Informações gerais sobre Toronto

Olá, pessoal!

A passagem por Toronto foi rápida, mas deu para aprender algumas coisas sobre a cidade. Seguem algumas dicas sobre o processo do visto, a hospedagem, alimentação e transporte na cidade.

COMO TIRAR O VISTO DE TURISTA PARA O CANADÁ?

Recentemente (desde maio de 2017) houve uma flexibilização da entrada de brasileiros no Canadá. Antes, todos tinham que passar pelo convencional processo de visto para entrar no país. Agora, aqueles que já possuem visto americano válido, nosso caso, ou que tiveram esse visto emitido nos últimos 10 anos não precisam mais de visto, mas apenas da Requisição de Autorização de Viagem Eletrônica, cujo procedimento é muito mais simples e mais barato.

Acessei o site do Governo do Canadá e segui o passo a passo. Após responder todas as perguntas, paguei a taxa de 7 dólares canadenses (para cada uma) no cartão de crédito e, quase que imediatamente, recebi no e-mail a aprovação e o documento que serve como visto (a autorização de viagem). Confesso que foi muito mais fácil e barato do que eu imaginava! Eu imprimi o comprovante, mas nem precisou, pois quando a imigração escaneava nossos passaportes já apareciam para eles as autorizações.

eta canada Rafaella
Confirmação de aprovação do Eta para o Canadá

Já se você não possui o visto americano, terá que tirá o visto convencional, que pode ser solicitado online (para quem lê inglês ou francês), através de um despachante ou no Centro de Requerimento de Visto para o Canadá (cVAC – VFS). É um pouco complicado e burocrático, mas se, mesmo assim, você encarar fazer de forma independente, vou passar algumas informações que obtive na internet (já que não precisei do visto) para tentar te ajudar. Mas só recomendo fazer dessa forma se você for capaz de ler as informações em inglês ou francês. Vou apresentar um roteiro básico:

1- Preencher o questionário para saber se você é elegível e, ao final, pegar o Reference Code (código de referência). Nesse momento, o site apresentará ainda tudo que você precisa saber para obter seu visto, incluindo o custo dele;

2- Juntar a documentação digital (tamanho máximo de cada deverá ser de 4Mb), tais como cópia de passaporte, comprovante de passagem, comprovantes de renda, foto 35x65mm, entre outros (conferir o check list do site);

3- Preencher o formulário para o seu tipo de visto e enviá-lo no lugar indicado no site;

4- Criar a credencial eletrônica (GC Key) para poder acessar os serviços online do Governo do Canadá;

5- Fazer novo login na sua conta e fazer o upload da documentação;

6- Efetuar o pagamento da taxa;

7- Aguardar o resultado (pode acompanhar o processo pelo site);

8- Se seu visto for aprovado, o Governo Canadense irá te mandar um e-mail pedindo para você levar seu passaporte a um cVAC – VFS. No Brasil são três, localizados no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília. É possível também enviar pelos Correios, lembrando que será necessário pagar os custos do envio (para receber o passaporte de volta na sua casa) e a taxa do cVAC – VFS;

9- Aguardar seu passaporte retornar com o visto ou ir pegá-lo no cVAC – VFS, dependendo do que você escolheu no envio.

Bom, como vocês viram, não é tão simples. Caso não se sinta seguro, é melhor contratar um despachante mesmo ou, caso more no Rio, em São Paulo ou em Brasília, ir a um cVAC – VFS.

ONDE NOS HOSPEDAMOS EM TORONTO?

Um conselho que dou àqueles que pretendem visitar o Canadá é reservar sua hospedagem com uma antecedência razoável, pois deixamos para fazer isso mais próximo da viagem e me assustei com os elevados preços dos hotéis. Não imaginava que fosse tão caro se hospedar em Toronto!

Devido à curta duração da nossa passagem pela cidade, optei por ficar em uma região mais central, no Centro de Toronto (Downtown), perto das principais atrações. Por ser uma região bastante procurada por turistas, os preços das acomodações são mais elevados.

Como a nossa visita a Toronto foi dividida em duas etapas, acabei ficando em duas acomodações diversas:

  • AIRBNB – na primeira parada na cidade tivemos apenas uma noite, por isso optamos por alugar um quarto privativo para duas pessoas em um apartamento do Airbnb, bem localizado (no Enterteinment District) e com um ótimo custo-benefício: cerca de R$215 a diária do quarto.
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Quarto no apartamento que alugamos pelo Airbnb
  • Hotel Chestnut Residence and Conference Centre – foi onde nos hospedamos na segunda passagem pela cidade. Fiz a reserva através do site de busca Agoda, pois foi onde encontrei os melhores preços. Ficamos em um quarto duplo por 336,74CAD a diária (cerca de U$270,00). Não sabíamos mas caiu em um feriado, por isso os hotéis estavam cheios e as diárias caríssimas! Esse foi o que achamos mais em conta na localização desejada: o centro da Cidade. É um prédio gigante que funciona como centro de conferência e residência universitária. Sendo que eles acabam usando os quartos como hotel também. Os recepcionistas não usam uniformes e não são nada simpáticos, já aí você percebe que não é um hotel. O quarto, apesar de amplo e com camas imensas, não é nada moderno e tem um carpete que precisa ser trocado. Também não possui televisão. O banheiro é amplo, mas antigo.
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Suíte do apartamento no Hotel Chestnut Residence
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Banheiro do quarto

Além da localização (perto de Toronto City Hall e do shopping Eaton Centre), um ponto forte desta acomodação é o café da manhã, que é um verdadeiro banquete! Ah! A vista do quarto também era bem legal!

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Refeitório do hotel
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Uma das estações de comidas do banquete de café da manhã
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Vista do nosso quarto

Enfim, não recomendo essa acomodação, pelo custo benefício, a não ser que você se encontre na mesma situação que nós, sem outra opção mais em conta.

ONDE COMEMOS EM TORONTO?

Não tenho muitas dicas de restaurante, pois tentamos dar um gás para conhecer a cidade e paramos pouco para comer. Mas vou listar os lugares onde comemos:

  • Carousel Bakery – chegando a Toronto, fomos logo provar um sanduíche nessa famosa lanchonete que fica no St. Lawrence Market, conforme mostrado no post com as atrações de Toronto. Provei um munffin de blueberry em uma barraca do lado. Achei que vale a pena pelo custo benefício!
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Sanduíche no Carousel Bakery
  • Tim Horton’s Café – é uma famosa rede de cafés e tem unidades por toda a cidade. Tinha uma bem perto do apartamento que ficamos na primeira parada, portanto acabamos fazendo uns lanchinhos lá. Achei meio caro e não era muito gostoso.
  • Chippotle Mexican Grillconheci essa rede de fast food de comida mexicana em Nova York e quando vi não exitei e entrei para comer. Não é a opção mais saudável e nem a mais saborosa, mas é uma boa oportunidade para quem está com saudades do feijão com arroz, como era o meu caso, pois comemos no dia de voltar para o Brasil. Funciona, mais ou menos como o Subway que temos aqui no Brasil, sendo que, ao invés do pão, você escolhe se quer Burrito (um panqueca maior), taco (uma panqueca menor) ou os recheios no pote sem panqueca. Em seguida, vai escolhendo as opções de recheio que ficam expostas a sua frente. Optei pelo burrito, portanto, pense na mistureba! Feijão, arroz, frango, salada, molho… tudo isso dentro de um burrito enrolado! Mas serviu para matar um pouco da minha vontade de feijão com arroz! Custa cerca de 8CAD com taxas. Comemos no que fica na Dundas St.
  • Jack Astor da Dundas St. – têm alguns desses espalhados pela cidade, e ele tem mais cara de bar do que de restaurante. É gigante e tem várias televisões espalhadas transmitindo jogos.
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Jack Astor’s bombando

Adorei o clima! Tem uma parte externa com vista para Dundas Square, mas optamos por ficar dentro mesmo. Pedimos um chopp canadense de entrada e, para comer, um hamburgão e um dos pratos mais pedido lá: batatas fritas com frango, queijo e salada no estilo canadense. Nada light, mas delicioso e perfeito para brindar o fim da viagem!

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Chopp no Jack Astor’s
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Jantar nada light no Jack Astor’s
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Hambúrguer de respeito!
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Batata frita com queijo, frango e salada no estilo canadense

Vou aproveitar aqui para explicar o lance das taxas no Canadá. No Brasil não estamos acostumados a pagar as taxas sobre os produtos e serviços por fora, já que está tudo embutido no preço exposto. Lá no Canadá não. Todos os preços que vemos nos cardápios, nos rótulos e nos anúncios estão sem taxa. Por isso, a conta final vem sempre acima do esperado. Essa taxa é de 13% e não adianta chorar! Tem que pagar mesmo. Dependendo do valor de sua compra, você pode solicitar o reembolso dessas taxas na saída do país, mas tem que guardar a nota e, as vezes, até mostrar o produto no aeroporto. É bom dar uma olhada no site do Governo para saber. Não fiz compras tão relevante, por isso não me dei esse trabalho.

COMO É O TRANSPORTE EM TORONTO?

Passei esses dias em Toronto na área central da cidade, a qual é atendida satisfatoriamente pelo transporte publico: ônibus, metrô, trem de superfície (como o nosso VLT) e o trem UP Express que leva para o aeroporto Pearson e outros lugares mais afastados do centro (como mostrei no post das atrações de Toronto). Observei que, pelo menos para nós brasileiros (que recebem em R$), o transporte público na cidade é bastante caro, especificamente o ônibus, já que não andei de metrô e nem de trem de superfície. A passagem de ônibus custa CAD3.25 e tem que ser pago ao motorista no valor exato, portanto, guardem as moedas! Por isso, em deslocamentos curtos, preferíamos pegar um táxi ou um Uber (lá só aceitam pagamento no cartão), que saia quase o mesmo valor.

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Streetcar – os bondes modernos
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Ônibus urbano

Vi ainda pela cidade, apesar de não ter usado, as bicicletas compartilhada. Parei para ver como era o esquema para dizer para vocês. O esquema é semelhante ao que temos em algumas cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro. A pessoa compra o passe, que custa CAD7 para 24h e CAD15 para 3 dias. Isso inclui o uso ilimitado, dentro dos períodos adquiridos, por períodos contínuos de até 30 minutos, passando desse tempo, será cobrada uma taxa extra. A aquisição feita é feita pelo aplicativo e maiores informações podem ser obtidas no site. É uma ótima opção para circular pela cidade, pelo menos durante a primavera e o verão.

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Bicicleta compartilhada

Espero que tenham curtido meus relatos! Adorei a cidade e o clima estava super agradável! Confesso que estava com receio de pegar uma friaca por lá! Até a próxima!

LEIA MAIS:

Vale a pena fazer stopover em Toronto?

Um bate e volta para as cataratas do Niagara no Canadá

3 comentários

  1. […] Agora em maio (2018), fiz uma viagem bem legal por alguns países da Ásia com a minha mãe e, para não ficarmos muito cansadas com a longa viagem, resolvemos fazer, tanto na ida como na volta, um stopover em Toronto no Canadá. Adorei, pois ainda não conhecia o país! Confesso que fiquei adiando minha visita ao Canadá devido à exigência de visto. Porém, com as alterações recentes na emissão de visto para brasileiros, fiquei mais animada (ver detalhes no post com as informações gerais). […]

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