Cartagena das Índias (Colômbia) – dentro e fora dos muros

Olá, pessoal!!

Em mais um post da viagem que fiz à Colômbia em novembro de 2014, chegou a vez da badalada e tão procurada Cartagena das Índias, capital do Departamento de Bolívar. Minha mãe e eu passamos três dias lá, onde encontramos minha querida amiga Tetê Quintela, que também estava passeando pelo país!

Pegamos um voo desde Bogotá para Cartagena pela Avianca. Ele  atrasou e ainda aconteceu algo inusitado, ainda em Bogotá, pois, depois de enfrentar uma fila dentro do finger e, finalmente, nos acomodarmos no avião, o comissário anunciou que o voo iria atrasar ainda mais porque o piloto não havia chegado. Isso, porque, por causa do mal tempo em outro voo, o piloto estava atrasado e tivemos que ficar esperando dentro do avião por quase uma hora. Chegando no Aeroporto Internacional Rafael Nuñez em Cartagena, pegamos um táxi até o hotel (10.300 pesos = R$17,00).

Ficamos hospedadas no Makondo Hotel Boutique, localizado dentro das muralhas. Os hotéis boutiques são como os conhecidos como “de charme”, menores, charmosinhos e, normalmente, mais caro. Esse era bem charmosinho e super bem situado. A diária em quarto duplo saiu por 160.000 pesos (cerca de R$265,00) com mais 6.500 pesos (R$11,00) de seguro hoteleiro. O café da manhã não era um dos mais fartos, já que não era bufett, eles que nos serviam. Primeiro traziam um prato com uns pedaços de frutas e depois outro com ovos mexidos e dois pãezinhos, acompanhado de geleia, manteiga e suco ou café com leite. Acomodação em Cartagena, principalmente na parte murada, sai um pouco caro, mas vale a pena, pois economiza dinheiro e raiva, principalmente com os taxistas. Além disso, é uma área segura e perto dos principais restaurantes e atrações turísticas.

Irei descrever a minha estadia em Cartagena em duas partes: as atrações que visitei dentro das muralhas, no Centro Histórico; e minhas aventuras além delas. Infelizmente, ficarei devendo algumas imagens, pois perdi parte das minhas fotos, mas, graças às fotos da minha mãe a algumas da Tetê, consegui ilustrar esse post!

CENTRO HISTÓRICO

Adorei a “Cartagena entre muros”! Tem de tudo lá dentro: museus, bons restaurantes, lojinhas de artesanato, barzinhos… e, o melhor de tudo era que dava para fazer tudo a pé. As casinhas coloridas, com suas varandinhas cheias de flores deixam o Centro Histórico ainda mais charmoso!

Casinhas coloridas com suas varandas floridas

Durante o dia era meio sofrida a caminhada, visto que o calor estava muito forte. Mas nada que pudesse ser amenizado com um chapéu e uma pausa para as frutas fresquinhas vendidas pelas ruas.

Frutas vendidas na rua

Infelizmente, não tivemos tempo para desbravar as principais atrações turísticas do Centro Histórico, mas conseguimos ter uma visão geral, que nos deixou com uma ótima impressão. Seguem alguns atrativos da “cidade murada”:

  • Torre do relógio – ponto de referência e, ao redor dele, há uma concentração de casas de câmbio e de comércios.
  • Igreja e Mosteiro São Pedro Claver – essa bela igreja e o mosteiro que fica ao seu lado foram construídos no século XVII e o nome é uma homenagem ao missionário que viveu e morreu no mosteiro. Seus restos mortais estão guardados dentro da igreja.
Igreja São Pedro Claver
  • Museo del Oro Zenú – faz parte do complexo de museus do Banco de la República, tendo, portanto, entrada gratuita. Conta a história da Colômbia através do ouro, principalmente através de peças confeccionadas pelo povo Zenú, que habitou a região no período pré-colombiano. São expostas ainda outras peças desse período feitas com outros materiais.
Obras Museo del Oro Zenú
  • Souvenirs – cada um mais lindo que os outros. Uma riqueza de cores! Ao contrário do que eu pensava, achei souvenirs mais baratos que os de Bogotá e bem mais variados. Me apaixonei pelas bolsinhas em lã coloridas que, na época estavam fazendo muito sucesso no Brasil. Fiquei arrependida de não ter comprado várias, pois no Brasil estava por quase 5 vezes o preço.
Souvenirs colombianos
  • Restaurantes e bares – seguem não apenas os que frequentei, mas alguns bem cotados no Trip Advisor e que, infelizmente, não consegui conhecer:
    • Bacco Tratoria – restaurante que ficava no Hotel Makondo, onde me hospedei, mas vi que agora está em outro endereço. Uma delícia e muito charmosinho, além de ter um ótimo preço. Comemos uma pizza artesanal napolitana deliciosa!
    • Café del Mar um bar badaladíssimo, a céu aberto, que fica no balauarte de Santo Domingo, no alto da muralha. Era o mais agitado, com dj tocando músicas da moda. Ele é super procurado para o pôr-do-sol, mas também é bem legal para um drink a noite. Só o preço que é meio salgado!
    • Crazy Salsa – uma escola de salsa, que vira balada. Tentamos ir, mas, infelizmente, estava fechado.
    • Donde Fidel Salsa Club – é um bar de salsa com mesas na calçada. Estava cheio, porém não era bem frequentado, por isso não ficamos.
    • Praça Santo Domingo – rodeada por alguns restaurantes e bares que colocam as mesas na praça. Estava bem movimentada, mas mais com o pessoal mais velho jantando e tomando um vinhozinho.
    • El Boliche Cebicheria – com comida colombiana, super bem recomendado no Trip Advisor, mas estava fechado.
    • Cuzco Cocina Peruana – restaurante peruano, muito bem recomendado pela tia da Tetê. O restaurante é muito bonito, fica perto da Plaza Santo Domingo, mas era mais chique do que eu esperava e os preços bem além do que pretendíamos pagar.
    • Monte Sacro – na praça Bolívar, ao lado do Museu do Ouro. Ambiente super agradável, com música ao vivo ( um trio que toca Salsa) e comida internacional. Comemos (cada uma) um peito de frango com molho napolitano com linguini (28.000 pesos=R$47,00).
  • Jantar no restaurante Monte Sacro

PASSEIOS ALÉM DAS MURALHAS

Cartagena não é conhecida apenas por seu Centro Histórico, mas também por suas praias. Resolvemos, então conhecer uma praia urbana, Bocagrande, e fazer um passeio para as ilhas. Infelizmente, não foram os melhores momentos da viagem, como relato a seguir.

  • Praia de Bocagrande – mais especificamente, a praia de Hollywood, perto do Hotel Caribe. É bem movimentada, de água quentinha, mas nada muito belo. Muito ambulante, muito barulho e tudo muito caro (cadeira 5000pesos, mesinha 5000, espreguiçadeira 10000, água 4000…). Ou seja, um kit com duas cadeiras, uma mesinha e uma água sairia por mais de R$30,00). Ficamos curtindo o sozinho e não podíamos deixar de dar um “tchibum”! O banho é bem agradável. Para voltar para o Centro Histórico que foi um sufoco! O trânsito estava infernal. Levamos um tempão para pegar um táxi que, após 5 minutos, avisou que estava sem gasolina, e pediu que nós descêssemos.  Tivemos que lutar por outro táxi, o que não foi fácil, pois diziam que não levavam pessoas molhadas. Nem estávamos tão molhadas assim e tínhamos toalhas. Depois de muito “não”, conseguimos um que nos levou de volta para o hotel.
Praia de Bocagrande
Mar da praia de Bocagrande
Ambulantes na Praia de Bocagrande
  • Passeio das ilhas – contratamos o passeio para as ilhas em uma das agências que ficam no porto, pois achamos o pacote do hotel absurdamente caro (70.000 pesos por pessoa, o equivalente a R$115,00), e o que contratamos ficou por 55.000 pesos (R$90,00) e era por uma agência credenciada, portanto não nos preocupamos muito. O tour começa no cais (Muelle Turístico La Bodeguita), de onde saem as embarcações. Pegamos uma lancha rápida para 30 pessoas (bem apertadinha).
Lotação na lancha rápida

O passeio não foi bem o que esperávamos. Pararam para pegar os guias em uma “ilha-favela”. Impressionante! Quando a lancha encostou, surgiram crianças de todos os lados, umas a nado e outras em canoas, encostaram nas lanchas para pedir moedas. Saímos de lá em direção às Ilhas do Rosário. No caminho, a lancha parou na Playa Blanca para deixar as pessoas que compraram o transporte direto. Seguimos para a ilha do Oceanário. No caminho, ele parou no meio de uma área cheia de corais (Parque Nacional de Corais de Rosário) para jogar comida para os peixes. Nesse lugar, tinham umas canoas vendendo ceviche, lagosta, empanadas e bebidas, além de umas conchas bem bonitas.

Parque Nacional de Corais de Rosário
Corais do Parque Nacional
Souvenir direto da fonte

Seguimos para o Oceanário. O vendedor do passeio havia dito que na ilha do Oceanário tinha uma praia, onde podíamos esperar aqueles que iam fazer o mergulho e os que iam entrar para ver os golfinhos e os tubarões. Mas não tinha praia quando chegamos lá. Ficamos esperando em uma pracinha de alimentação. O ingresso do Oceanário era 25.000pesos (R$42,00) e o mergulho com snorkel nas piscininhas, 30.000 (R$50,00). Ficamos lá por 1 hora.

Oceanario
“Praia” do Oceanário

Voltamos para a Playa Blanca, que é linda! Ficamos lá por apenas 2 horas. Merecia bem mais tempo, pois é uma delícia, apesar do incômodo dos ambulantes. Porém, após as duas horas eles disseram que iam nos levar para o restaurante onde seria servido o almoço.

Playa Blanca
Nossa barraquinha na Playa Blanca

Nos levaram para Bocachica, uma ilha com12500 habitantes que vivem na extrema pobreza, sem água, nem luz, sem escolas… Nos levaram para um restaurante muiiiito simples, numa área bem suja. Chegamos lá, os pratos de peixe frito, com arroz, salada e patacon (as bananas da terra fritas) já estavam prontos. Quando descemos do barco, apareceram um monte de guias para nos levar ao “restaurante” e, em seguida, para o Forte Don Fernando. Estávamos tão chateadas com o absurdo do lugar que resolvemos ir direto do restaurante para o barco. O pessoal foi chegando aos poucos, mas nada do piloto. Depois de um tempão, ele apareceu e vimos que a lancha estava quebrado, mas, ainda bem, eles conseguiram consertar e voltamos para Cartagena.

Ilha de Bocachica

O passeio foi de 9:00 as 17:00. Não recomendo, pelo menos o desta companhia (Tours Playa Bonita). E olhe que é uma empresa credenciada e o escritório é um dos vários que tem no próprio cais. Acho que vale a pena pegar um transporte direto para a Playa Blanca. Lá tem vários barzinhos para ficar. Bom para passar o dia.

Queria só postar coisas boas aqui, mas temos que relatar os problemas, para que eles não se repitam com outras pessoas.  A praia foi a única coisa boa do passeio, que foi cheio de enroladas e, pra finalizar, o tão desejado almoço foi servido em um local muito parecido com as favelas que temos em Maceió às margens da lagoa. Indignada! Pagamos quase 100 reais por pessoa, em um escritório oficial! Infelizmente, as experiências ruins marcam mais que as boas. Mas, continuo apaixonada pelo Centro Histórico de Cartagena!

Até a próxima! E continuem acompanhando os relatos da Colômbia!

 

SITE ÚTIL:

http://www.colombia.travel/pt/para-onde-ir/caribe/cartagena-de-indias/atividades/igreja-e-mosteiro-de-san-pedro-claver

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