da avenida, você encontra opções populares e outras intermediárias, como o Shopping Mira Place, que foi o que visitamos.

- Mong Kok e o Ladies Market – a programação inicial era ir para o Mercado Noturno da Temple Street, um mercado super tradicional que vende de tudo, de jóias até os clássicos “xing-lings”. Mas fui convencida por uma amiga, também amante das viagens (Projeto de Boa) a conhecer a região de Mong Kok e o Ladies Market, dica maravilhosa, sendo que não sobrou tempo para explorar o da Temple Street. Mong Kok é uma das principais áreas de comércio de Hong Kong e é densamente ocupada por construções que, em sua maioria, funcionam como comércio no térreo e como residência nos andares superiores. É uma concentração tão grande de letreiros em chinês que, pela primeira vez, senti como se estivesse na China Continental, apesar de nunca de visitado essa região. Mas também têm shoppings centers convencionais com praças de alimentação com opções diversas de comidas. Um deles é o Grand Plaza, que tem uma Decathlon (famosa loja francesa de materiais esportivos) no subsolo.

Vale a pena passar horas por lá se perdendo pelas ruas, pois tem de tudo que você imaginar, inclusive uma rua cheia de lojas de eletrônicos (Rua Sai Yeung Choi), e o famoso Ladies Market, um mercado montado no início da noite em uma parte da Rua Tung Choi com produtos genéricos variados: como bolsas, roupas, brinquedos, souvenir, dentre outros.

COMIDAS
Muitos, como eu até então, não sabem, mas a comida típica de Hong Kong é a cantonesa, originária do Cantão, ao sul da China. É uma culinária rica em produtos frescos e em frutos do mar. Fiquei impressionada com o cardápio do café da manhã em alguns lugares: uma grande variedade de frutos do mar fritos. Confesso que não provei, pois é muito estranho para mim comer esse tipo de comida logo pela manhã. Amo frutos do mar, mas não devo ter dado sorte nas minhas escolhas de restaurante e de pratos, pois não gostei muito do que comi, acredito que foi pela forma com que eles preparam e pelos temperos que eles usam.

Uma das especialidades da culinária cantonesa é o “dim sum”, que são de vários tipos, como bolinhos, pasteizinhos, rolinhos, dentre outros, mas sempre em pequenas porções. Apesar de já estar um pouco traumatizada com a comida de Hong Kong, resolvi dar uma chance e provar essas iguarias.
São tantos restaurantes que se dizem especialistas em “dim sum”, que fica difícil escolher. Minha amiga me indicou alguns, mas como não estava muito na nossa rota, acabamos tendo que apelar para a internet. Escolhemos o Aberdeen Fishball & Noodles Restaurant, um dos melhores cotados perto do nosso hotel.

Quando me deparei com o cardápio de “dim sum”, fiquei numa dúvida terrível, pois eram muitas opções!

Escolhi um arroz cozido no vapor dentro da flor de lótus (achei interessante e diferente) e uns bolinhos (buns) de verdura e porco também cozidos no vapor. O arroz estava ok, mas nada delicioso (também não estava ruim), já os bolinhos estavam bem gostosos! Já vi que os “dim sums” são a salvação da comida cantonesa para mim! hahaha


Já minha mãe não quis arriscar e ficou no convencional arroz com frango!


Acredito que existam restaurantes de “dim sum” mais legais. O local não nos agradou muito, meio bagunçado, as garçonetes estavam descascando ovo cozido na mesa do nosso lado. Mas sei que os restaurantes chineses não são os mais organizados! A comida também não foi a mais saborosa e, apesar de não ser cara, acho que o custo não valeu.
Caminhando pela Nathan Road fiquei curiosa ao observar uma longa fila que se formava em frente a uma barraquinha junto da calçada. Fui me aproximando e vi que a atração era waffle (23HKD), mas não um qualquer e sim um com formato de vários ovinhos. Achei uma graça e resolvi provar! Gostosinho, mas merecia um recheio. Até tentei, porém a vendedora, impaciente, disse que eles não possuíam nada para rechear.


Acho que deu para perceber como eu amei Hong Kong! Se fosse para escolher um país asiático para morar, dentre os que eu visitei, seria esse! Já está na lista dos destinos que merecem uma segunda visita! Portanto, coloquem na listinha de vocês!
Amei td. Tambem nao gostaria de provar frituras no cafe da manha . Mas vale a pena experimentar um pouco dos alimentos deles. Fotos lindas. Quero saber um pouco mais das compras……
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Que bom que gostei! Mais dicas de compras no próximo!
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adoro suas viagens Rafa gostaria muito de sair viajando com sidinho quem sabe um dia bjos
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Com certeza vocês vão um dia!
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