Olá, pessoal!
Continuando os relatos do meu “rolê” pelo Japão (maio de 2018), chegou a vez de falar sobre Hiroshima, cidade que ficou mundialmente famosa por ter sido destruída, em 1945, por uma bomba atômica lançada por militares do exército norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial. A cidade se reergueu, mas fez questão de evidenciar as marcas e memórias da tragédia.
Fizemos um “bate e volta” desde Kyoto, onde estávamos hospedadas, para Hiroshima utilizando nosso JR Pass. Pegamos o primeiro trem que sai da Estação de Kyoto (JR Hikari às 7:36) e, após quase 1h30min, chegamos à Estação de Hiroshima.
Fomos direto para o centro de informações turísticas, onde peguei um mapa, os horários dos trens de volta para Kyoto e informações de como chegar às atrações turísticas. Fiquei mega feliz em saber que o JR Pass garante o trem e o ferry de Miyajima e o ônibus que leva para as atrações de Hiroshima.
Como queríamos visitar o Templo Itsukushima rodeado por água, tínhamos que ir na maré cheia, que, naquele dia, era pela manhã . Por isso, pegamos um trem para Miyajima Matsudai Kisen Ferry Terminal (30 minutos), de onde partimos em uma balsa (15min) para a ilha de Miyajima (Miyajima Ferry Terminal), onde fica o templo, mais especificamente no município da Hatsukaichi, integrante da província de Hiroshima. Tanto o trem, quanto os ônibus são bastante frequentes. No Centro de informações turísticas eles dão a tabela com os horários.



Do ferry, quando vamos nos aproximando da ilha, já podemos visualizar seu principal cartão postal: o Torii (portal típico japonês). Na maré alta ele parece flutuar.



O Templo Itsukushima é bem perto do terminal do ferry, por isso fomos caminhando pela orla, seguindo o fluxo dos turistas. Não tem erro!


É uma caminhada bem agradável e, ao longo dela, é possível encontrar diversos veados pelo caminho. Não podíamos deixar de parar para tirar umas fotinhas!


Depois de alguns minutos de caminhada, chegamos ao Templo Itsukushima, Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1996. A maré ainda estava alta, mas já estava baixando, por isso, tivemos a oportunidade de ver o templo nas duas situações.



A entrada no templo custou 300 yenes. Como não tínhamos muito tempo, pois o último trem de volta para Kyoto saía às 17:22 não pudemos aproveitar mais a ilha, que tem outras atrações, como o Parque dos Veados e Santuário Toyokuni com seu “pagode” de cinco andares.

Na volta para o Terminal, passeamos rapidinho pelas lojinhas.

Após o passeio pela ilha, pegamos o ferry de volta e fomos para a estação de trem, onde pegamos o ônibus turístico da JR e descemos na parada do Museu Memorial da Paz.


A entrada custa 200 Yens (100Y para idosos) e vale muito a pena, pois você vê detalhes sobre a tragédia causada pela bomba atômica de 1945. É emocionante! Têm vídeos com depoimentos de sobreviventes, painéis contando como tudo aconteceu, objetos que “sobreviveram” à bomba, maquete virtual mostrando o antes e o depois da bomba, dentre outras formas bem didáticas e impactantes de relatar os detalhes da tragédia.


Só não demos muita sorte, pois o museu estava lotado de crianças em uma excursão de colégio, por isso não conseguimos aproveitá-lo como queríamos. Mas conseguimos ter uma visão geral do ocorrido.

Bem pertinho do museu tem o Parque Memorial da Paz, com vários monumentos para homenagear os mortos e lembrar da tragédia, um deles é o Memorial das Crianças, com diversos pássaros de origami (longevidade) e o Sino da Paz.



Fomos abordadas por um grupo de crianças fofinhas que estavam distribuindo origamis com mensagens de paz! Adorei!


Atravessamos a ponte e chegamos ao Atomic Bomb Dome, uma das poucas construções que não foi completamente destruída pela bomba.

Caminhamos mais uns 15 minutos até o Castelo de Hiroshima. É um parque lindo! Ele foi destruído pela bomba, mas reconstruíram umas partes, inclusive a torre do castelo, onde funciona um museu que conta um pouco da história do Castelo e dos samurais (300 Yenes).






Pegamos o ônibus do JR Pass para a estação de trem, onde almoçamos. Escolhemos o Restaurante Itchan na praça de alimentação, pois queríamos provar o Okonomiyaki, uma mistura muito louca que parece um omelete de macarrão com carne e queijo. Escolhemos carne de porco (950 Yenes), sendo que o meu foi com Udon e o da minha mãe com oba, ambos são macarrão de arroz, sendo que aquele é mais grosso e esse é mais fino.


Ainda sobrou um tempinho para a sobremesa, que me surpreendeu! Na lojinha de souvenir eu comprei um bolinho que parecia ser de chocolate e que era delicioso. Fiquei muito arrependida de não ter comprado mais para levar. Depois descobri que era típico de Hiroshima, por isso, infelizmente, não achei nada igual nas outras cidades japonesas.

O “bate e volta” foi bastante proveitoso! Hiroshima é uma lição de superação! Adorei! No final da tarde, pegamos o trem que levou quase 2 horas pra chegar a Kyoto.
Até a próxima , pessoal!
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